Proprietários de som automotivo podem ter um local específico na cidade para aumentarem o volume e não atrapalharem quem não quiser ouvir a música. Isso porque foi aprovado na Câmara, com voto contrário do vereador Dalton Andrade, um anteprojeto elaborado por Douglas Melo que quer disciplinar a utilização de equipamentos de som automotivo e estabelecer locais para realização de competições de veículos com estes equipamentos. A proposta segue para apreciação do prefeito que pode, ou não, reenviar a matéria como projeto de lei. Veja o texto completo AQUI.

O anteprojeto foi debatido no encontro parlamentar da terça-feira, 03, com o plenário cheio de proprietários de lojas que instalam som automotivo que, por contraditório que pareça, apoiam a matéria. “Pra gente também não é interessante que o cara saia com o som alto durante o dia em qualquer lugar da cidade. Se tiver um lugar específico para tocar fica mais fácil controlar”. Essa é a opinião de Roger Fabiano que instala som automotivo há dez anos.

Reunião da Câmara nesta terça, 03 / Foto: Marcelo Paiva

De acordo com o texto, as competições de veículos com som automotivo deverão acontecer “em zoneamento não residencial com apresentação de laudo do impacto ambiental e de vizinhança favorável ao evento, mediante o órgão ambiental”. Um desativado espaço de eventos ao lado da Embrapa já foi apontado e aprovado, segundo Douglas Melo, para receber esse tipo de evento.

Para o autor da matéria a questão do som automotivo precisa ser organizada porque o ramo é gerador de emprego e tira pessoas que se envolveram na criminalidade. “Os donos de loja são empregadores e muitos saíram do mundo das drogas. Começaram consertando alto falantes e colando caixas de som e hoje são donos de lojas”, justificou.

Ainda segundo o anteprojeto, quem for pego com som ligado com potência final acima de 1000 wats RMS fora do local apropriado será multado em R$ 200, pode ter o veículo apreendido no caso de reincidência, além de ser proibido de participar dos eventos a que a Lei abrange. Se aprovado e se tornar lei, o projeto determina que todos os donos de carros com som potentes devem se cadastrar na secretaria de Meio Ambiente para facilitar a fiscalização.


Por Marcelo Paiva