A forte tempestade que atingiu Belo Horizonte na noite dessa quinta-feira (6) causou uma morte, destruiu diversos lugares e gerou 61 pedidos de atendimento para a Defesa Civil. Quando amanheceu nesta sexta-feira (7), Belo Horizonte assiste o resultado da tempestade e acorda com clima de guerra e destruição na cidade.

Foto: reprodução EM

De acordo com o balanço divulgado pela Defesa Civil, as ocorrências mais comuns foram quedas de árvore e alagamentos, com 12 cada uma. Três casas apresentaram risco de danos ou destruição e uma passarela apresentou perigo de desabamento. Além disso, cinco muros desabaram.

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Temporal, Desespero e morte

Depois de um dia de intenso calor, um temporal acompanhado de granizo e ventos de até 75 quilômetros por hora transformou o início da noite de ontem em caos em vários pontos de Belo Horizonte, com quedas de árvores, alagamentos e apagões. A situação mais grave ocorreu na Zona Sul, onde uma van escolar com crianças foi atingida pelo tronco de uma árvore que tombou após a explosão de um transformador na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Sion. A situação só não foi mais grave devido à ação de um herói: o passageiro de um ônibus que passava pelo local e conseguiu salvar cinco estudantes, retirando-os pela janela do veículo, mesmo sob o risco de choque elétrico, já que havia fios energizados no local. O motorista, porém, ficou presos às ferragens e até o fechamento desta edição, depois de várias horas de trabalho de equipes dos Bombeiros e da Cemig, o corpo não havia sido resgatado, para desespero de familiares.

Apesar da gravidade dessa situação, a região mais atingida pela chuva em Belo Horizonte foi a Leste. Segundo a Defesa Civil, em um intervalo de duas horas e cinquenta minutos, a regional registrou acumulado de 42,6 milímetros (mm) de precipitação. Várias árvores caíram em bairros como o Santa Efigênia. Em segundo lugar veio a Centro-Sul, onde ocorreu o acidente envolvendo o escolar, com 29,8mm. Na sequência vieram Oeste, com 19,4mm, e Nordeste, com 11,8mm. No fim da noite, a chuva chegou às regiões da Pampulha e Venda Nova, com novos registros de alagamento na Avenida Vilarinho, um dos pontos críticos da capital.

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Água na festa da Liberdade

A chuva atrapalhou a programação da estreia da iluminação de Natal da Praça da Liberdade na noite de ontem. A apresentação do coral que abriu o evento foi interrompida poucos minutos após o início. Foi preciso desmontar os aparelhos de som rapidamente e as pessoas que acompanhavam saíram rapidamente da praça em busca de abrigo em lojas e restaurantes vizinhos. O papai noel Wagner Vieira dos Santos, de 70 anos (foto), lamentou: “A praça estava ficando lotada bem na hora que a chuva começou. Atrapalhou bastante”, disse, apesar de constatar o retorno do público pouco depois do temporal. O casal Renata Barbosa e Paulo Pires levaram o filho João para ver as luzes e deram sorte de chegar logo depois da tempestade. “A nova praça ficou muito bonita, principalmente as fontes luminosas”, comentou Renata.

Com Estado de Minas