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Operação apreende 73 caminhões que transportavam carvão ilegal

Realizada no dia 22 de julho, a Operação Corcel Negro II, resultou no embargo de quatro siderúrgicas, aplicou quase R$ 56 milhões em multas, apreendeu mais de mil toneladas de ferro-gusa, 73 caminhões, quase 3 mil metros de carvão, 22 armas e prendeu 39 pessoas. Na região de Sete Lagoas foram detidos os diretores da Siderminas e Cosimat, alem disso vários caminhões foram fiscalizados.


A ação foi desenvolvida em conjunto entre Ibama, Ministérios Públicos (MPs) de Minas Gerais e Bahia, Secretaria de Fazenda de Minas Gerais (Sefaz), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícias Militar e Civil de Minas Gerais e da Bahia e Secretaria de Meio Ambiente da Bahia. O levantamento dos dados e a elaboração das ações públicas envolveram 19 promotores de justiça, além de oficiais e analistas do Ministério Público.

Um levantamento do ano de 1998 mostrava que Minas consumia em torno de 63% do carvão vegetal produzido no Brasil, estudos atuais indicam que esse número é próximo dos 80%, sendo que nos últimos 20 anos, 50% do cerrado mineiro foi transformado em carvão.

A extração ilegal de carvão no norte de Minas Gerais e oeste da Bahia é sustentada pelo comércio de créditos fictícios gerados em estados da Amazônia, centro oeste e do nordeste e destinados a fabricação de parte do ferro-gusa produzido em diversos municípios. Algumas empresas do setor siderúrgico participavam ativamente desse processo, recebendo carvão retirado da natureza com documentação fraudada por empresas fantasmas e transportados por caminhoneiros e negociados por atravessadores.

O monitoramento do sistema de controle de Documento de Origem Florestal (DOF) mostrou cerca de 8 mil viagens de caminhões transportando carvão extraídos ilegalmente da caatinga e do cerrado, o que representa cerca de meio milhão de metros de carvão, ou seja, aproximadamente 19 mil hectares de vegetação nativa desmatados sem autorização.

De acordo com o diretor de proteção ambiental do Ibama, Luciano de Menezes Evaristo, "parte do setor siderúrgico não pode mais financiar a devastação do cerrado e da caatinga, nem o trabalho em condições degradantes nas carvoarias em prol da produção insustentável do ferro-gusa brasileiro. É preciso que as empresas produtoras de aço cobrem a responsabilidade socioambiental das guseiras, que devem plantar árvores para produção sustentável do seu próprio carvão", finaliza.

com informações das assessorias de comunicação do Ibama e do Ministério Público apreencao


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