De acordo com a empresa responsável pelo Boulevard Santa Helena Sete Lagoas seria contemplada com um projeto inovador de loteamento sustentável. É um sistema que promove alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades de edificação, habitação e uso do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.

No caso do Boulevard Santa Helena, entre a avenida Perimetral e o sopé da Serra de Santa Helena, apenas em sua parte plana, está previsto um residencial unifamiliar horizontal, com lotes possuindo área mínima de 600 m², sendo permitida apenas a construção de casas com no máximo dois pavimentos; e entre as avenidas Perimetral, Nações Unidas e rua Cachoeira da Prata a previsão é de grandes lotes com áreas a partir de 1.500 m² com a finalidade de implantação posterior de comércios locais, bolsões de estacionamento públicos, no estilo "open mall" e edifícios residenciais com altura máxima de 12 m, ou quatro pavimentos.

Área da Fazenda Arizona que seria destinada ao loteamento /Foto: IMMAC Sete Lagoas
De acordo com as normas de gabarito, regimento interno e estatuto da Associação dos Moradores do Boulevard Santa Helena, entidade a ser criada pelo empreendedor, que terá normas mais rígidas do que as permitidas pelo Plano Diretor de Sete Lagoas, as casas deverão ter afastamento mínimo frontal de cinco metros unido a um passeio com largura de dois metros; nestes sete metros a partir do meio-fio não serão permitidos a pavimentação ou o fechamento, garantindo áreas verdes, arborizadas e lineares circulando as quadras, o que somadas às demais áreas permeáveis de cada lote, deverão garantir um coeficiente de permeabilidade mínimo de 40%, sem contar com a área dos passeios, também obrigatoriamente verdes.

Todas estas exigências serão estendidas proporcionalmente aos lotes comerciais e residenciais multifamiliares. Calculado em uma área de 436 hectares, sendo que 82% serão de área verde permeável, o projeto pretende fazer uma ocupação planejada, agindo em consonância com o princípio da sustentabilidade e visando a qualidade na habitação e preservação da natureza.

Em relação à infraestrutura, será implantado um sistema de reuso da água nas residências, e também instalação de valas de infiltração, bacias de contenção e detenção no projeto de drenagem. Assim, nos picos de chuva as enchentes a jusante, no córrego do Diogo, podem ser sensivelmente minorados, além da garantia calculada que estes sistemas implantados, aliados aos altos coeficientes de permeabilidade, proporcionarão uma recarga adicional do aquífero subterrâneo.

Ainda segundo estudo hidrogeológico desenvolvido pelo empreendedor e notícias divulgadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sete Lagoas (SAAE), com a implantação já em curso da nova adutora do Rio das Velhas e a interligação de todo o sistema de distribuição de água (obras que deverão estar totalmente concluídas até dezembro de 2013), poderão ser desativados aproximadamente 60% dos 105 poços subterrâneos que abastecem a cidade. Desta forma, caso se dê preferência à desativação dos 12 poços do SAAE já existentes na Fazenda Arizona e 10 no entorno, aliado à possibilidade do abastecimento do empreendimento ser feito pela água proveniente do Rio das Velhas, é grande a chance de recuperação do espelho d'água na Lagoa da Chácara, localizada dentro da fazenda, a ser totalmente revitalizada e preservada, tendo em vista o consequente aumento no nível do lençol freático na região.

Haverá uma estação de tratamento de esgoto (ETE), única para todo o empreendimento, cumprindo assim com a meta principal, que é agregar a natureza de maneira sustentável contribuindo com a preservação ambiental e servindo de exemplo para os demais empreendedores e a população em geral.

Um dos principais atrativos do projeto é o Parque Ecológico. Toda a população terá acesso aos sete milhões de m², área totalmente preservada, equivalente a 240 campos da Arena do Jacaré e 10 Parques Municipais de Belo Horizonte. O predomínio será de áreas verdes, lineares e permeáveis, recuperação de espécies animais e vegetais, com longas trilhas de caminhada e de ciclismo, ladeando cursos de água limpas com espécies nativas da região. Com a segurança permanente do patrimônio natural aliada a projetos de educação ambiental, a consequência será uma convivência harmoniosa com a natureza, gerando qualidade de vida com respeito ao meio ambiente.

Da Redação