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Amanda Medeiros

Coluna / Moda e Estilo / Tendências para primavera/verão 2013

Há quase um mês do começo da primavera, que dá as caras no dia 21 de setembro, as novas tendências para roupas e acessórios já começam a aparecer nas vitrines, prontas para desfilar nas passarelas urbanas. As cores e texturas do inverno, que incluem os delicados tons pastel em contraste com tecidos como couro ou acabamentos metalizados, continuarão cheias de vida quando o calor aparecer. Nas modelagens, as peças ficam um pouco mais larguinhas e despretensiosas, respirando a referência esporte, fruto dos anos 90, mas os comprimentos mini, ou os decotes aplicados em pontos estratégicos da silhueta, ganham força, assim como pede a temporada das altas temperaturas. Com isso, não tenha medo de perder de vista a sua feminilidade! Esta vai respirar tranquilamente, longe da vulgaridade. A sensualidade estará nas entrelinhas, e isso significa mostrar sem revelar.

 

A silhueta ampla proposta pelos estilistas durantes as semanas de moda é super democrática, e indica tendências que podem ser adaptadas à cada tipo de corpo. E esta é a grande sacada para o verão: decidir o que mostrar, como mostrar e como valorizar sua imagem sem se jogar em modismos que não combinam com você e com suas necessidades. Questão de estilo.

E se a vontade é de brincar com sabedoria com as tendências, vale lembrar das calças estampadas, as vedetes deste inverno, quedaqui para frente continuarão em alta, com destaque para os florais que são personagens permanentes do verão. Vale dar valor também para as estampas artsy, que remetem à trabalhos artísticos variados, como pinceladas cheias de vida e cor. Para acompanhar, camisas em tecidos leves e suaves como a seda, ou outras bases transparentes, sendo que essa também será uma das ideias do verão. Como complemento, tops trabalhados ou lingeries em renda fechada, provando que é essencial cuidar de cada mínimo detalhe do look.

Em meio as pernas de fora, decotes, regatas e vestidos curtos, aparecem tachas e spikes, reforçando a força dos anos 80 na moda atual. Estas aplicações também terão espaço junto aos acessórios, de pulseiras à anéis, passando também por colares agigantados que resistem estação após estação.

E ainda diretamente dos anos 80, a moda para a primavera/verão 2013 inclui tons fluo e vibrantes. E o glamour que vêm sendo o tom máximo do inverno continua firme e forte. O dourado permanece cheio de força, sendo ponto de partida para looks para festa, noite ou mesmo para quem se nega a abrir mão do que amou usar. E que venha a primavera e o verão!

Amanda Medeiros


Amanda Medeiros
Consultora de Estilo

www.conversinhafashion.com.br

Coluna / Moda e Estilo / Hora de Malhar

Não é só nos momentos especiais que devemos, e podemos, cuidar do nosso visual. Essa atenção ao que se veste deve ser constante, sem que isso se transforme em tortura ou pesadelo. Muita calma. Com o tempo, e com certo esforço, vestir-se bem (e de maneira adequada), passa a ser algo natural, uma consequência de planejamento de compras e mente criativa para a montagem de looks.

Pensando nessa lógica, o visual para qualquer atividade física também merece atenção, longe de investir em uma forte produção para encarar esteira, barras, pesos ou bicicleta. O importante é apostar em um tipo de roupa adequada, que esteja de acordo com o ambiente e com a prática do exercício. Esse caminho facilita a vida, alimenta a autoestima e estimula o alto-astral.

