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Wagner Nogueira

Tem alguém te copiando?

Vez ou outra ouço de algum cliente que alguém está abrindo uma empresa/empreendimento concorrente e que este está literalmente “copiando” seu comércio: vendendo as mesmas coisas, no mesmo horário de funcionamento, oferecendo a mesma forma de entrega, etc.
 
Para uma empresa muito bem estruturada a pergunta é: se estes concorrentes investirem pesado e fizerem uma cópia de uma empresa, começando pela fachada do estabelecimento, colocando o mesmo piso, comprando os mesmos equipamentos, e mantendo o mesmo número de funcionários, eles irão provar do mesmo sucesso?
 
Na teoria pode fazer sentindo responder sim, pois seriam iguais mas, sinceramente, não conheço uma só empresa que fez isso com sucesso.
 
Quando andamos pela rua chegamos até a confundir logomarcas, outras vezes uma parece filial de outra e, não raro, aqueles novos concorrentes __ além de copiar o “modelo” de outra, digamos “pioneira” __ procuram inclusive contratar o funcionário daquela empresa/comércio, na busca de trazer para si, concorrente, a “cara” de sua “inspiração”, ou seja, daquele empreendimento já conceituado no mercado.
 
Tudo muito bem copiado, copiado até o limite que o dinheiro pode proporcionar e, ainda sim, estas empresas “cópias” falham.
 
E querem saber de uma coisa: a falta de sucesso não tem nada a ver com o sentimento de que a “cópia” não foi boa o suficiente.
 
A confusão está em: clonar produto X copiar negócio.
 
Como gestor empresarial, é de suma importância reconhecer que “clonar” produto é fácil, basta ter recursos, mas copiar o negócio é mais complicado.
 
Onde se compra motivação, clima organizacional, satisfação do cliente e etc.?
 
O que não se copia?
 
Não é possível copiar a execução de um negócio. Cada empresa tem um destino, uma estrada, e nela viaja a cultura da empresa rumo aos objetivos traçados.
 
Para ser sincero, os concorrentes duplicados podem comprar o ônibus, mas não sabem qual rumo seguir.
 
Ainda que copiando literalmente a “cara” de uma empresa, utilizando-se de todos os recursos tecnológicos existentes, se percebe na gestão do negócio o divisor de águas.
 
O que as empresas estruturadas fazem dia após dia, faça chuva ou faça sol?
Eu mesmo respondo: fazem marketing, prestam bons serviços, tem clima organizacional bacana, etc. – isso é o meio que leva a empresa rumo ao sucesso.
 
Agora se o plano é realmente copiar a fórmula de alguém, utilizando para si mesmo, é melhor ter em mente uma gestão de empresas muito melhor do que a “original”.
 
Isso me faz lembrar de um cliente que, uma vez reestruturado começou a progredir a olhos vistos, tão claramente que o concorrente numa conversa informal “descobriu” que foi implantado um computador na empresa para controles diversos, tais como produção, desperdício, compras, vendas entre outros.
 
A primeira reação do concorrente foi comprar um computador, esta foi atitude primeira, e depois do computador com um dedo de poeira – este mesmo concorrente percebeu que na sua empresa não mudou nada. Ainda não satisfeito, pediu a funcionária que indagasse ao meu cliente o que ele fazia no computador para tentar fazer igual.
 
(Olha a maldade! Contenha-se nos seus risos!)
 
 
Pode acontece também, da empresa “original” ter uma boa idéia e não executar esta idéia de forma eficiente e com resultados eficazes. Neste caso, outras encontram a oportunidade para copiar e executar muito melhor que a original. É o feitiço virando contra o feiticeiro.
 
São coisas do mercado, e este é o preço de manter as portas abertas.
 
O que devemos considerar então:
 
1-   As pessoas compram mais do que apenas produtos.
 
Você irá concordar comigo, que copiar o produto somente, mesmo que seja um gêmeo idêntico, não é suficiente. Quando as pessoas compram um produto eles não estão comprando apenas o produto em si. Elas estão comprando “tudo” o mais que está agregado a ele.
 
Estão comprando a experiência do momento que pode ser mágico (salvo os de necessidade básica). O produto é apenas um meio de experimentar esta situação.
 
Quantas vezes, enquanto consumidores, já pagamos aparentemente mais caro por um produto, em busca de satisfação do ato de comprar?
 
E a empresa “cópia”, fornece esta satisfação?
 
2-   Boas idéias serão sempre copiadas
 
Não vamos nos enganar, se tivermos uma boa idéia podemos praticamente garantir que em breve encontraremos uma “cópia”.
 
Nossa preocupação não deve entrar no mérito acerca do que será ou não copiado, mas sim, se a empresa “cópia” será melhor na comercialização do mesmo produto ou prestação de serviço.
 
3-   Concorrência fraca
 
Até certo ponto podemos pensar em concorrência fraca como um favor. As tentativas dos concorrentes em copiar um produto e oferecê-lo no mercado de forma precária, faz com que nossos clientes vejam o nosso produto original como algo de maior valor, por efeito de comparação.
 
 
Além disso, estrategicamente ter muitos concorrentes pode inibir o mercado e lançar a idéia de que existem mais empresas do que consumidores, criando assim uma barreira para que as eventuais candidatas __ ou seja, as novas concorrentes __ não entrem na jogada. Mal sabem estas empresas que, a maioria dessas concorrentes são ilusões na guerra por clientes!
 
O que realmente importa, apesar de ter um bom produto original, o que já é um grande primeiro passo, é sentir que realmente as pessoas por trás do produto final ou serviço prestado é que fazem toda a diferença.
 
As empresas estão mudando. E você?

 


Wagner Alessandro Nogueira é Administrador de Empresas e Consultor em Gestão Empresarial. É o responsável técnico pela empresa Office br Consultoria. Relevante participação e conhecimentos de Gestão Comercial de Pequenas e Médias Empresas, Especializando para Micro e Pequenas Empresas (especialmente as Familiares). Consultoria nas atividades Administrativas, Financeiras e Marketing. Professor de Curso Técnico em Administração de Empresas, Consultor e Instrutor em Gestão de Tecnologia Empresarial e Negócios Eletrônicos.

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