Viajar requer organização e planejamento. Esse processo é sem dúvida, importantíssimo para o bom desenrolar de uma viagem – seja de negócios ou lazer. Não há como negar que chegar em um lugar novo, desconhecido, gera uma certa ansiedade e um pouco de curiosidade. Essa sensação de descoberta é ótima e empolgante, mas pode ser desagradável e fonte de problemas.

Traçar um orçamento para compras, alimentação e passeios é determinante e auxilia qualquer bom turista a dividir seus gastos, evitando surpresas desagradáveis ao voltar para o país de origem. Além disso, as altas taxas para compras no cartão de crédito fazem com que os cartões de viagem, ou mesmo a compra em dinheiro, sejam a melhor opção. Programe-se. Coloque tudo na ponta do lápis e descubra quanto você pode e quer dedicar para cada parte de sua viagem. Tenha controle de seus gastos para que o fim da viagem não seja desanimador.

Além disso, faça uma lista de compras e pesquise com antecedência o valor de cada produto. Isso é algo extremamente fácil, principalmente para compras nos Estados Unidos. Todas as lojas físicas possuem lojas virtuais que já indicam qual será o investimento para cada nova aquisição. Faça uma lista de prioridades e, pensando em tal, prepare um bom espaço na mala de viagem. Se o planejamento indica a compra de roupas, pense em substituir algumas peças que você levaria por espaço vago, evitando o susto do excesso de bagagem ou mesmo a obrigação de levar um terceiro, ou quarto, volume com você. Aceite a repetição de roupas, não queria usar um look novo a cada dia... principalmente em se tratando de acessórios e complementos de frio. 

Para compras, faça uma pesquisa em tabelas de numeração e descubra, pela grade, qual número você veste e calça no país para o qual está indo. Em locais como Miami, Las Vegas, New York ou outros destinos badalados para os turistas brasileiros é fácil encontrar vendedores que arranham um portunhol e com isso sabem indicar qual é a numeração relativa para o país. São muitos, aliás, os vendedores oriundos de países de língua espanhola, que salvam aqueles que não se entendem muito bem com o inglês. Mas, de toda forma, não vale a pena arriscar. Cabeça fria é essencial. Os grandes outlets são um convite ao gasto exagerado e nem sempre apresentam boas opções de compras. Por lá fica um grande acumulado de produtos que já rodaram o país e que não foram adquiridos, ou mesmo produtos com pequenos defeitos, que algumas vezes não valem nem o valor com desconto. Assim, muito cuidado com a empolgação inicial de querer acumular roupas para a próxima década.

Pense que as viagens estão cada vez mais viáveis e novas viagens acontecerão, sem dúvida. Ignore a alma de sacoleiro que há em você. Além disso, tente fugir um pouco das marcas conhecidas e badaladas, seja para relógios, roupas ou mesmo cremes e produtos de beleza. São inúmeras as opções e algumas dessas marcas famosinhas são sucesso apenas para estrangeiros como nós. Procure ser fiel a sua lista de compras e dedique dias da viagem para tal. É impossível seguir a risca o planejamento, mas ele já ajuda muito o processo da viagem. Faça as compras mais caras no início e reserve uma quantia para novas tentações – aquelas surpresas. E, no mais, não se esqueça de que qualquer país oferece cultura, entre opções de culinária e passeios, sendo que gastar todo o seu tempo preso em lojas ou shoppings é deixar escapar uma boa oportunidade de crescer.




Amanda Medeiros
Consultora de Estilo
www.conversinhafashion.com.br