Antes de tudo, esqueça dos acessórios decorativos. A hora é de limpeza visual, e correntinhas, colares, pulseiras ou mesmo relógios de metal podem muito bem ficar de lado. Brincos grandes, então, não estão com nada. Vale manter as miudezas que já fazem quase parte do corpo e apostar em um relógio com pulseira de borracha, resistente ao suor. A questão é que em meio a movimentos e rotações, é interessante deixar o corpo o mais livre possível! Por isso também as roupas devem ser colantes ou relativamente justas. Se o corpo tão marcado gera desconforto, vale apostar nas sobreposições ou nos comprimentos alongados de blusas e camisas para evitar qualquer vergonha. E é nessa hora que a blusa amarrada na cintura entra como possibilidade. Os modelos mais fininhos (de malha fria), de manga comprida, são perfeitos para esconder o bumbum sem agregar peso visual ou gerar volume.

Dependendo de qual for a atividade física, é bom pensar em blusas um pouco mais alongadas, que não deixem o corpo a mostra. Uma calça de cintura mais alta também pode ser uma boa, principalmente se você não quer a peça caindo durante um exercício mais pesado, seja esteira ou aula de jump. Mas, se isso não é algo que lhe incomoda, vale aproveitar a ocasião para desfilar com a barriga de fora, sempre lembrando que um top de ginástica é muito diferente de um top de biquíni. Cabelos estrategicamente presos e tênis são os complementos preferidos das mulheres, que podem e devem investir em cores e estampas para tirar o visual do preto total batido das academias. Combinações divertidas entram como possibilidade, já que o ambiente é de total descontração.

De toda forma, vale perceber que o guarda-roupa para atividade física é diferente do guarda-roupa do dia-a-dia, e certas peças podem e devem ser deixadas de lado. A lembrança vale principalmente para os garotos, que adoram levar uma bermuda casual para levantar peso. Tudo bem que não há nenhum lei ou regra que indique essa proibição, mas a divisão favorece a rotina e também a organização. Se as roupas do dia-a-dia começam a ser levadas para a malhação, isso pode acabar gerando uma lacuna ou uma falta de graça na hora de se vestir. E, se ginástica está diretamente ligado à suor, vale dizer que os tecidos das roupas de malhar são adequados para a lavagem constante e, além do mais, absorvem bem o suor. É questão de função.

No mais, a lembrança de que ter esse conjunto de peças específicas para a rotina de ginástica serve como uma forma de estímulo para não pular a malhação, principalmente no caso das meninas que adoram se produzir e se sentem bem mais confiantes com o look adequado. Porém, vale lembrar que a roupa de ginástica deve ficar apenas na academia e no trajeto da mesma. O bom senso e o bom gosto lembram que no dia-a-dia nossas necessidades são outras e esse papo de que a mulher moderna não tem tempo a perder é apenas desculpa de quem tem preguiça de trocar de roupa – principalmente porque qualquer academia mediana possui um ambiente mais do que adequado para essa simples atividade de colocar e tirar uma roupa. Daí que deixar no carro um kit academia, e outro kit banho (com um look básico para se produzir após o exercício) é uma ótima saída. Isso sim é atitude de quem não tem tempo para perder. Vale se cuidar de forma completa, de dentro para fora e de fora para dentro.

 

Amanda Medeiros
Consultora de Estilo

www.conversinhafashion.com.br

 

Vista-se pro hoje

É permanente a busca por uma silhueta diferente da atual, com ênfase para o eterno desejo de um corpo mais magro – que frequentemente persegue as mulheres. No entanto, em meio a essa incessante busca por algo não tão simples de ser alcançado, acabamos deixando de lado nosso visual enquanto aguardamos a forma física desejada. Assim, adiamos, sem perceber, o dia de nos sentir a vontade com o nosso corpo ou mesmo a hora de conquistar uma autoestima elevada. Acontece que para se sentir bem é preciso aceitar o corpo que temos agora e trabalhar em cima da nossa realidade atual. É óbvio que não precisamos e nem muito menos devemos abrir mão de nossos objetivos, deixando de lado dietas ou exercícios físicos tão necessários para um estilo de vida saudável; mas podemos atacar simultaneamente vários pontos da nossa imagem, sem esquecer que trabalhar o estético é também trabalhar a mente.



