A delegada de homicídios, Dra. Mariza Andrade, iniciou na tarde desta segunda-feira, 02, a investigação de um homicídio de um bebê de cinco meses onde o pai da criança, Felipe Jardel Silva, 25 anos, é o principal suspeito. Na chegada a delegacia de Polícia Civil Felipe confessou o crime para a reportagem, mas disse que não tinha a intenção de matar a criança. "Estou arrependido, nao tive a intenção", resumiu sem alterar o semblante de tranquilidade. 

Felipe chegando na Polícia Civil levado pela Polícia Militar / Foto: Marcelo Paiva

A garotinha foi morta na noite desse domingo, 01, asfixiada com uma coberta dentro do carrinho de bebê na casa onde Felipe vive com a companheira e mãe da criança, Joana das Graças Corrêa Santos, 22 anos, na Rua Rei Davi, no bairro Esperança. “Ele não gostava dela e já tinha tentado isso (matar a garota) outras vezes quando eu ia tomar banho. Escutava ela chorar e ele dizia que era refluxo. Uma vez peguei ela e estava muito ofegante por causa da coberta no rosto”, recorda Joana.

Felipe com a mãe da criança, Joana das Graças, aguardando para ser ouvido por Dra. Mariza / Foto: Marcelo Paiva

Ainda de acordo com Joana, Felipe desconfiava que a filha não era dele por ser uma garota de pele mais clara do que a do casal. “Não tive outro companheiro, a filha é dele sim”, reafirma a mãe com lágrimas nos olhos.

Coberta usada para asfixiar a criança no carrinho / Foto: Marcelo Paiva

Depois de asfixiar a filha com a coberta, Felipe ainda chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, SAMU, que tentou reanimar a criança, mas já era tarde. “Eu estava dormindo e ele chamou o SAMU. Quando peguei o bebê já estava com corpo molinho e o lábio meio arroxeado”, lembra a mãe chorando.

O laudo que indicou a causa da morte como asfixia mecânica ficou pronto nesta segunda-feira, 02. Foi quando o conselho tutelar acionou a Polícia Militar, PM, que fez a prisão de Felipe em casa. O autor está preso à disposição da justiça e Dra Mariza pode enquadrá-lo no crime de homicídio qualificado e a pena pode chegar aos 30 anos de prisão.



Por Marcelo Paiva