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Copa Libertadores da América tem duelo particular entre brasileiros e argentinos / Coluna / Álvaro Vilaça / Tempo Esportivo

Não tem jeito: a Copa Libertadores é a competição que mais mexe com o coração do torcedor brasileiro. Sejam pelas equipes lutando por mais uma conquista ou tentando escrever seu nome pela primeira vez na galeria de troféus, todos querem ver seus clubes saindo com a "glória eterna".

O Cruzeiro conquistou a primeira Copa Libertadores para Minas Gerais em 1976. Foto: Reprodução/InternetO Cruzeiro conquistou a primeira Copa Libertadores para Minas Gerais em 1976. Foto: Reprodução/Internet

Sonho de todo clube sul-americano, a Copa Libertadores da América está na sua 62ª edição. Na história da competição, 25 equipes diferentes já ergueram a taça de campeão. Sendo, 25 da Argentina, 21 do Brasil, oito do Uruguai, três da Colômbia, três do Paraguai e, com um título para cada, Chile e Equador.

Ano após ano, o futebol brasileiro tem reduzido a diferença de conquistas em relação aos argentinos. As três últimos edições, inclusive, foram vencidas por clubes do Brasil (01 do Flamengo e 02 do Palmeiras). Nessa toada, ainda nesta década, o Brasil poderá assumir a hegemonia do futebol sul-americano.

Somando sete conquistas na história, o Independiente é o maior campeão da Libertadores. O clube de Avellaneda conseguiu a Glória Eterna em 1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984.

E, embora não vença a competição há quase 40 anos, o clube argentino ainda possui o recorde de títulos. Além disso, vale ressaltar que o Rey de Copas nunca perdeu uma final de Libertadores. Ao todo, são sete finais e sete títulos.

Boca Juniors (6), Peñarol (5), River Plate (4) e Estudiantes (4) fecham o top cinco. Quatro das seis conquistas dos xeneizes, inclusive, vieram neste século. Já os "Millonarios" conquistaram dois de seus quatro títulos nas últimas cinco edições.

Entre os brasileiros, o São Paulo foi o primeiro a alcançar três títulos. Palmeiras, Grêmio e Santos também estão neste patamar. Veja a lista completa de todos os campeões:

Independiente (7): 1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984
Boca Juniors (6): 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007
Peñarol (5): 1960, 1961, 1966, 1982 e 1987
River Plate (4): 1986, 1996, 2015 e 2018
Estudiantes (4): 1968, 1969, 1970 e 2009
Olimpia (3): 1979, 1990 e 2002
Nacional (3): 1971, 1980 e 1988
São Paulo (3): 1992, 1993 e 2005
Grêmio (3): 1983, 1995 e 2017
Santos (3): 1962, 1963 e 2011
Palmeiras (3): 1999, 2020 e 2021
Cruzeiro (2): 1976 e 1997
Internacional (2): 2006 e 2010
Atlético Nacional Medellín (2): 1989 e 2016
Flamengo (2): 1981 e 2019
Colo-Colo (1): 1991
San Lorenzo: (1): 2014
Racing (1): 1967
Vélez Sarsfield (1): 1994
LDU Equador (1): 2008
Argentinos Juniors (1): 1985
Corinthians (1): 2012
Atlético-MG (1): 2013
Vasco da Gama (1): 1998
Once Caldas (1): 2004

Tempo Esportivo

1º Tempo

Ainda vai dar pano pra manga! Cruzeiro, Athletico-PR e o atacante Vitor Roque fazem parte de uma novela que ainda renderá vários capítulos pela frente. E o principal fator motivador disso tudo foi o desacerto entre as partes em relação ao contrato.

Como externado por André Cury, agente do jogador, e por Pedro Martins, diretor de futebol do Cruzeiro, as partes chegaram a trocar minuta contratual do acordo que previa aumento salarial e, consequentemente, da multa rescisória.

O empresário queria um aditivo no contrato que estava em vigor. O Cruzeiro, por sua vez, tinha intenção na assinatura de um novo acordo, que teria validade até 23 de maio de 2025, assim como aquele assinado no ano passado, pela gestão de Sérgio Santos Rodrigues.

A proposição do Cruzeiro era mudar, a partir deste mês, o salário do jogador, de R$ 12 mil para R$ 50 mil mensais. O acordo proposto pelo clube previa o primeiro aumento a partir de janeiro de 2024. A partir de então, o garoto, que estará com 18 anos, receberia R$ 80 mil.

O último aumento do contrato estava previsto pelo Cruzeiro para janeiro de 2025. Então, Vitor Roque passaria a receber R$ 110 mil mensais, cifra com aumento de 120% em relação ao valor que era proposto para o jogador receber a partir de abril de 2022.

A briga judicial promete ser intensa, pois o time mineiro chegou a protocolar um documento na Federação Mineira de Futebol, alegando que aumentaria o salário do atleta no mesmo dia em que o jogador enviou um email para o clube solicitando a rescisão de contrato. Como a multa rescisória é calculada em cima dos valores pagos aos atletas, tudo dependerá do entendimento da justiça ao interpretar o caso.

Mas uma coisa é certa: O Cruzeiro sofreu um duro golpe técnico ao perder Vitor Roque. Pelas primeiras impressões deixadas em campo, neste 2022, trata-se de um jogador com grande potencial e de enormes perspectivas no cenário do futebol brasileiro e internacional.

2º Tempo

O empate com o América pela Libertadores impediu o Atlético de atingir 10 vitórias seguidas, algo que não acontecia desde 2013. Mas, diante do Athletico-PR, o Galo conseguiu uma marca que não alcançou nem no ano da conquista internacional: seis vitórias consecutivas de visitante.

Na Arena da Baixada, o Galo aumentou seu retrospecto positivo ao vencer o Furacão por 1 a 0, com gol de Matías Zaracho, no final de semana passado. A segunda vitória no Brasileirão e a sexta seguida na condição de visitante em 2022. Há 10 anos, o Galo chegou a vencer sete partidas consecutivas fora de casa, no início de 2012.

Na atual temporada, o Atlético só perdeu uma partida até o momento - contra a URT, fora de casa, utilizando time reserva. Turco Mohamed segue com números altos. São 19 jogos, 15 vitórias, três empates e uma derrota. São 39 gols marcados e nove gols sofridos, com 12 jogos sem levar gols.

Seguramente, o time ainda não joga com a mesma intensidade dos tempos de Cuca, o padrão de jogo parece estar se ajustando, aos poucos, ao perfil do treinador argentino e todos estão cientes de que o time precisa seguir no caminho da retomada do que se viu ao longo da maior parte de 2021. Há alguns problemas na bola aérea defensiva e a transição da defesa para o ataque carece de um aumento na rotação, para dificultar a marcação dos adversários que, em sua maioria, têm tentado sufocar a saída de bola do Galo. São detalhes que precisam ser consertados, mesmo diante de um calendário frenético, em que não se tem tempo para trabalhar. Bem-vindo à realidade do futebol brasileiro, Turco Mohamed!



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