A PEC que restringe o poder de investigação de qualquer natureza apenas às polícias Civil e Federal esteve no centro das discussões na reunião parlamentar desta terça-feira, 16. Alguns vereadores explanaram sobre a questão e se posicionaram contrários à medida. O Ministério Público da cidade também se manifestou sobre o polêmico texto de emenda à constituição (relembre AQUI).

Pastor Alcides disse que a proposta é maligna / Foto: Marcelo Paiva

O primeiro a abordar o tema foi o vereador pastor Alcides que denominou a proposta como “maligna” e um retrocesso para o país. “Me junto ao Ministério Público e peço aos colegas vereadores para que se juntem. A proposta é maligna e quem se diz a favor da proposta está assinando sua confissão de culpa porque não quer ser investigado. Essa é a PEC do retrocesso”, afirmou o pastor.

O vereador Douglas Melo também foi direto ao assunto e disse que “a PEC não pode ser aprovada porque é uma manobra de corruptos. Tenho certeza que essa Câmara é correta e é contra essa proposta. Se for aprovada estaremos vivendo em uma ditadura”, pontuou.

A PEC 37 é de autoria do delegado e deputado Federal, Lourival Mendes, do PT do B. Ainda não há data para que a proposta seja votada no plenário da Câmara dos Deputados. Por se tratar de uma mudança na constituição, a proposta precisa da aprovação de três quintos dos parlamentares na Câmara e no Senado, em duas votações. Apenas na Indonésia, Quênia e Uganda o Ministério Público é impedido de fazer investigações.

Por Marcelo Paiva