Para evitar o flagrante de tráfico de crack, um indivíduo abordado pela Polícia Militar acabou engolindo uma pedra da substância - e ele foi parar no hospital. O caso aconteceu nessa terça-feira (31) em Pedro Leopoldo.
Foto ilustrativa/Reprodução: Internet
Miltares receberam a informação de que o suspeito estava vendendo drogas na praça da prefeitura daquela cidade. Com as denúncias verificadas pelo serviço de inteligência, uma guarnição foi até o local e o abordou. Nesse momento, ele pega uma pedra de crack, coloca na boca e engole.
Enquanto a abordagem seguia, o homem começou a ter fortes dores abdominais, e confessou aos militares que ingeriu as pedras. Ele foi levado até um pronto-atendimento na cidade para tratamento, após, foi detido em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.
A ação policial rendeu apreensão de R$ 300 em dinheiro.
Da redação com 25º BPM
Pai de duas crianças abusadas sexualmente por amigo da família diz que ‘sensação é de traição’
Mudança de comportamento. Foi o que fez os pais de duas meninas, uma de 12 e outra de 5 anos, desconfiarem que algo estava errado. Bastou uma pergunta para a mais velha contar aos pais que era vítima de abusos sexuais vindos de um amigo da família, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Pai de duas crianças vítimas de abuso sexual de amigo de família falou que sensação é de "desespero". — Foto: Reprodução TV Globo
A menina contou que sofria com os abusos desde os 5 anos de idade e que conversou com outras três meninas (entre 5 e 14 anos) , inclusive a irmã caçula dela, que também confirmaram o abuso. Uma delas é afilhada do suspeito de 32 anos, que foi preso na manhã de segunda-feira (30).
"A sensação é de traição e desespero. Ele era um amigo de mais de 20 anos da nossa família, de confiança de todos, ele e a esposa ficavam com as crianças para gente trabalhar. Quando minha filha contou pra gente que já tinha conversado com outras vítimas, imediatamente entramos em contato com a Polícia Militar e fizemos a ocorrência", disse o pai de duas vítimas, que não será identificado na reportagem.
O homem contou à TV Globo que a casa do suspeito era muito atrativa para as crianças.
"Ele sempre carinhoso e as crianças gostavam de ir pra lá. Sempre tinha cachorro-quente, sorvete, joguinhos, uma forma de atraí-las", disse.
Além de lidar com a dor de saber que as filhas foram abusadas, a família das meninas precisou mudar a rotina.
"Ficamos presos. Não tivemos contatos com ele durante as investigações, viramos prisioneiros. Estou sem trabalhar há 20 dias e agora me deram férias para eu lidar com tudo isso. As meninas não vão para escola e estamos pensando em mudar de casa. É um turbilhão!", contou o pai.
'Como mãe e mulher dói muito'
A mãe de outras duas vítimas também conversou com a TV Globo, na tarde desta terça-feira (31), e disse que "era o único lugar que eu deixava ir por achar que era família, por isso que dói".
"Você confiar seus bens mais preciosos achando que estava fazendo o bem, principalmente porque eles não têm filhos e a mulher dele sempre falava que queria ser mãe, então era um ato de amor eu deixar as meninas conviverem com eles, pelo menos para mim era um ato de amor e de solidariedade. É uma ferida que pode fechar, mas a cicatriz vai ficar para o resto da vida", contou a mãe. Ela disse que soube dos abusos após a prima das filhas contarem que havia passado por isso. Foi quando ela foi questionar a menina que contou dos atos.
"Ele dava banho, dava comida, levava para passear, brincar e tomar sorvete, desde bebê colocava para arrotar. Aí você descobre e isso doi, te mutila, muita tristeza. Eu espero que ele pague porque o que eu estou sentindo eu vou sentir para o resto da vida", contou.
Prisão e ameaças
A prisão do homem aconteceu na casa dele no bairro Vila Cristina, em Betim.
Segundo a delegada, antes da prisão, o homem estava ameaçando as vítimas e chegou a agredir um cachorrinho delas.
"Ele perseguiu uma das crianças até à padaria, ele ameaçou expor fotos de uma adolescente e ainda feriu uma das cachorras da vítima. É tudo bem complicado e traumatizante para os familiares", disse a delegada Ariadne Elloise Coelho.
A delegada disse que ele negou todas as acusações.
Ela conta que as investigações ainda estão em andamento, já que há possibilidade dele ter feito outras vítimas, uma vez que a mulher do suspeito era babá de várias crianças no bairro.
"A mulher foi ouvida como informante e testemunha. Ainda não existem indícios, mas, se ficar comprovado participação, ela pode responder por estupro de vulnerável de forma omissa", disse Coelho.
Já o suspeito pode ser indiciado por estupro de vulnerável contra cinco vítimas de forma continuada pelos delitos de ameaça, maus-tratos e mutilação contra animal doméstico.
"É muito importante que os pais fiquem atentos a qualquer mudança de comportamento, crianças sentem vergonha, sentem culpadas, elas podem expressar de várias formas, regredindo, ficando mais rebeldes, é preciso diálogo constante para elas saberem que podem contar com os pais", alertou a delegada.