Presidente desobedece orientação de partido e torna público racha no PMN
Ao negar vistas para o vereador Marcelo Cooperseltta, PMN, que queria mais tempo para analisar o projeto sobre a criação do consórcio intermunicipal multifinalitário, veja AQUI, o presidente da Câmara, Marcio Paulino, do mesmo partido, tornou público, nessa terça-feira, 02, o racha existente dentro do PMN. A negativa de Lulu na última semana deflagrou um processo interno na sigla que tem Coopersellta como líder no legislativo.
Durante sua comunicação pessoal, Marcelo apresentou um comunicado de duas páginas assinado pela secretária do PMN local, Adriana Alves de Oliveira, que orienta os vereadores da sigla na votação de alguns projetos específicos que tem gerado polêmica na Câmara. Marcio Paulino, porém, desacatou a orientação da direção do partido e desaprovou, como voto de minerva depois de oito votos contra e oito a favor, o parecer contrário da Comissão de Legislação e Justiça, CLJ, referente ao projeto que autoriza o município a contrair empréstimo de R$ 14 milhões junto ao Banco do Brasil para a obra de captação de água do Rio das Velhas.
A orientação do PMN era para que os vereadores da sigla, Marcio Paulino, Marcelo Cooperseltta, Marli de Luquinha e Pastor Fabrício votassem contra a proposta do executivo. Entre uma e outra comunicação pessoal nessa terça-feira, 02, o presidente Marcio Paulino pediu para que Milton Saraiva, PP, assumisse a presidência e convocou os três colegas de partido para uma reunião a portas fechadas na sala da presidência onde estava o presidente estadual da sigla, Carlos Alberto Pereira. O teor da conversa não foi divulgado.
Sobre a negativa de Marcio Paulino ao pedido de vistas, Cooperseltta disse que vai entrar com recurso e que “novos capítulos ainda vão acontecer”. Contra o partido, o presidente do legislativo reafirma sua lealdade com o prefeito e que fará o possível para que os projetos do executivo sejam aprovados.
Se aprovado o projeto que autoriza o município a contrair o empréstimo de R$ 14 milhões, o valor será usado como contrapartida para que as obras de captação de água sejam concluídas. A preocupação dos parlamentares com o projeto é o grau endividamento da prefeitura que já está no limite prudencial, veja AQUI. A matéria deve ser colocada em pauta na reunião da próxima semana.
Por Marcelo Paiva