Leia a cobertura do seminário “Cultura e Inclusão Social” produzida pelos Jovens Jornalistas do Serpaf
- Categoria: Cidades
Leia a seguir a cobertura produzida pelos Jovens Jornalistas do Serpaf durante o Seminário “Cultura e Inclusão Social”, que aconteceu entre os dias 7 e 9 de junho, no Casarão. Ao final de cada matéria está o nome e a idade de seu autor.
Música abre o Seminário “Cultura e Inclusão Social” do Serpaf
A música é uma das atividades do Ponto de Cultura Yporanga, projeto inaugurado em 2010, que se estenderá até 2013 com o objetivo de oferecer oficinas culturais em parceria com os municípios de Sete Lagoas, Paraopeba e Santana de Pirapama.
Além da música o Serpaf ministra oficinas de dança, teatro, ballet, artes e culinária para mais de 300 crianças, adolescentes e mulheres da terceira idade.
O evento contou com as palavras da diretora da instituição, Adriane Penna Branco, e Flávio de Castro, ex-secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, ambos netos de Dona Helena Branco, fundadora do Serpaf em 1948. “A arte é a melhor forma de incluir as pessoas sem preconceitos e discriminação” afirmou Flávio em palestra na abertura do evento.
Adolescentes da oficina de teatro também se apresentaram com a peça “Minha Criança Morreu”, coordenada por Paulo Henrique, o que mais uma vez encantou todo o público presente.
por Mariana Teixeira, monitora dos Jovens Jornalistas
Primeiro dia do Seminário “Cultura e Inclusão Social” é sucesso
Na manhã do dia 8 de junho a palestrante Carla Andrade proporcionou um bate-papo sobre “Cultura e Inclusão Social: Práticas de Políticas Públicas” com o público presente. No segundo andar do Casarão, em uma sala com vista para a Praça Tiradentes, Carla falou sobre a importância de se trabalhar as políticas públicas com todos da família e não apenas com um membro, como a criança. Afirmou ainda que a cultura desempenha um importante papel na execução do trabalho social.
Segundo a palestrante, no Brasil a inclusão social como política pública passou a ser entendida a partir de suas diversas linguagens e é aí que entra a cultura. “O Ministério Público garante o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, ele apoia e valoriza a difusão das manifestações”, complementou Carla.
O Serpaf, por sua vez, vem utilizando a cultura como ferramenta de inclusão social desde a sua fundação. “Minha avó sempre pensou o trabalho social dessa forma, explorando o potencial artístico de cada um. Foi assim com o cipó e até hoje essa é a nossa linha”, afirma Adriane Penna, diretora da instituição.
por Núbia da Silva, 15 anos e Joyce Caroline, 15 anos
Programação com palestras e apresentações teatrais agradou o público
Ao longo dos três dias de evento foram expostos trabalhos realizados pelos adolescentes das oficinas de artesanato, arte-terapia, fotografia, música e apoio pedagógico. E também do bordado e cipó realizadas por mães da comunidade do Verde Vale, onde estão o Centro Comunitário e a Creche, importantes unidades do Serpaf.
Na palestra “Cultura e Empreendedorismo”, realizada no dia 08 de junho à tarde, a palestrante e consultora de empreendimentos, Miriane Fernandes de Paula, abordou sobre iniciativas para metas pessoais e no local de trabalho. Ela apresentou o tema aos que assistiam à palestra com dinâmicas interativas, que foram capazes de envolver totalmente o público.
Depoimentos de quem participou da palestra:
“A palestra estava ótima, pois tudo que foi falado pode nos ajudar a alcançarmos grandes metas pessoais”.
Elis Regina da Costa Silva, colaboradora do Serpaf.
“A palestra superou minhas expectativas sobre o seminário”.
Carlos Warlei Saúva, músico do APAE.
“O que me levou a realizar esta palestra foi o meu interesse em poder ajudar as pessoas a terem um pouco mais de informação”.
Mariane Fernandes de Paula, consultora de empreendimentos.
