No sábado, 14 de maio, moradores de Sete Lagoas se reuniram em um posto de gasolina na região central, onde realizaram um protesto postos16contra o atual valor da gasolina cobrado na cidade.

A manifestação, que já havia sido divulgada em diferentes redes sociais na internet, faz parte do movimento nacional “Na Mesma Moeda”, uma mobilização contra os altos valores dos combustíveis em todo país.

Com nariz e roupa de palhaço, alguns manifestantes pararam os motoristas que passavam pela Avenida Antonio Olinto, alertando sobre os altos preços cobrados na cidade. Para quem passasse pelo local a orientação era abastecer apenas R$0,50, pedir comprovante e, se possível, pagar com cartão de crédito, notas de R$50,00, ou até de R$100,00.

De acordo com um dos participantes do movimento em Sete Lagoas, Adilsom Matos, apesar de o governo ter anunciado que o valor do combustível está em queda, Sete Lagoas ainda tem um preço superior a cidades como Paraopeba. Os postos de Sete Lagoas hoje praticam preços acima da média de outros postos como os de Belo Horizonte e de Paraopeba. O descontentamento é unânime e em todo território brasileiro. O governo precisa se atualizar e saber que nós não somos ignorantes e não ficamos mais alheios às medidas descabidas que afetam diretamente o nosso bolso”, afirma.

Gastando mais de R$200,00 por mês em combustível, o vendedor Darlan Ferreira conta que devido ao fato de depender muito do carro para realizar suas atividades, acaba tendo que comprometer boa parte da sua renda com abastecimentos. “Eu até pensei em pegar lotação, mas na prática não é vantajoso. Na verdade, o que tem que acontecer, é o preço do combustível em Sete Lagoas cair”, explica.

Outro morador da cidade quem também sofre com os altos preços cobrados nos postos em Sete Lagoas é o professor Lamarck Serra. Ele conta que já chegou a abastecer em postos que cobravam R$3,09 pelo valor do litro do combustível. “Eu não acho justo Sete Lagoas ter um preço superior às cidades vizinhas. O preço que o combustível sai da refinaria é bem menor do que o cobrado no abastecimento, por isso a gente sabe que o valor pode ser menor”, explica.

De acordo com a administração do posto onde a manifestação foi realizada, assim como já foi anunciado pelo governo, o preço do combustível deverá cair nas próximas semanas.

Segundo informações do local, os altos preços praticados se devem pelo período de entressafra do álcool, que é misturado na gasolina. Neste período, as usinas ficam paradas, o que pressiona o valor do produto pra cima.

A manifestação terminou com buzinaço na Praça da Estação, onde cerca de 20 motoristas estacionaram para protestar e chamar a atenção dos demais motoristas da cidade. De acordo com Adilson Matos, caso os preços ainda continuem altos na cidade, haverá outra manifestação.

por Cíntia Rezende