O esporte de Sete Lagoas viveu momentos de altos e baixos no primeiro semestre de 2014. O ano começou com as péssimas campanhas de Minas Boca e Democrata no Campeonato Mineiro. O primeiro caiu para o Módulo II e o segundo, no ano de seu centenário, voltou à Terceira Divisão Estadual. Planejamentos equivocados e poucos recursos financeiros marcaram mais uma temporada desastrosa do futebol profissional na cidade.

O calendário esportivo teve como principal destaque a realização de uma etapa dos Jogos de Minas Gerais (antigo Jimi). Sete Lagoas conseguiu uma surpreendente segunda colocação na classificação geral, mostrando mais uma vez que o município tem grande vocação para revelar talentos do esporte especializado, precisando, entretanto, de aumentar o foco e apoio neste segmento.

No mais, em termos de futebol amador, o que se viu até aqui foram torneios regionalizados, como a Copa João da Cunha, vencida pelo Bosque e a Copa do Amizade, conquistada pelo Mojolos, além da Copa Embrapa/Bazar Esporte e o Torneio do Curitiba. Novamente os destaques ficaram por conta de competições particulares, como a Copa 2001 Jeans e os diversos campeonatos do Clube Náutico, dentre outros.

Para o segundo semestre existe a perspectiva da realização de mais uma edição da Copa Sete Lagoas, que deverá contar com um grande número de clubes participantes.

No fim do ano, o ponto alto do esporte local será, como de costume, a realização de mais uma edição da Copa Eldorado, competição promovida pela Rádio Eldorado, em parceria com empresas da cidade e região.

Enquanto isso, a expectativa continua grande para que eventos como a Copa do Futuro (criada para promover a prática esportiva entre crianças) e a tradicional Copa José Belarmino, voltem a fazer parte do calendário esportivo de Sete Lagoas.

É preciso que haja união de todas as partes envolvidas e comprometidas com os assuntos esportivos da cidade. Além de apoio financeiro, criatividade e dedicação não podem faltar, para que Sete Lagoas volte a ter um calendário esportivo rico e repleto de grandes atrações ao longo de toda a temporada. Vale a pena apostar nisso!

Mais tranquilidade para trabalhar

O Atlético conseguiu a segunda vitória no Campeonato Brasileiro, domingo passado, em Cuiabá, diante do Santos. Além de melhorar a posição na tabela de classificação, o time alvinegro conseguiu espantar a fase ruim após a eliminação na Copa Libertadores da América e a perda do Campeonato Mineiro, minimizando o início conturbado de trabalho do técnico Levir Culpi. Os triunfos seguidos melhoram o clima para a seqüência do trabalho. O próprio treinador, aliás, não procurou evitar a pressão e com declarações fortes sobre o momento da equipe e alguns jogadores, deixou o clima mais pesado. Aos poucos, porém, a situação vem modificando e a segunda vitória seguida no Brasileirão modificou o cenário a favor de Levir Culpi.

O campeonato é longo e o desafio é imenso, até porque os problemas com jogadores contundidos estão longe de acabar, e o elenco carece de alguns ajustes, mas para quem conhece o perfil do técnico Levir Culpi, a retomada do crescimento da equipe será questão de tempo e seguramente o time voltará a jogar de forma contundente, tal qual o foi na “era Cuca”. Se num passado não muito distante, com uma estrutura infinitamente inferior, Levir levou o Atlético a grandes campanhas e algumas conquistas, imaginem agora, com uma diretoria atuante, que não mede esforços para contratar e manter jogadores de primeira linha do futebol brasileiro. Se derem tempo para desenvolver o projeto, Levir Culpi fará história no Atlético, novamente

É preciso analisar com calma

O contrato de empréstimo do atacante Willian com o Cruzeiro está cada vez mais perto do fim, e a situação segue indefinida. Tanto o jogador quanto o clube mineiro têm interesse na permanência, mas o valor estipulado pelo Metalist, da Ucrânia, para a compra, quatro milhões de euros (algo em torno de 12 milhões de reais), é considerado alto, o que exige negociação entre as duas equipes. Willian, tem declarado insistentemente que está confiante em um acerto para a permanência em Minas Gerais.

O atacante chegou ao Cruzeiro em julho do ano passado, envolvido na transferência de Diego Souza para o clube ucraniano e foi um jogador importante na campanha vitoriosa do Campeonato Brasileiro. Embora não seja titular absoluto, é um dos jogadores que mais jogou na atual temporada.

Foto: www.jornaltudobh.com.br

Pelo Cruzeiro foram 54 partidas, doze gols e dois títulos. Além da conquista nacional, o atacante ainda foi campeão estadual neste ano.

A contratação do jogador em definitivo por parte do Cruzeiro precisa ser bem pensada, pois o valor pedido pelo clube ucraniano é alto e embora Willian tenha algumas qualidades, é possível que com este valor, o Cruzeiro consiga trazer um jogador mais tarimbado. Os homens que dirigem os principais clubes do País precisam ter responsabilidade financeira em momentos como esse, minimizando a margem de erros e buscando alternativas que desfalquem menos o caixa. Willian não deixa de ser um bom jogador, mas não vale todo esse investimento. Tomara que a diretoria esteja atenta às oportunidades de mercado, com a abertura da janela internacional de transferências e que tome a decisão correta. Se houver a possibilidade de um reempréstimo do atleta, pode ser uma boa, mas do contrário, não vale todo esse esforço financeiro!

Depende do ponto de vista

O brasileiro Felipe Massa concedeu uma entrevista ao site da revista européia Autosport e declarou que a Fórmula I precisa fazer mais mudanças do que as executadas nesta temporada para ver corridas de melhor qualidade. Para o piloto, as atuais modificações priorizaram apenas a aderência aerodinâmica dos carros, enquanto o ponto a ser observado seriam os tipos de pneus.

Para Massa, é exatamente o tamanho dos pneus que precisa ser modificado, aumentando o pouco o tamanho, fator que pode ser determinante para a diminuição do desgaste durante as corridas.

O brasileiro criticou o excesso de atenção com a parte aerodinâmica dos carros, que gerou várias alterações nos desenhos dos modelos usados pelas equipes nos últimos anos.

Seguramente Massa tem razão, mas a falta de bons resultados na principal categoria do automobilismo mundial, sobretudo para nós brasileiros, passa pela falta de arrojo e habilidade de nossos pilotos. Dizer que a Fórmula I está monótona e que as corridas estão chatas, não deixa de ser também, uma transferência de parte dos sucessivos maus resultados colhidos pelos brasileiros nas últimas temporadas. É preciso dar a resposta dentro das pistas, pois os problemas técnicos existem para todos os pilotos.

Neste domingo, às 09 da manhã (horário de Brasília), será realizada mais uma etapa da temporada 2014, com o GP de Mônaco, um dos mais tradicionais do mundo.
Após 05 corridas, os pilotos da Mercedes estão sobrando na classificação do mundial de pilotos: Lewis Hamilton tem 100 pontos e seu companheiro Nick Rosberg aparece logo em seguida com 97. Massa é apenas o 12º colocado com 11 pontos, atrás, inclusive, de seu companheiro de equipe, Valtery Bottas, que é o 7º com 34.




Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.