No mesmo dia os presentes tiveram a oportunidade de conhecer a peça teatral “O Auto do Boi da Manta” com adolescentes do Serpaf. Estiveram presentes para prestigiar o evento os alunos da Escola Municipal Professor Teixeira da Costa, uma das escolas parceiras do Ponto de Cultura Yporanga e também a APAE de Sete Lagoas.
Acompanhe as entrevistas feitas por Samantha dos Santos Lima, 14 anos:
“Gostei muito e achei divertido”.
Hélio Rodrigues Iguês da Silva, estudante da APAE Sete Lagoas.
“Adorei e achei muito interessante saber novas culturas que os alunos ainda não conhecem”.
Lucimara Aparecida Linhares, estudante da Escola Municipal Professor Teixeira da Costa.
por Matheus Gabriel, 13 anos, e Thaynara Santos, 15 anos
Último dia do Seminário do Ponto de Cultura Yporanga propôs discussão e envolveu a plateia
Na palestra sobre Educação, muitas pessoas participaram e uma dinâmica sobre os índios, operários e os cidadãos deu o que falar. “A proposta era envolver os presentes com uma esquete montada por eles, de improviso, para pensarmos juntos sobre a construção de uma cultura, o quanto ela é forte nas nossas vidas”, conta a palestrante Alcione Lopes.
Mais uma vez o grupo de teatro se apresentou com a peça “Zé Brasil, Zé Dend’água e o Político Ladrão”, pela tarde e também à noite, no encerramento do evento, antes do bate-papo com ilustres convidados – o secretário de Cultura e Comunicação Social, Fredy Antoniazzi, a assistente social Lea Braga, o diretor da Casa Guimarães Rosa, de Cordisburgo, Ronaldo Alves, e mais uma vez o ex-secretário de Planejamento e querido amigo do Serpaf, Flávio de Castro, convidado para mediar a conversa.
Os quatro, após assistirem atentamente à peça teatral, falaram sobre os desafios no trabalho com a comunidade, assunto da mesa redonda. Cada um deles contou sobre as experiências profissionais e pessoais em trabalhos com diferentes comunidades e todos falaram sobre o papel da cultura no contexto social. “Para participar do Grupo Miguilins os jovens ficam dois anos sendo treinados e passam por um processo seletivo. Hoje o grupo é grande e conhecido, mas levou um bom tempo até conseguirmos envolver a comunidade de Cordisburgo”, afirmou o convidado Ronaldo Alves, que compartilhou suas ricas experiências na construção do projeto Museu Casa Guimarães Rosa, hoje uma referência no estado de Minas e até mesmo no Brasil.
Deu para sentir o quanto esse bate-papo foi enriquecedor para todos ali presentes, não é mesmo? O evento ficou com um gostinho de “quero mais” e a proposta foi marcar outro encontro com os adolescentes da oficina de teatro para desenvolver a discussão sobre o conteúdo da peça teatral apresentada “Zé Brasil, Zé Dend’água e o Político Ladrão”, que faz uma crítica sobre o contexto político atual e também sobre a apatia do eleitor brasileiro. “Nós queremos, sim, discutir com eles sobre o tema, é muito importante para nós e para a própria peça teatral a troca de idéias, já que ela está sempre em construção e pode ser aperfeiçoada”, comentou o adolescente João Paulo sobre a possibilidade de convidar o secretário de Cultura e Comunicação Social para uma boa conversa no Serpaf.
Acompanhe entrevistas feitas por Matheus Gabriel, 13 anos:
“A palestra foi interessante porque as pessoas estavam participando bastante e é importante para as pessoas o assunto apresentado”.
Marco Antônio, funcionário público.
“A palestra foi muito construtiva, uma boa divulgação do que é cultura”.
Maria Ângela Ramalho, do projeto Maturidade Ativa da Faculdade Cenecista.
“O amor, a educação e a necessidade de passar a contribuição do meu conhecimento, é o que me levou a fazer esta palestra.”
Alcione Lopes, pedagoga do Serpaf e palestra da oficina.
por Matheus Gabriel, 13 anos
Fotos de Leo Drummond