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Superando as expectativas

Quem acompanha esta coluna semanal já deve ter percebido que o tema “realização da Copa do Mundo no Brasil”, tem sido muito explorado desde bem antes do início da competição. A mobilização social, com manifestações e protestos de milhares de pessoas dos mais variados segmentos perdeu fôlego em comparação com o ano passado, por ocasião da disputa da Copa das Confederações.

Também já foi ditado aqui que escolher o período da Copa das Confederações e da Copa do Mundo para tais movimentos foi, antes de qualquer coisa, um ato de inteligência de quem protesta, afinal de contas, o número de pessoas que estão com os olhares voltados para o Brasil é muito maior do que em outras épocas. A liberdade de expressão e o direito às reivindicações de forma ordeira são premissas básicas que regem a verdadeira democracia. A precariedade em que se encontram diversos setores da sociedade gerou uma espécie de revolta em parte da população e muitos tentaram transferir tal sentimento para o “evento Copa do Mundo”, o que sem dúvidas, não faz muito sentido!

É preciso respeitar quem não gosta e não concorda com a Copa do Mundo no País, mas o clima de hostilidade e de baderna não pode prevalecer num momento de absoluta confraternização dos povos das mais variadas regiões do globo terrestre. Assim tem sido: Os milhões de turistas que estão no Brasil desde o fim de maio, com raras exceções, aprovam e elogiam a forma como têm sido tratados. A estrutura de hotéis, restaurantes, mobilidade urbana e pontos turísticos tem surpreendido até mesmo que mora por aqui.

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência BrasilFoto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Há ganhos incalculáveis para o comércio e o turismo e apesar de atrasos em algumas obras, o legado será excepcional para quem reside no Brasil, sobretudo em melhorias espetaculares nos aeroportos e estradas estaduais e federais, além dos estádios das doze cidades-sede, que ficaram maravilhosos.

Estádios lotados, muita festa antes e durante dos jogos, participação em larga escala dos voluntários e recorde de audiência registrados nas emissoras de televisão abertas e fechadas, são alguns dos indícios que nos levam a crer que o Mundial caiu no gosto da maioria da população. Já transcorridos quase dois terços dos jogos do Mundial no Brasil, muita gente já começa a sentir saudades de algo que grande parte dos brasileiros não terá outra oportunidade para assistir em território nacional!


Projeções para 2018

Várias pesquisas têm sido feitas com torcedores e pessoas da imprensa internacional, numa tentativa de se medir a qualidade da Copa do Mundo no Brasil, dentro e fora dos gramados.

Para os torcedores russos, o Mundial do Brasil não está sendo apenas motivo de diversão, como é para os demais estrangeiros que acompanham as suas seleções. Eles também são, mesmo involuntariamente, uma espécie de fiscais da Copa.

A Rússia, como se sabe, vai sediar o Mundial de 2018. Para os torcedores que acompanham a seleção no Brasil, é inevitável comparar os dois países e imaginar como será o evento em casa.

Mais de 50% dos estrangeiros que foram ouvidos no Brasil durante as últimas semanas afirmam que a Copa de 2018 será mais organizada. O sucesso dos Jogos Olímpicos de Inverno é um argumento muito utilizado pelos russos e por alguns jornalistas europeus.

Vale observar que a torcida russa na Copa do Brasil não é das maiores. Menos de 10 mil ingressos para os três jogos da primeira fase foram vendidos no país, um número decepcionante sabendo que a seleção russa não disputava uma Copa havia 12 anos (não se classificou para os Mundiais de 2006 e 2010).


Muro de lamentações

O último final de semana foi marcado pela realização da 8ª etapa do Mundial de Fórmula I. A expectativa era grande sobre Felipe Massa. Pole position no GP da Áustria, o brasileiro teve boa largada e se manteve na ponta. O problema é que ele teve que parar na volta de número 15 e viu a Williams perder um tempo precioso. Quando voltou à pista, o piloto já tinha perdido a liderança para Nico Rosberg, que venceu a corrida, seguido pelo companheiro da Mercedes, Lewis Hamilton.

Massa terminou o GP na quarta colocação e fora do pódio, portanto. Ele lamentou ter perdido a chance de se manter nas primeiras colocações e colocou a culpa na Williams, sua equipe, que não realizou um pit stop eficiente. O brasileiro, no entanto, se mostrou conformado e disse até ter ficado feliz com o resultado. Esta é a quarta vez em oito corridas na temporada que Massa deixa a pista reclamando da Williams. O brasileiro também apontou erros da equipe nas provas do Bahrein, China e Espanha.

Para piorar a situação, o companheiro de Massa, Bottas comemorou o desempenho da Williams na Áustria, chegando em terceiro lugar, naquele que foi o primeiro pódio de sua carreira.

Difícil entender é a seqüência de maus resultados no brasileiro, desde os tempos de Ferrari, mas pior ainda é ter que “engolir” esta história de transferir responsabilidades. Imaginem quando a equipe também resolver reclamar dos erros do piloto brasileiro...

Com a vitória, Rosberg chega aos 165 pontos e aumenta vantagem na liderança da Fórmula 1. Hamilton chega aos 136 e vê situação mais complicada após a oitava etapa do campeonato. Quarto colocado, Massa conquistou seu melhor resultado na temporada e atingiu 30 pontos, ainda atrás de Bottas, que tem 55. A 9ª etapa da temporada está confirmada para o dia 06 de julho, na Inglaterra.


Joga demais

O Cruzeiro segue excursionando nos Estados Unidos, onde faz a intertemporada durante o período da Copa do Mundo. Ao todo, serão cinco amistosos que podem inclusive, marcar a despedida de um dos mais talentosos volantes revelados na história recente do clube. Lucas Silva pode estar de saída da equipe cruzeirense. Notícias vindas da Itália dão conta de que Internazionale, e Barcelona, da Espanha, teriam interesse no futebol do volante. Em entrevista à Rádio Itatiaia, Lucas Silva admite que ouviu sobre o assunto, mesmo sem confirmar quais seriam os times interessados.

Campeão do Torneio de Toulon, com a seleção brasileira Sub-21, Lucas Silva saiu da França ainda mais valorizado após a conquista. Pelo histórico em negociações internacionais, seguramente, o valor a ser recebido pelo Cruzeiro, em caso da concretização da transferência, deverá ser astronômico, afinal de contas, um volante que marca com extrema qualidade, quase não comete faltas e ainda tem precisão nos passes e pontaria nos chutes de média distância, está cada vez mais escasso no mercado da bola.




Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.

 

 



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