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Idosa vai parar na UTI após ser acusada injustamente de furtar chinelo em mercado

Uma moradora do Distrito Federal de 75 anos está internada em estado grave em unidade de terapia intensiva (UTI) após ter sido acusada de furtar um par de chinelos em uma rede atacadista no último sábado (28/11). Milta de Jesus Oliveira, duas filhas e um neto faziam compras de itens para celebrar o aniversário da idosa, nesta segunda (30/11). Após a acusação, Milta sentiu-se mal e foi levada por familiares para uma unidade pública de saúde.

Foto: Arquivo pessoal/Imagem cedida ao CorreioFoto: Arquivo pessoal/Imagem cedida ao Correio

Segundo o relato da neta de Milta, Sandrine Oliveira, 29 anos, enquanto a família realizava as compras na Super Adega, no Jardim Botânico, surgiu o rumor de que uma pessoa calçara um par de sandálias e havia saído da loja sem pagar. As características da autoria do furto informadas ao mercado eram da avó de Sandrine, que teria passado a ser monitorada pelos seguranças.

A compra totalizou R$ 600 e, no momento de efetuar o pagamento, a atendente abordou Milta de maneira brusca e a acusou de ter furtado os chinelos que ela usava, segundo a família. Milta negou e reiterou que o calçado pertencia a ela. A própria Sandrine os comprou meses atrás. Outros clientes protestaram contra a abordagem e se formou uma confusão.

Ao conferir as imagens de câmeras de segurança, os funcionários constataram que Milta dizia a verdade, pediram desculpas e ofereceram água. Por causa do estresse emocional, Milta passou mal e queixou-se de dor no peito, ânsia de vômito e fadiga. Por isso, a família a levou direto para a Unidade de Pronto-Atendimento de São Sebastião. "Acho que é um despreparo dos funcionários, as palavras que foram usadas. Acontece que esse despreparo resulta em uma fatalidade", ressaltou Sandrine.

Espera por UTI

Com um relatório médico atestando a gravidade do caso, a família começou uma romaria para conseguir vaga de UTI na rede pública de saúde. Devido à demora, os familiares entraram com uma ação na Justiça.

O juiz de plantão, Rodrigo Otávio Donati Barbosa, concedeu parcialmente o pedido, que obriga o governo local a providenciar a internação da paciente, seja na rede pública, seja na particular.

No relatório médico, o responsável pelo atendimento da idosa explica que a paciente, hipertensa, foi estabilizada com a ajuda de medicamentos, e aguarda na sala vermelha da unidade, onde ficam os casos graves.

Na madrugada desta segunda-feira (30/11), após dois dias, Milta foi transferida para um leito de UTI no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Durante a manhã, ela realiza um cateterismo a fim de evitar um infarto. “Agora, esperamos que ela fique bem e inicie o tratamento. Não há previsão de alta”, explicou a neta de Milta, Sandrine Oliveira, 29 anos.

Posição do supermercado

O caso aconteceu na Super Adega do Jardim Botânico. Em nota encaminhada ao Correio, o supermercado afirmou que, desde o início, acompanhou e prestou os atendimentos necessários para Milta, além de conseguir uma vaga de UTI para a idosa. “Eles realmente conseguiram um leito para ela, mas, como a vaga do GDF saiu mais rápido, optamos por esta oferta”, confirma Sandrine.

Na delegacia de São Sebastião, onde a família registrou um boletim de ocorrência, o delegado responsável pelo caso informou que se manifestará em breve sobre as investigações.

Leia na íntegra o comunicado do Grupo Super Adega

Por meio desta nota oficial, o Grupo Super Adega vem prestar esclarecimentos acerca dos fatos ocorridos no dia 28/11/2020, por volta das 18h, na loja do Jardim Botânico envolvendo a Sra. Milta Jesus de Oliveira, nossa cliente. Em razão de comorbidades e doenças pré-existentes, a Sra. Milta teve um quadro de mal súbito após sentir-se constrangida por um de nossos colaboradores devido à ocorrência de fato isolado e também devido à sua idade.

O Grupo Grupo Super Adega informa que, tão logo tomou conhecimento dos fatos, por intermédio da Diretoria da empresa e da Gerência de RH, deu início a rigorosa apuração dos fatos e entrou em contato com a Sra. Sandrine, neta da nossa cliente. Após o contato, foi prestada toda a assistência psicológica, emocional e médico-hospitalar a fim de garantir que a Sra. Milta recebesse o melhor tratamento possível diante do ocorrido e tivesse acesso ao tratamento médico adequado e especializado para o quadro que apresentou.

Ressaltamos que sentimos muito pelos fatos relatados e, desde já, pedimos desculpa pelo ocorrido. A nossa empresa preza pelo bom relacionamento e gentileza com nossos clientes, é um grupo sério e não compactua ou incentiva qualquer tipo de ação ou omissão que possa causar constrangimento ou gerar situação discriminatória, vexatória, de injúria ou racismo aos nossos clientes.

O Grupo Super Adega repudia, veementemente, toda e qualquer atitude passível de provocar e/ou promover constrangimento e/ou discriminação. A empresa sente profundamente pela situação e informa que a Sra. Milta e sua família possuem canal direto com os Diretores do nosso Grupo, que estão à disposição para atender quaisquer demandas que se façam necessárias.

Com Correio Braziliense



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