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Policial faz gravação ameaçando matar Romeu Zema caso não receba salário

Policiais militares pressionam o governo do estado a pagar os salários em dia. Neste fim de semana um tenente-coronel da reserva, Domingos Sávio de Mendonça, fez uma gravação ameaçando de morte o governador Romeu Zema (Novo). No dia seguinte, o agente fez um vídeo confirmando ser dele o áudio e dizendo que não iria matar o governador.

Foto: Reprodução/Internet/ Foto: Reprodução/Internet/

"Tem que me matar, porque, se não me matar, eu mato o Romeu Zema, eu mato o Romeu Zema porque há injustiça aí. Eu sou um homem de bem, meus filhos, meu pai e meus irmãos sabem que eu sou um homem de bem. Então eu matarei Romeu Zema”, disse em parte do áudio gravado na última sexta-feira (23).

Já no sábado (24), o tenente-coronel Mendonça divulgou um vídeo na tentativa de se retratar. “Ah, você vai matar o governador? Não, não vou não. Não vou, porque é isso que vocês querem. Vocês querer me ver tirando 30 anos de cana. Agora o governador, os deputados e todos os senhores que estão aí ó, usando de mordomias, distribuem dinheiro aí ó, R$ 15 milhões de verbas orçamentárias, R$ 5 milhões."

Investigação

Em nota, o governo de Minas Gerais diz que tomou conhecimento da ameaça ao governador, que vai tomar as medidas judiciais cabíveis e que acredita que o ato em questão tenha caráter isolado.

A Polícia Militar disse que vai avaliar se os vídeos e áudios divulgados nas redes sociais ferem o código de ética e vai tomar as medidas cabíveis. A Polícia Civil abriu investigação sobre o caso.

Salários congelados

A reportagem conversou por telefone com Mendonça. Ele disse que fez a primeira gravação quando estava embriagado e se retratou em relação às ameaças ao governador.

O oficial da reserva coordena um movimento de defesa de servidores da segurança pública, como policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários. Esse movimento não tem relação com a associação que representa os policiais militares, mas têm organizado encontros e manifestações para cobrar os direitos dos policiais.

O vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), Sargento Marco Antonio Bahia, disse que hoje a principal reivindicação é sobre o congelamento de salários, que já dura quatro anos. A categoria quer uma reposição salarial desses anos sem reajuste, que ficaria na casa dos 30%.

Com G1



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