Oscar Niemeyer visita obras do Centro Administrativo
- Categoria: Minas
Uma visita emocionante marcou a manhã desta terça-feira (23) nas obras do futuro Centro Administrativo do Estado de Minas, no bairro Serra Verde, em Belo Horizonte. Acompanhado pelo governador Aécio Neves, o arquiteto Oscar Niemeyer, que completa 101 anos em dezembro, foi ver de perto o andamento do projeto que coroa a sua carreira de reconhecido sucesso em todo o mundo e que começou em Minas Gerais com o Conjunto Arquitetônico da Pampulha.
Iniciadas há 10 meses, as obras do Centro Administrativo estão dentro do cronograma previsto para que sua conclusão aconteça nos primeiros meses de 2010. O complexo é formado por três prédios, que abrigarão as 18 secretarias e a governadoria do Estado. Surpreso com o estado adiantado das obras, Niemeyer ouviu com atenção as explicações dadas pelos engenheiros responsáveis pelas obras e, ao final da visita, falou sobre a satisfação de ver o seu projeto sendo concretizado.
“É muito bom ver que tudo está caminhando às mil maravilhas. Eu fico espantado, tudo está transcorrendo tão bem. É preciso haver entusiasmo e a certeza de que essa obra vai ser importante para Belo Horizonte, para tudo correr tão bem assim. Eu felicito o governador pelo entusiasmo, compreensão e coragem nessa obra que projetei”, afirmou Niemeyer.
Quando concluído, o centro administrativo reunirá cerca de 16 mil servidores e centralizará toda a rede de serviços prestados pelos órgãos públicos à população, com circulação média de dez mil pessoas por dia.
“Essa não é uma obra de um governo. É uma obra de um conjunto de mineiros que, sob a inspiração e o talento do grande Oscar Niemeyer, nos permitirá, após o nosso governo, caminhar por aqui e ver que superar as dificuldades sempre com o diálogo e com determinação vale a pena”, afirmou Aécio Neves.
Marcas das mãos
Durante a visita, o arquiteto deixou a marca de suas mãos numa placa de bronze que será fixada no Centro Administrativo, em local ainda a ser definido após conclusão da obra. Em seu pronunciamento, o governador lembrou da ligação de Niemeyer com Minas Gerais.
“Lembro de algumas palavras do Oscar quando esteve conosco em Belo Horizonte e falamos, pela primeira vez, do projeto. Ele me disse algo que ficou marcado de forma muito profunda: a minha história começou aqui em Minas. Tudo começou aqui, Brasília, de alguma forma, começara em Minas, a partir do convite de Juscelino para fazer o complexo arquitetônico da Pampulha”. E completou: “Oscar é talvez mais mineiro do que filho de qualquer outro estado do Brasil. Porque não sei se em outro estado a sua obra representa tanto como representou em Minas e representará pelos próximos 100 anos com a construção desse centro administrativo”.
Funcionalidade e tecnologia
O Centro Administrativo aliará funcionalidade e tecnologia dentro de uma concepção modernista. Construído em uma área de 804 mil metros quadrados, o centro será equipado com sala datacenter, reunindo todos os sistemas de dados e de informações do Estado, auditório, centro de convivência e praça cívica.
A obra representa ainda um marco no desenvolvimento da capital com a revitalização urbana e viária da Região Norte de Belo Horizonte. Instalado às margens da Linha Verde, via expressa que liga a região central da capital ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) - o investimento reverte o processo de empobrecimento vivido pela região nas últimas décadas, marcado pela carência de serviços e pelo expressivo crescimento demográfico.
O investimento total na obra, sob a coordenação da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), é de R$ 948,5 milhões. O processo licitatório foi realizado pelo regime de empreitada com preço global fixo e irreajustável e contou com projeto executivo detalhado com especificações técnicas dos materiais e acabamentos utilizados. A obra foi dividida em três lotes e está sendo executada por três consórcios. “Houve um cuidado extremado em todas as etapas, em todos os processos que levaram ou que levam hoje à construção do maior e mais moderno centro administrativo do país”, afirmou Aécio Neves.
