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Governo de Minas interrompe obras do Hospital Regional de Juiz de Fora

Em uma reviravolta inesperada, o Governo de Minas Gerais, sob o comando de Romeu Zema (Novo), decidiu descontinuar a construção do Hospital Regional de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. A obra, iniciada em 2009 e paralisada em 2017, já consumiu cerca de R$ 150 milhões dos cofres públicos e, segundo o Estado, apresenta sérios problemas estruturais.

Foto: Reprodução/TV IntegraçãoFoto: Reprodução/TV Integração

A decisão, comunicada à Prefeitura de Juiz de Fora através de um ofício na última sexta-feira (13/04), gerou apreensão e indignação na região. O hospital, com 56% das obras concluídas, atenderia a 94 municípios e era visto como uma esperança para a saúde pública local.

Problemas estruturais inviabilizam retomada

No ofício, o Governo de Minas detalha os problemas encontrados na estrutura inacabada. "Abandonada desde 2017, a estrutura foi vandalizada e se deteriorou com o decorrer do tempo", informa o documento. Um laudo contratado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias apontou diversos danos, incluindo equipamentos furtados ou danificados e dúvidas sobre a solidez do edifício.

Mesmo em um cenário otimista de retomada, o ofício prevê que a inauguração do hospital só ocorreria em 2028, sem um orçamento total definido devido à necessidade de avaliar os danos e retrabalhos.

Diante da inviabilidade da retomada, o Governo de Minas propõe realocar os R$ 150 milhões reservados para o Hospital Regional para a expansão do Hospital Universitário da UFJF. As obras do HU-UFJF, em andamento, devem ser concluídas até 2026.

A decisão do Governo do Estado gerou descontentamento na Prefeitura de Juiz de Fora, administrada por Margarida Salomão (PT). Fontes internas da PJF criticam a falta de diálogo com o Estado sobre a descontinuidade da obra, que inclusive havia sido pactuada entre Ministério Público, Governo do Estado e Prefeitura em junho de 2022.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) também já havia reprovado a prestação de contas do Hospital Regional por irregularidades na execução da obra. No entanto, até o momento, nenhuma medida punitiva foi tomada contra agentes públicos.

O que acontecerá com o esqueleto inacabado do Hospital Regional ainda é incerto. O Governo de Minas não se pronunciou sobre o destino do imóvel. A Prefeitura de Juiz de Fora informou que "está avaliando a mudança na situação e pretende em breve se manifestar". Já a UFJF e o Ministério Público não se manifestaram sobre o assunto até o momento.

Da redação com Estado de Minas 

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