Setenta e três casos suspeitos de síndrome inflamatória pediátrica, possivelmente provocada pela Covid-19, estão sendo investigados em Minas Gerais. Já foram confirmados 30 casos. Vinte e sete crianças já receberam alta. O estado não registrou óbitos pela síndrome.

Foto: Luma Pimentel / Unsplash / Divulgação

O nome completo da síndrome é Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Temporariamente Associada à Covid-19 (SIM-P).

Os números constam no boletim epidemiológico que o governo passou a divulgar, desde 1º de setembro, sobre esta síndrome rara que está acometendo as crianças durante a pandemia.

Uma semana antes, no dia 15 de outubro, havia 7 casos suspeitos e 6 confirmados a menos do que nesta quinta.

Desde julho, a notificação pela SIM-P se tornou obrigatória. A primeira vez que o assunto veio à tona foi no dia 6 de agosto, quando duas crianças já estavam sendo acompanhadas, mas especialistas apontam a possibilidade para mais subdiagnósticos, já que a síndrome tem semelhanças com outra, a de Kawazaki, com febre, manchas vermelhas na pele, conjuntivite, edema de pés e mãos.

A Secretaria de Estado de Saúde alerta que nem todos os casos de SIM-P têm febre. As crianças diagnosticadas necessariamente testaram positivo para Covid-19. Os sintomas podem evoluir de forma grave com insuficiência respiratória, doença renal aguda, insuficiência cardíaca aguda.

Distribuição dos casos

Em Minas, a SIM-P foi confirmada em crianças de 0 a 14 anos – metade delas com até 4 anos. Em 63% dos casos, as crianças são do sexo masculino. Em 87%, elas não tinham nenhuma comorbidade ou fator de risco.

Veja os municípios de residência das crianças diagnosticadas com a síndrome:

Belo Horizonte - 12
Araxá - 1
Contagem - 3
Betim - 1
Caldas - 1
Ipatinga - 1
Montes Claros - 1
Nova Serrana - 1
Oliveira - 1
Pedro Leopoldo - 1
Santa Luzia - 1
Sete Lagoas - 1
Ubá - 1
São Gotardo - 1
Sarzedo - 1
Uberlândia - 2

Com G1