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Educação Física escolar: podemos fazer a diferença!!!



Fonte: revistaescola.abril.com.br

Fortemente influenciada pelos esportes, principalmente os coletivos (leia-se: Handebol, Voleibol, Futsal e Basquetebol), a Educação Física escolar acaba negligenciando a ludicidade e a formação dos valores do cidadão, o que pode ser enfatizado, por exemplo, através dos jogos e brincadeiras.

Ater-me simplesmente a criticar o modelo de Educação Física, dizendo que esta é esportivizada de nada adianta e assim eu me juntaria à massa de críticos do “rola bola”. Diante disso, neste post me proponho a relatar um pouco da experiência adquirida durante 7 anos na Educação Física Escolar.

Após um início frustrante em 2007, quando recém-formado iniciei minhas atividades no ensino público, pensei em uma possibilidade diferente de abordar a Educação Física.Embora na primeira escola, tenha faltado apoio por parte da direção e dos próprios colegas de profissão, tive uma ótima oportunidade em 2008, quando assumi em uma escola com uma estrutura física melhor e ainda contava com uma equipe pedagógica e direção comprometidas e preocupadas com o papel da Educação Física na escola. Aí sim, me senti um professor e não um mero observador de alunos. Comecei inserindo atividades como corridas de estafetas, corridas de revezamento com pedaços de madeira ou caneta, ginástica com bastões (utilizando cabos de vassouras) e outras.

Confesso que tive muitos problemas com os alunos principalmente os do sexo masculino que muitas vezes levavam a bola de casa para jogar durante as aulas e praticarem o que chamo de “futebol física ou futsal física” o que de certa forma desconsidera o nosso papel na Educação Física.

Com o tempo e com mais “bagagem” na profissão, fui inserindo jogos e brincadeiras nas aulas, sempre negociando com os alunos e deixando claro o papel da Educação Física na escola.

Quando vamos inserir algo diferente na escola devo lembrar que isso deve ocorrer de forma sistematizada e planejada, de forma que a aula prática deve fazer apenas partede um contexto no qual os alunos como personagens principais devem participar ativamente na elaboração das atividades, na realização destas e na discussão ao final de cada aula. Nessa oportunidade, devemos direcionar o diálogo para a importância da cooperação, do trabalho em equipe, atenção, concentração e outras capacidades abordadas durante a atividade.

Como professor, sei que muitas vezes o que aprendemos no banco da instituição de ensino superior cria uma expectativa de que podemos revolucionar a Educação Física e às vezes, quando chegamos ao mercado de trabalho ficamos frustrados com o que nos aguarda. Ainda assim, devemos fazer algo diferente do que tem sido feito nas escolas, pois, embora não possamos mudar o mundo, devemos ter consciência e “bater no peito” e dizer: EU FAÇO A MINHA PARTE!!!




Emerson Rodrigues Pereira (CREF 13880 G) é professor do Centro Universitário UNIFEMM, mestre em Ciências do esporte (UFMG -2011), graduado em Educação Física no UNI-BH (2006), pós graduado lato sensu em Nutrição Humana e Saúde (UFLA-2007) e em Treinamento Esportivo pela (UFMG -2008). Sua linha de pesquisa está relacionada à Fisiologia do Exercício com ênfase em termorregulação, metabolismo e fadiga.



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