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Perícia confirma estupro de turista setelagoana antes de ser assassinada em Aracajú

A equipe do Instituto de Identificação de Alagoas confirmou através do resultado da perícia que Ernandes Marcelino da Silva, 42 anos, estuprou a turista mineira Cleuza Lourenço Machado, 48 anos, antes de assassiná-la no dia 15 de março em Aracajú. O suspeito é alagoano e estava foragido da Justiça. Ele foi preso pela polícia sergipana no fim de março.

Laudo confirma que alagoano estuprou a setelagoana antes de matá-la / Foto: Reprodução FacebbokLaudo confirma que alagoano estuprou a setelagoana antes de matá-la / Foto: Reprodução Facebbok

O corpo da turista que passava férias em Aracaju foi encontrado sem roupa e com marcas de agressão, na praia da Atalaia. Segundo o delegado Everto Santos, Ernandes responde por quatro estupros, além de outros delitos. “Ele mente o tempo inteiro, se insere na cena do crime, depois diz que não estava, disse que teve relação sexual de forma consensual, mas sabemos que é tudo mentira. A vítima lutou até o fim na tentativa de sobreviver. Ele é um psicopata, frio, calculista, uma pessoa muito perigosa!”, afirmou o delegado Everton Santos.

De acordo com as investigações, Ernandes estava morando em Aracaju há dois anos, desde que fugiu da prisão. Ele construiu uma espécie de barraco na vegetação da praia, onde dormia com outra moradora de rua, e ganhava dinheiro trabalhando como flanelinha na Passarela do Caranguejo, na Orla da Atalaia.

Ainda segundo as investigações, o suspeito abordou a vítima com uma faca enquanto ela caminhava na areia da praia nas proximidades do antigo hotel Parque dos Coqueiros. Ernandes teria dito inicialmente que seria um assalto, mas em seguida disse que iria abusar sexualmente da vítima. “No barraco dele encontramos a faca, possivelmente utilizada para render a vítima. Ele achava que ninguém iria suspeitar, mas conseguimos efetuar a prisão. Não existe dúvida alguma que é ele o assassino, precisamos apenas do exame para provar à justiça que ele violentou sexualmente a turista”, complementa o delegado.

O delegado Everton Santos revela que Cleuza entrou em luta corporal com o suspeito, mas ele conseguiu dominar a vítima. Depois da luta, ela teve os braços amarrados, foi levada para o barraco, estuprada e morta. As investigações apontam que a vítima começou a gritar e pedir socorro. Uma testemunha conseguiu ouvir os gritos, mas não desconfiou de nada.

O suspeito utilizou um arame para matar Cleuza asfixiada. Para não levantar suspeitas, ele se desfez primeiro das roupas e pertences dela. A polícia afirma que Ernandes esperou o período da madrugada para arrastar o corpo da vítima até a região conhecida como banho doce, na Praia da Aruana.

Mesmo com todos os indícios, Ernandes negou ter matado Cleuza, durante entrevista o suspeito entrou em contradição várias vezes. “Os estupros que cometi lá em Brasília faz muito tempo, mais de 20 anos. Eu estava preso por roubo, sequestro, um monte de coisa. Eu conheci a moça na praia, fiz sexo com ela, mas ela queria”, afirma o suspeito. Logo em seguida, ele diz que nunca se encontrou com Cleuza. “Não conheço ela, nunca vi na vida”, finaliza Ernandes.

Etenda o caso

Cleuza Lourenço Machado, 48 anos, desapareceu no sábado dia 14 de março e foi encontrada morta no domingo (15). Ela era mineira da cidade de Sete Lagoas e iria passar 10 dias de férias na Pousada de Orla da Praia de Atalaia, próximo ao local do crime.

Segundo a amiga de Cleuza, ela disse que iria dar um mergulho e admirar o pôr do sol nas imediações da Passarela do Caranguejo. No domingo, o corpo da setelagoana foi localizado sem roupa por banhistas, e a polícia foi acionada. A principal linha de investigação no início seria latrocínio, agora descartada.

Da redação com G1



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