Precisamos, antes de tudo, entender nossa silhueta e descobrir quais são nossos pontos fortes – e fracos. Os fracos, claro, podem ser sutilmente disfarçados com as peças certas. Conhecendo nossas formas conseguimos moldar uma imagem que valorize o que somos hoje, com a consciência de quem segue suas necessidades acima de qualquer tendência ou modismo. 

Assim, antes de se negar a fazer compras ou adquirir novas peças enquanto não o corpo tão sonhado vira realidade, vale trabalhar a mente e, acima de tudo, estabelecer metas reais, possíveis de ser alcançadas. Adiar esse cuidado com o visual é adiar também a felicidade, por isso nada de se esconder atrás de roupas largas e escuras para esconder algo que pode ser disfarçado ou colocado em segundo plano.



Amanda Medeiros - Consultora de Estilo
www.conversinhafashion.com.br

Coluna / Moda e Estilo / Em quem você se inspira?!

Quem são suas referências de imagem e comportamento?! O que fazem e o que sabem essas pessoas?! Atualmente, todos podem ser blogueiros, formadores de opinião, assinando colunas e textos cheios de afirmações. Ditam regras, orientam, falam do que sabem e, muitas vezes, do que não sabem. No entanto, vale analisar a bagagem dessas pessoas antes de se jogar de cabeça em indicações falhas e rasas de quem brinca de jornalista ou consultor apenas pelo mero prazer de ser uma suposta sumidade no assunto. Muita calma.

Conhecimento não se esconde. É aquilo que faz parte da sua formação, da sua vivência e, claro, da sua história de vida. Em se tratando de imagem, de visual, é fácil verificar o que realmente faz parte, ou sentido. Neste ponto, são muitos os blogs de moda e comportamento. Dezenas de centenas de meninas ou mulheres que dizem o que sabem e o que não sabem. E, entre algumas delas, os chamados publieditoriais escondem entre suas linhas a venda de espaço e opinião maquiada de conselho ou dica. Já pensou?! Tudo bem pensar que um blog, ou um site, deve ter o seu faturamento, ainda mais quando for fruto de horas de trabalho. Mas, é no mínimo justa e esperada uma atitude como a da blogger mineira Lu Ferreira, do Chata de Galocha, que indica quais dos seus posts são fruto de jabá ou publieditorial. Ou seja, ela deixa bem claro que aqueles produtos apresentados foram um presente ou que a marca tema do post pagou para divulgar seus itens. Assim, é bem mais fácil avaliar a opinião em questão e o blog, o espaço, fica muito mais simpático!

Além disso, voltamos para o assunto da referência. De repente, uma multidão acordou decidida a postar seus looks como inspiração ou referência. O look do dia passou a carregar muito mais do que seu caráter inicial, de ensinar ou apresentar alguma proposta, ou mesmo como forma de auto-avaliação. Ele passou a ser o reflexo da vaidade e, outras vezes, uma mera forma direta e simples de mostrar posses ou conquistas. Sabe como?! Os blogs pessoais viraram uma vitrine do consumismo e um péssimo exemplo de pessoas que gastam tudo o que podem, e não podem, para sustentar uma imagem totalmente falsa e superficial. A concorrência entre as blogueiras, aliás, virou algo assustador. É uma corrida eterna entre ver, ter e postar, um ciclo que nunca acaba! E entre fotos lindas, feitas por fotógrafos profissionais, uma sucessão de erros de português que não escondem algo que vai bem além da casca: a ignorância. Ui.

