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“Sete Lagoas está chegando ao fundo do poço com esta eleição”, diz ex-prefeito Maroca

Faltando 2 dias para as eleições, diversas ruas de Sete Lagoas amanheceram na manhã de ontem (30) repletas de panfletos nos quais são atribuídos nomes do secretariado, caso o candidato Leone Maciel (PMDB) seja eleito. Uma das pessoas citadas no material é a esposa do ex-prefeito Maroca, colocada como a “mulher doida de Maroca”. A informação divulgada causou a indignação dos envolvidos.

Esposa de Maroca foi alvo de ataque político em panfletos espalhados na cidade nessa sexta-feira (30) / Foto: SeteLagoas.com.brEsposa de Maroca foi alvo de ataque político em panfletos espalhados na cidade nessa sexta-feira (30) / Foto: SeteLagoas.com.br

Maroca relata que ficou sabendo do material por ligações de amigos. O ex-prefeito e atual presidente do PSDB em Sete Lagoas acredita que o motivo do ataque seja o fato dele, junto com o partido, estar apoiando Leone Maciel. “Minha responsabilidade como ex-prefeito e o meu compromisso com Sete Lagoas me fazem escolher um candidato. E isso muitas vezes ofende as pessoas que queriam que estivéssemos do lado deles e que fazem este tipo de coisa, este tipo de campanha política que não cabe mais no país, em Sete Lagoas”, disse.

No panfleto, Márcia, esposa de Maroca, é indicada como possível Secretária de Promoção Social. Maroca afirma que ele e Leone não conversaram sobre cargos e ressalta que a esposa fez um ótimo trabalho no Centro Regional de Artes Maria dos Anjos Macedo (Cramam), em parceria com o Senac, inteiramente gratuito. Ele lamenta o ocorrido: “Para tentar me atingir e atingir a minha família, a colocaram dessa forma. Algo baixo e absurdo”.

Ruas amanheceram repletas de panfletos / Foto: Enviada via WhatsAppRuas amanheceram repletas de panfletos / Foto: Enviada via WhatsApp

Maroca avalia a situação política da cidade como difícil. Na opinião do ex-prefeito, as pessoas que fizeram o panfleto não podem ocupar o poder público em um cargo de tamanha grandeza como é o de prefeito. “Sete Lagoas está chegando ao fundo do poço com essa eleição. Eu nunca vi uma eleição tão baixa como a que está ocorrendo agora”, ressalta.

O ex-prefeito aconselha os eleitores a conhecerem bem os candidatos: “Procure conhecer as pessoas, o ser humano que é cada um dos candidatos, porque é ele que vai estar administrando esta cidade”.

Confira a entrevista na íntegra: 

Quando e como você ficou sabendo da existência deste panfleto?

Eu fiquei sabendo desse panfleto, porque jogaram em Sete Lagoas inteira. Jogaram de madrugada. As pessoas me ligaram e eu peguei um na rua. Eu fiquei indignado, porque a minha responsabilidade como ex-prefeito e o meu compromisso com Sete Lagoas me fazem escolher um candidato. O PSDB não lançou nenhum candidato, então eu vi que, por razões humanitárias, o melhor candidato que nós tínhamos era o Leone Maciel, então apoiamos ele. Eu, como presidente do PSDB. E isso muitas vezes ofende as pessoas que queriam que estivéssemos do lado deles e que fazem este tipo de coisa, este tipo de campanha política que não cabe mais no país, em Sete Lagoas. Busquei mostrar isso na minha administração, uma administração sem perseguições, suave, tranquila, buscando prioridades naquilo que mais afetava o ser humano e dessa forma eu continuei o meu trabalho. Saí da política, não quero mais candidatura, jamais conversei com Leone em relação a cargos. Eu não conversei com ele sobre cargos, se ele oferecesse um cargo para minha esposa, ela não vai aceitar. Ela fez um ótimo trabalho no Cramam , totalmente gratuito, uma parceria com o Senai. Ela não recebeu nada por isso e agora, para tentar me atingir e atingir minha família, a colocaram dessa forma. Algo baixo, absurdo.

Você acredita que a motivação deste panfleto é inteiramente pelo fato de estar apoiando o candidato Leone?

Não tem existe outro motivo. É por eu estar apoiando Leone, é uma forma de tentar atingir a mim, a minha família, Leone e a esposa dele. Eu vejo dessa forma. Se eu estivesse apoiando outro, não sei se estaria assim, mas é, infelizmente, essa a situação que nós vivemos em Sete Lagoas. Quando eu passei a militar na política, fui vereador, fui prefeito, eu fiz com uma responsabilidade e uma identidade muito grande com o povo de Sete Lagoas. Eu procurei mostrar que a gente pode trabalhar com amor, mas é claro na política que o que move as pessoas a maioria das vezes não é a compaixão, não é o amor, não é a misericórdia, é exatamente o ódio, a raiva, a vontade de ocupar o poder, não deixar o poder para outro, que faz com que as pessoas tomem atitudes tão baixas como essa.

Como você acha que a população recebeu este panfleto nas ruas?

É difícil fazer esta avaliação porque existem muitos indecisos. Quem conhece a Márcia, minha esposa, quem me conhece, vai saber que isso é infundado. O objetivo das pessoas que fizeram este panfleto pode não ser alcançado. Mas é difícil de avaliar. Espero que as pessoas pensem, analisem em quem votar. Pessoas que agem dessa maneira não tem como ocupar o poder público num cargo de tamanha grandeza como é o cargo de prefeito. Eu acho que é preciso que Sete Lagoas fique atenta a todos esses fatos e, a partir daí, passe a buscar e a criar um grupo apolítico para estudar e analisar Sete Lagoas, de que forma pode fazer um trabalho voluntário para melhorar regiões que vivem em situação de risco. Eu acho que nós precisamos aumentar a responsabilidade sobre a nossa cidade, não deixar tudo por conta do prefeito, porque é impossível ele resolver todos os problemas. Se a sociedade não se organizar, não buscar conhecer os problemas e resolvê-los, a Prefeitura não tem como fazer sozinha. É este o meu trabalho como ex-prefeito, mostrar para as pessoas as dificuldades de administrar, as prioridades que nós temos e, juntos, organizarmos a administração de Sete Lagoas. É este o propósito de Leone. Fazer uma gestão extremamente democrática, participativa, ouvindo as pessoas, organizada. E este foi o compromisso que nós do PSDB fizemos com eles. Fazer uma administração sem revanchismo, de paz, sem perseguições, buscando o diálogo e essa é a administração que o povo de Sete Lagoas precisa. Sete Lagoas está chegando ao fundo do poço com essa eleição. Eu nunca vi uma eleição tão baixa como a que está ocorrendo agora.
O que está acontecendo com a política de Sete Lagoas é uma situação que ninguém gosta. Só as pessoas que estão alteradas pela campanha. Ninguém mais está de acordo com o que está ocorrendo. Isto está trazendo uma confusão enorme para toda a população, as pessoas não estão sabendo o que fazer por causa disso. Mas as pessoas sabem que as pesquisas são verdadeiras, o jornal O Tempo, a CP2 não ia colocar o nome deles em jogo.

Qual é o recado que você deixa para o eleitor?

Conhecer bem os candidatos, analisar, como eu analisei. Procure conhecer as pessoas, o ser humano que é cada um dos candidatos, porque é ele que vai estar administrando esta cidade.


Da Redação



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