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Viviane Pimenta

Coluna / Logística / Gestão de Estoque em tempos de Crise!

O artigo vem trazer a visão de importância realçada da gestão dos estoques nas organizações em tempos de não crise e em tempos de crise econômica e instabilidade política. Construindo a ideia de relevância dos estoques hoje dentro das organizações como fonte de custos e ao mesmo tempo fonte de rentabilidade dos negócios, garantindo a premissa básica de equilíbrio da oferta e da demanda, sem rupturas, altos custos e níveis de serviços prejudicados tirando a competitividade das organizações no mercado. 

No mundo competitivo e global em que vivemos, as organizações mais eficazes buscam invariavelmente otimizar resultados. Metas ambiciosas são estabelecidas, envolvendo números e lucratividade. No entanto, saber gerir e controlar com eficiência os estoques é primordial para o alcance e manutenção da competitividade organizacional. 

O termo "competitividade", aplicado às empresas, está em voga, devido às mudanças no cenário mundial. As ideias de economistas heterodoxos, como Schumpeter, ajudam-nos a compreender o papel da diversificação e da inovação na tentativa das empresas de evitar a concorrência direta. Na teoria da estratégia empresarial, o papel da concorrência tornou-se central com os livros de Michael Porter. Ele caracteriza claramente as forças da concorrência e as formas de enfrentá-la. A aplicação desses conceitos para a gestão dos estoques nas organizações evidencia a sua grande importância para o alcance dos resultados, nível de serviço e lucratividade desejada, tornando-se ou mantendo-se competitivo no mercado atual.

Buscar resultados otimizados e maior lucratividade organizacional, é uma necessidade do cenário atual das empresas / Foto: portalvmi.com.brBuscar resultados otimizados e maior lucratividade organizacional, é uma necessidade do cenário atual das empresas / Foto: portalvmi.com.br

O cenário nacional e mundial pressiona a competitividade das organizações cada vez mais. Precisamos entender que competitividade é algo de ESTADO e não de SER. Em cenários instáveis como o vivido desde meados de 2015 e será vivido em todo o 2016, deixa isso cada vez mais claro. Competitividade é algo que a organização ESTÁ e para permanecer neste estado, necessita de boas estratégias de negócios, de gestão eficiente dos estoques, por meio do máximo conhecimento da sua demanda, giro de estoque e flexibilidade das áreas para absorver as possíveis variações de consumo que podem existir ou até mesmo aumentar neste momento. 

Precisamos entender que a gestão dos estoques passa a ser algo estratégico, que os controles físicos e sistêmicos passam a ser essenciais e que as áreas de estocagem representam muito mais que um local de guarda e conservação de bens, e sim na verdade representam o “banco” das organizações, com dinheiro em forma de produtos, materiais e embalagens, além de ser uma área que nos proporciona o poder de atendimento as necessidades dos clientes com o produto certo, na hora demandada (desejada), na quantidade certa a custos adequados. Este é o grande desafio e dilema da gestão dos estoques, equilibrar as quantidades gerando sinergia entre atendimento ao mercado e custos controlados, chamado academicamente de equilíbrio da oferta e da demanda. Para atingirmos este equilíbrio precisamos conhecer, acreditar e aplicar os 04 pilares da gestão eficientes dos estoques. 

Vamos começar conceituando o que são os estoques antes de falarmos sobre os 04 Pilares da Gestão Eficiente dos Estoques. 

Os estoques são bens guardados e conservados por um tempo, para o uso futuro, onde este futuro deve ser o mais próximo possível, considerando as particularidades de cada mercado. Estoques parados por muito tempo são bens geradores de diversos custos diretos e indiretos para nossa organização, chamados de custos de manutenção dos estoques. Podemos citar como exemplo destes custos de manutenção de estoque: a mão de obra, custos de energia, custo com empilhadeira, aluguel ou depreciação (caso o imóvel seja próprio), custo de tempo. Além também do risco de obsolescência, ou seja, risco deste produto vencer, avariar ou sair de linha perdendo uma de suas características fundamentais que é a de gerar receita para a organização. 

Os estoques devem ter um giro o mais rápido possível / Foto: jungheinrich.com.brOs estoques devem ter um giro o mais rápido possível / Foto: jungheinrich.com.br

Os estoques passam hoje a ter uma vertente muito mais estratégica nas organizações do que meramente bens necessários geradores de custos para as empresas. Buscar resultados otimizados e maior lucratividade organizacional, é necessário ter total domínio da operação de estoques, desde o controle da demanda, definindo uma estratégia de suprimentos mais adequada, como no controle da sua manutenção e saída, momentos estes fundamentais para o controle de perdas e aumento da eficiência operacional. 

Atingir este equilíbrio se tornará mais fácil praticando os 04 pilares de Gestão Eficiente de estoques. Os 04 pilares é composto por gestão, processos, pessoas e controle. 



Cada um dos pilares da gestão eficiente de estoques formam juntos um caminho onde um completa o outro dentro da sua competência. Nenhum dos pilares é mais importante do que o outro, mas sim são partes complementares de uma gestão eficiente, completa e orientada para resultados. 

Gerenciar estoques é cada vez mais essencial para as organizações. Em tempos de crise econômica e política como a que estamos vivendo no país nos últimos tempos, a gestão e controle dos estoques ganha ainda mais força e importância, por suas duas características principais: ser custo para as organizações ao mesmo tempo em que é fonte de receita. 

É necessário buscar a profissionalização das operações, com gestores mais preparados técnica e gerencialmente. Sendo bons líderes (leader coach – aquele que lidera pelo exemplo e potencializando as competências e habilidades do seu time), sendo focados em custo e eliminação de desperdício e resultados. Um desafio que se torna maior a cada dia devido às influências externas do cenário econômico e político, mas que estimula o aprendizado e a gestão de acompanhamento e melhoria contínua interna. 

As organizações que passarem por este momento focadas e enxutas, sairão na frente na competitividade no mercado, com estoques mais saudáveis, mais fortalecidas e preparadas para a inovação e desafios ainda maiores inerentes ao mercado.

O artigo completo vai ser publicado na edição Abril- Maio da Revista Mundo Logística.



Viviane Pimenta, mestranda em Administração. Especialista em Logística  - Logística Estratégica e Sistemas de Transportes pela UFMG e em Logística de Abastecimento e Terceirização pela FGV Online. Bacharel em Administração de Empresas pela FUMEC. Possui 10 anos de experiência em Operações Logísticas e Produtivas. Atualmente Sócia Diretora da Logística Líder Treinamento, Professora Universitária e de MBA nas temáticas de Logística e Produção, Diretora Do Núcleo Belo Horizonte da Associação Brasileira dos Consultores (ABCO). Contato: 31 3773-9819 /  consultoria@logisticalider.com.br. 

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