Durante esta semana o SeteLagoas.com.br mostrou a difícil realidade do trânsito na cidade. Seja por falta de sinalização, fiscalização, ou educação dos motoristas que circulam na cidade, os prejudicados são todos que precisam ir e vir. E quem devia ser o mais respeitado, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o pedestre, é o mais prejudicado e sofre com a impaciência de motociclistas e motoristas. Para finalizar a série mostraremos a dura vida de pedestre em uma das entradas da cidade.

Carro, moto e caminhão disputam espaço na entrada da rotatória pela Raquel Teixeira Viana / Foto: Marcelo Paiva

Em apenas dez minutos sentimos na pele a dificuldade de se fazer a travessia na praça José Cirilo Leão, em frente ao posto Castelo, onde termina a Av. Marechal Castelo Branco. Outras quatro ruas desembocam na praça, todas sem nenhuma faixa de pedestre o que faz a travessia depender da boa vontade de algum motorista já que o trânsito no local é intenso.

Kiara de Fátima Freitas passa por ali diariamente e, acompanhada da filha, pena para atravessar a rua Carlos Antônio Giordani, já na praça. “Aqui, além de muito caminhão os carros correm demais, sofro para atravessar. É um absurdo isso aqui”, reclama.

Acostumado a trafegar em Brasília, já que é motorista de carreta, Paulo da Silva acredita que a falta de fiscalização e de sinalização são os grandes culpados pela dificuldade para os pedestres. “Lá em Brasília o pedestre colocou o pé na faixa você tem que parar, se não é multa na certa”, afirma.

Como não há faixa de pedestre Paulo da Silva aguarda boa vontade para fazer a travessia / Foto: Marcelo Paiva

Já que Sete Lagoas está muito longe do nível da capital Federal seja em fiscalização ou em sinalização, os envolvidos no trânsito precisam se conscientizar enquanto o poder público não age. Assim como educação, saúde e emprego, o trânsito precisa de uma atenção muito especial das autoridades e do próximo governante da cidade para que todos consigamos nos deslocar com segurança seja a pé, de moto, carro, ônibus ou caminhão.

Por Marcelo Paiva