Jovens são assassinados durante live em estúdio de tatuagem em Ribeirão das Neves
- Categoria: Polícia
Dois jovens de 18 anos morreram nesta terça-feira (26) em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, após serem baleados dentro de um estúdio de tatuagem na avenida Denise Cristina da Rocha, no bairro Justinópolis. A primeira vítima teve o óbito constatado momentos depois dos disparos, enquanto a segunda vítima teve a morte confirmada já durante a manhã. O crime ocorreu pouco depois das 0h e a primeira vítima realizava uma live no Instagram desde as 15h de segunda-feira (25), sendo que em alguns momentos exibia uma grande quantidade de dinheiro.
O dono do estúdio, de 25 anos também foi atingido pelos disparos. Ele levou um tiro na nádega. O jovem que teve a morte constatada pela manhã, foi baleado pelo menos cinco vezes na região do abdômen, enquanto o outro foi atingido no rosto e no ombro esquerdo. Eles foram socorridos para a UPA Justinópolis, que fica na mesma avenida, por familiares.
O tatuador disse aos policiais que estava fazendo uma tatuagem na primeira vítima fatal e que em dado momento viu um homem de capacete entrar e atirar na direção dele e da vítima. Para se proteger, ele se jogou no chão, mas sentiu que foi atingido nas nádegas e escutou vários disparos. O dono do local não conseguiu identificar o tipo de arma nem as características dos autores.
Uma outra testemunha confirmou que por volta de 0h10, quatro suspeitos em duas motos estacionaram perto do estúdio e os garupas desembarcaram e correram para dentro do estúdio, voltando logo em seguida e fugindo. Nas redes sociais, haviam imagens das vítimas no interior do estúdio momentos antes do crime com grande quantidade de dinheiro em espécie. A vítima transmitia live desde as 15h no local.
No local, o perito encontrou cerca de 15 calibres 9mm. Não foram localizados celulares ou dinheiro no local. Ninguém foi preso até o início da manhã e a polícia seguia em rastreamento.
Tristeza
A reportagem de O TEMPO conversou com Alexandre Costa, 50, padrasto de Rafael Miranda Aurélio, um dos jovens mortos no estúdio. "Foi muito triste, a gente não espera. A gente não espera que isso possa acontecer, mas infelizmente aconteceu, agora é esperar as autoridades fazerem a investigação pra saber o que aconteceu, pra ver se resolve alguma coisa. A família não tem nenhuma suspeita. Não sabemos o que aconteceu, se foi assalto, se tinha alguma rixa. Não sabemos, vamos esperar a polícia fazer a investigação para dar um parecer", disse.
O padrasto da vítima não acredita que o crime tenha a ver com o histórico do enteado com a criminalidade. "As autoridades têm que investigar pra falar da gente da família, pra confortar o nosso coração, qual motivo do crime", declarou. Alexandre Costa disse que era comum o jovem fazer postagens e a live era para mostrar a tatuagem que ele estava fazendo. Já sobre a versão da polícia de que a vítima exibia muito dinheiro em espécie, o padrasto diz desconhecer.
Com O Tempo