Wenceslau Gregório, de 65 anos, é presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Sete Lagoas (ACMRS), de onde retira seu sustento há quase 10 anos. Ele conta que a associação foi formada quando ele ainda trabalhava no lixão do JK com outras 150 pessoas. “Acho que só não fomos simplesmente retirados do aterro porque já éramos organizados na associação. Com isso fomos divididos em três frentes, algumas pessoas foram trabalhar na Horta Comunitária da Cidade de Deus, outras na Nossa Cozinha do Bairro Itapuã e algumas seguiram trabalhando com coleta de recicláveis”, conta.
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As pessoas interessadas em contribuir com coleta seletiva em Sete Lagoas devem entrar em contato com a ACMRS pelo telefone 3774-6152. A associação fornece os sacos de lixo para a coleta dos materiais separados e agenda as visitas nas residências participantes para recolher o material.

Atualmente a ACMRS atende 14 bairros de Sete Lagoas e recicla mensalmente entre 25 e 30 toneladas de lixo. São 32 associados que dividem o dinheiro da venda do material reciclável. Cada um ganha, em média, 350 reais por mês.
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Segundo Wenceslau a má remuneração e os problemas de saúde são as causas que mais fazem com que as pessoas deixem de trabalhar com reciclagem. “O pessoal às vezes sai da associação porque arrumou um emprego melhor ou porque tem problema de saúde”, relata.

Em 2010 a prefeitura de Sete Lagoas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, aprovou junto ao Fundo Nacional de Saúde (Funasa) a liberação de 194,7 mil reais para a estruturação da associação. A verba já foi liberada e em breve será depositada para a ACMRS.
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A previsão é que com a verba sejam agregados novos trabalhadores, ampliando os serviços de coleta para outros dez bairros e implantado, gradativamente, a seleção de materiais recicláveis nas escolas municipais. Assim a associação vai poder reciclar até 5 toneladas de lixo por dia.
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Wenceslau conta que existem planos para se construir uma fábrica de vassouras de garrafas PET. “Antigamente tínhamos também a aula de artesanato, o que era muito bom para as pessoas mais idosas, mas em 2006 a prefeitura retirou o apoio ao projeto e a professora de artesanato foi tirada da associação. Era uma atividade lucrativa e perdemos com isso” conta.

Por Felipe Castanheira