Cronograma
O prédio da Sede do Governo está com 98% dos serviços de fundação concluídos e as lajes do térreo e do primeiro pavimento prontas. O edifício terá o maior vão livre da história da arquitetura, com 146 metros de extensão. A laje do terceiro pavimento já foi iniciada, a torre do heliponto está parcialmente erguida.
O auditório, com capacidade para acomodar 490 pessoas, está com as paredes laterais e a laje de cobertura em execução. Os prédios das secretarias também estão com as lajes em construção. Cada prédio tem 116 mil metros quadrados de área e 240 metros de extensão. O Centro de Convivência, localizado entre os dois prédios das secretarias, com três pavimentos e cerca de 4,5 mil metros quadrados de área, está com as fundações e a laje do primeiro pavimento concluídas.
“Devo aqui uma palavra de agradecimento aos engenheiros, funcionários, mas muito em especial aos operários que têm trabalhado nessa obra, muitos à noite, virando turnos e ajudando a fazer parte da história. Isso não é uma obra, isso é um pedaço da história de Minas Gerais, de Belo Horizonte que nós estamos construindo. Em dezembro de 2009, no final do mês, portanto daqui um ano e três meses, eu quero estar despachando daqui”, afirmou Aécio Neves.
Proteção ambiental
A construção do Centro Administrativo representará também importante resgate ambiental para Belo Horizonte. Para garantir que o ecossistema da região Norte seja preservado, o Governo do Estado criou o Parque Estadual Serra Verde nas imediações do complexo, recuperando toda área ambientalmente degradada.
O Serra Verde está localizado em uma região de transição entre os biomas Cerrado e Mata Atlântica e se destaca também pela sua importância em relação aos recursos hídricos. Na área do parque há várias nascentes e cursos d’água que contribuem para o sistema de lagoas da região.
Com 105 hectares, o Serra Verde - criado por decreto em 12 de dezembro de 2007- formará um cinturão verde ao redor do Centro Administrativo e será o segundo maior parque de Belo Horizonte, menor apenas que o Parque das Mangabeiras (municipal).
A obra também é realizada dentro dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Os cuidados com a obra passam por questões como o tratamento dos resíduos, monitoramento da qualidade do ar, definições das tecnologias construtivas empregadas nos prédios e, sobretudo, na preservação das áreas verdes do entorno.
Iniciadas há 10 meses, as obras do Centro Administrativo estão dentro do cronograma previsto para que sua conclusão aconteça nos primeiros meses de 2010. O complexo é formado por três prédios, que abrigarão as 18 secretarias e a governadoria do Estado. Surpreso com o estado adiantado das obras, Niemeyer ouviu com atenção as explicações dadas pelos engenheiros responsáveis pelas obras e, ao final da visita, falou sobre a satisfação de ver o seu projeto sendo concretizado.
“É muito bom ver que tudo está caminhando às mil maravilhas. Eu fico espantado, tudo está transcorrendo tão bem. É preciso haver entusiasmo e a certeza de que essa obra vai ser importante para Belo Horizonte, para tudo correr tão bem assim. Eu felicito o governador pelo entusiasmo, compreensão e coragem nessa obra que projetei”, afirmou Niemeyer.
Quando concluído, o centro administrativo reunirá cerca de 16 mil servidores e centralizará toda a rede de serviços prestados pelos órgãos públicos à população, com circulação média de dez mil pessoas por dia.
“Essa não é uma obra de um governo. É uma obra de um conjunto de mineiros que, sob a inspiração e o talento do grande Oscar Niemeyer, nos permitirá, após o nosso governo, caminhar por aqui e ver que superar as dificuldades sempre com o diálogo e com determinação vale a pena”, afirmou Aécio Neves.
Marcas das mãos
Durante a visita, o arquiteto deixou a marca de suas mãos numa placa de bronze que será fixada no Centro Administrativo, em local ainda a ser definido após conclusão da obra. Em seu pronunciamento, o governador lembrou da ligação de Niemeyer com Minas Gerais.