Ora, vamos deixar isso de lado! O que mais importa na questão da imagem, do visual, é se sentir bem com o que você veste! Mais do que ter, o que vale é acordar, escolher uma roupa e ter confiança suficiente para enfrentar um dia cansativo, cheio de prazos, cobranças e com pontos legais de diversão e risadas. Assim, devemos nos inspirar não só nas celebridades ou nas novas estrelas da internet (que vez ou outra até acertam, mas outras vezes são tão cheias de nada). Vale acreditar em pessoas que fazem parte da nossa vida, naquela colega que está sempre arrumada, mesmo comprando roupas em lojas populares, ou mesmo naquela mulher, ou homem, que vemos passando na rua e possui um estilo que é interessante. São essas inspirações mais reais, menos impostas, que são as mais intensas! Por isso, antes de sair seguindo cada linha de dica apresentada por alguém que não tem o menor fundamento ou base no assunto vale pensar mais em bem estar e felicidade. E quando lhe indicarem regras: esqueça! Moda não é imposição, não é “must have”, “estou in love” ou “trendy”. Esses termos, essas manias, essas frescurinhas são a tradução de uma grande perda de tempo, enquanto algo muito mais importante acontece. Vivemos na era do estilo pessoal, da identidade, e isso significa que vivemos no tempo do se sentir bem com o que somos e vestimos! Escolha melhor suas referências e seja mais feliz.



Amanda Medeiros
Consultora de Estilo
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Quando vulgaridade é tendência

Suelen, em Avenida Brasil, é uma periguete que literalmente usa o corpo como arma. A personagem aposta sem medo em roupas justas, barriga de fora, salto altíssimo, decote marcante e cores chamativas. Além disso, os acessórios são provocantes, como braceletes, correntes para cintura e brincos de estilo pingente.



A mensagem enviada pelo visual da jovem é totalmente sexy, provocante, e está sendo assimilada como tendência e referência. O visual de Suelen conversa com sua atitude. A personagem de Isis Valverde tira proveito de seu corpo e se oferece como elemento de troca para tirar vantagens no ambiente profissional e também na vida pessoal. Tudo isso é mais que esperado e diz muito sobre a realidade que bate diretamente em mulheres que abusam da sensualidade na hora de vestir – e que com isso enviam mensagens que são interpretadas exatamente como chegam.

Se a roupa, ou o look, diz que a mulher é oferecida, sexy ao extremo, pode-se esperar que o comportamento seja semelhante. Claro que não há como misturar sensualidade discreta, aplicada e direcionada com sabedoria, a um tipo de visual sexy ao extremo. É preciso saber dosar o quanto será mostrado, e, mais do que isso, em qual momento esse recurso será trabalhado.

Há hora para tudo e é preciso ter consciência e noção do que acontece com seu visual. As opiniões são diversas quanto a mostrar o corpo de maneira tão direta, e mais do que qualquer outra coisa é uma escolha muito particular. Mas, é preciso estar ciente de cada atitude para não correr o risco de cair na casa do arrependimento.

Melhor que abraçar qualquer tendência ligada a vulgaridade é perceber que um vestido curto demais, colado demais, decotado demais, pode estar enviando mensagens que você não gostaria de enviar. Essa realmente é você ou você está apenas “sendo usada” por um modismo?! Por vezes, o que faz você se sentir bem é outro tipo de visual, muito mais elegante, muito menos oferecido.

A combinação: maquiagem pesada, salto altíssimo, bolsa pequena, além de pernas e colo a mostra, pode ser substituída por um único ponto do corpo em evidência, ou mesmo peças soltinhas que mostram pernas, ou costas. A sensualidade gera interesse pela capacidade de deixar a dúvida quando ao que há além do que os olhos podem ver; é preciso incitar, convidar, e não entregar de bandeja.

Isso vale para a vida pessoal e, na vida profissional, não deve ser nem cogitado. Para essa existem outros elementos que geram interesse... como competência e simpatia, detalhes de quem transpira credibilidade. Assim, antes de abusar dos sinais enviados por Suelen, ou por qualquer outra referência apresentada pela televisão, vale pensar no impacto que aquilo terá na sua vida e nos possíveis estragos que podem ser feitos. Seja você.


Amanda Medeiros
Consultora de Estilo
www.conversinhafashion.com.br