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Nota de R$ 200 completa um ano em circulação, mas ainda é realidade distante de vários mineiros

Não sabemos se foi essa a intenção, mas a escolha do lobo-guará para estampar a nota de R$ 200 foi a mais acertada possível: o animal está ameaçado de extinção, infelizmente, já a nota está em extinção desde o seu lançamento. Um ano depois de chegar ao mercado muita gente ainda nem viu ela por aí e quem viu diz que foi coisa rara, uma vez ou duas, no máximo.

 Foto: Raphael Ribeiro/BCBFoto: Raphael Ribeiro/BCB

A nota está sumida, mas investimento foi alto. O Banco Central gastou mais de R$ 100 milhões para fabricar quase meio milhão de cédulas e menos de 20% estão em circulação. Pelas ruas de BH é possível encontrar quem já pegou em uma nota de R$ 200 e também quem nunca nem viu.

Fabiana Lúcia Pena, de 44 anos, conta que já pegou a nota uma vez. “Já tive o prazer de pegar ela uma vez, foi em junho desse ano, no pagamento de um aluguel que eu recebi. Para te falar a verdade eu peguei ela e passei para frente para poder pagar uma dívida também e não vi mais.”

Luan Fernandes Gonçalves, de 21 anos, relata que já teve a sorte de pagar a nota três vezes. “Foi em pagamento, mas saiu rápido. A nota é ruim de circular, troco é muito difícil.”

Já Erick, de 29 anos, faz parte da parcela que nunca viu uma das notas. “Nunca vi. Nunca peguei em uma nota de R$200. Eu acredito que seja uma nota difícil de circular, apesar que foi muito criticada por facilitar a corrupção, mas nunca veio para saque no banco.”

O professor de economia do Ibmec, Paulo Casaca, explica o que deu errado nesse processo. Casaca diz que o impacto do lançamento da economia foi praticamente nulo e isso se deve a dois fatores principais.

“O efeito dessa nota gerou baixíssimo impacto na economia, nem ajudou muito e nem atrapalhou muito. É um dinheiro que foi impresso, foi utilizado só a 20% do que foi impresso, aparentemente, esse papel-moeda vai continuar a disposição para gente utilizar ele no futuro conforme a gente necessite, mas no final das contas o impacto dessa nota não foi nem positivo nem negativo, eu diria que foi praticamente nulo. Eu poderia listar dois principais motivos para o fato de que as pessoas não viram muito essa nota em circulação: o primeiro é que a renda da população reduziu durante a pandemia, a nota foi lançada quando a pandemia já estava em evidência, mas eu acredito que talvez o principal motivo da gente não ver muito essa nota circulando é o fato das pessoas utilizarem menos papel-moeda hoje em dia, também a nota coincidiu com o advento do pix, que fez muito sucesso no população brasileira.”

Com Itatiaia

 



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