“Lembro de algumas palavras do Oscar quando esteve conosco em Belo Horizonte e falamos, pela primeira vez, do projeto. Ele me disse algo que ficou marcado de forma muito profunda: a minha história começou aqui em Minas. Tudo começou aqui, Brasília, de alguma forma, começara em Minas, a partir do convite de Juscelino para fazer o complexo arquitetônico da Pampulha”. E completou: “Oscar é talvez mais mineiro do que filho de qualquer outro estado do Brasil. Porque não sei se em outro estado a sua obra representa tanto como representou em Minas e representará pelos próximos 100 anos com a construção desse centro administrativo”.
Funcionalidade e tecnologia
O Centro Administrativo aliará funcionalidade e tecnologia dentro de uma concepção modernista. Construído em uma área de 804 mil metros quadrados, o centro será equipado com sala datacenter, reunindo todos os sistemas de dados e de informações do Estado, auditório, centro de convivência e praça cívica.
A obra representa ainda um marco no desenvolvimento da capital com a revitalização urbana e viária da Região Norte de Belo Horizonte. Instalado às margens da Linha Verde, via expressa que liga a região central da capital ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) - o investimento reverte o processo de empobrecimento vivido pela região nas últimas décadas, marcado pela carência de serviços e pelo expressivo crescimento demográfico.
O investimento total na obra, sob a coordenação da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), é de R$ 948,5 milhões. O processo licitatório foi realizado pelo regime de empreitada com preço global fixo e irreajustável e contou com projeto executivo detalhado com especificações técnicas dos materiais e acabamentos utilizados. A obra foi dividida em três lotes e está sendo executada por três consórcios. “Houve um cuidado extremado em todas as etapas, em todos os processos que levaram ou que levam hoje à construção do maior e mais moderno centro administrativo do país”, afirmou Aécio Neves.
Cronograma
O prédio da Sede do Governo está com 98% dos serviços de fundação concluídos e as lajes do térreo e do primeiro pavimento prontas. O edifício terá o maior vão livre da história da arquitetura, com 146 metros de extensão. A laje do terceiro pavimento já foi iniciada, a torre do heliponto está parcialmente erguida.
O auditório, com capacidade para acomodar 490 pessoas, está com as paredes laterais e a laje de cobertura em execução. Os prédios das secretarias também estão com as lajes em construção. Cada prédio tem 116 mil metros quadrados de área e 240 metros de extensão. O Centro de Convivência, localizado entre os dois prédios das secretarias, com três pavimentos e cerca de 4,5 mil metros quadrados de área, está com as fundações e a laje do primeiro pavimento concluídas.
“Devo aqui uma palavra de agradecimento aos engenheiros, funcionários, mas muito em especial aos operários que têm trabalhado nessa obra, muitos à noite, virando turnos e ajudando a fazer parte da história. Isso não é uma obra, isso é um pedaço da história de Minas Gerais, de Belo Horizonte que nós estamos construindo. Em dezembro de 2009, no final do mês, portanto daqui um ano e três meses, eu quero estar despachando daqui”, afirmou Aécio Neves.
Proteção ambiental
A construção do Centro Administrativo representará também importante resgate ambiental para Belo Horizonte. Para garantir que o ecossistema da região Norte seja preservado, o Governo do Estado criou o Parque Estadual Serra Verde nas imediações do complexo, recuperando toda área ambientalmente degradada.
O Serra Verde está localizado em uma região de transição entre os biomas Cerrado e Mata Atlântica e se destaca também pela sua importância em relação aos recursos hídricos. Na área do parque há várias nascentes e cursos d’água que contribuem para o sistema de lagoas da região.
Com 105 hectares, o Serra Verde - criado por decreto em 12 de dezembro de 2007- formará um cinturão verde ao redor do Centro Administrativo e será o segundo maior parque de Belo Horizonte, menor apenas que o Parque das Mangabeiras (municipal).
A obra também é realizada dentro dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Os cuidados com a obra passam por questões como o tratamento dos resíduos, monitoramento da qualidade do ar, definições das tecnologias construtivas empregadas nos prédios e, sobretudo, na preservação das áreas verdes do entorno.
AGÊNCIA MINAS
