Os secretários de Fazenda, Mário Sérgio Ribeiro, e de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Mônica Vasconcelos, até que tentaram, mas não convenceram os vereadores durante a reunião parlamentar dessa terça-feira, 11. Eles foram convocados para explicarem o aumento no valor da taxa de coleta de resíduos sólidos e a transferência de local dos ambulantes que estavam no camelódromo da Randolfo Simões.

O primeiro a subir na tribuna foi Mário Sérgio que levou o superintendente de rendas imobiliárias da prefeitura, Oberdan José Garcia. Interpelado pelo vereador Joaquim Gonzaga, autor da convocação, o secretário tentou explicar um possível aumento de 45% no valor da taxa de coleta de resíduo sólido. Em 2013 o valor cobrado foi de R$ 58 para locais onde a coleta é feita três vezes por semana e R$ 116 onde o caminhão recolhe o lixo diariamente.

Oberdan Garcia explicou que a porcentagem de aumento ainda não foi definida e que “o reajuste será calculado a partir do custo da empresa para recolher o material”. A taxa de lixo serve para pagar o custo efetivo da coleta e o aumento da quantidade de lixo recolhida, cerca de 106 toneladas por dia, vai determinar quanto vai encarecer a taxa de resíduos.

Mônica Vasconcelos disse que MP quer acabar com comércio irregular na cidade / Foto: Ascom Câmara

Atendendo a um requerimento do vereador Milton Martins, a secretária Mônica Vasconcelos, foi falar sobre a mudança de local dos ambulantes que foram retirados do antigo camelódromo. Martins quis saber por que “não foi feita uma estruturação no local antes” de os vendedores se instalarem na praça em frente ao restaurante popular do centro.

A secretária se agarrou a uma recomendação do Ministério Público, MP, para justificar a mudança sem antes dar uma condição melhor aos ambulantes. “O Ministério Público quer acabar com o comércio irregular na cidade. Toda mudança é dolorida, mas estamos tentando readequar ao máximo”, explicou Mônica.

Não satisfeito com a justificativa apresentada, Milton Martins questionou que poderia ter sido proposto ao MP um Termo de Ajustamento de Conduta, TAC, para que a mudança fosse mais planejada sem prejudicar muito os vendedores. “Porque não fez (o TAC) antes de mudar o pessoal? Essas atitudes precipitadas colocam essa Casa em descrédito”, disse Martins se referindo à cobrança que os vereadores sofrem nas ruas dos ambulantes

Sobre a taxa da coleta de lixo ainda não há uma definição sobre o reajuste do valor. E apesar das reclamações os ambulantes transferidos vão continuar na praça em frente ao restaurante popular.

por Marcelo Paiva