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Monitoramento das Bacias Hidrográficas brasileiras busca Produção e Economia de Água

Imagens de satélite tem monitorado as bacias hidrográficas do país com o objetivo de analisar fatores como cobertura vegetal, evapotranspiração e demandas hídricas (transferência de água do solo por evaporação e da planta por transpiração para a atmosfera), produção de biomassa e produtividade da água. As pesquisas são resultados de dois projetos financiado pelo CNPq e pela Embrapa / Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).

De acordo com o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) Reinaldo Lúcio Gomide, esse monitoramento é indispensável no gerenciamento de recursos hídricos.Para isso, a equipe do projeto, composta por pesquisadores da Embrapa e universidades brasileiras, vem instalando redes de Estações Meteorológicas Automáticas nas seguintes bacias hidrográficas: Petrolina / Juazeiro e Norte de Minas, do rio São Francisco; do baixo Tietê, São José dos Dourados e Turvo Grande, do Noroeste de São Paulo; e do rio São Marcos, na parte Central de Goiás.

O objetivo é a obtenção de dados climáticos de superfície necessários nos modelos de determinação de evapotranspiração e nas interpolações para gerar os diferentes mapas temáticos, que poderão indicar possíveis formas de economias de água e otimização de uso nas culturas analisadas – grãos, frutíferas, cana-de-açúcar, café e seringueira. Áreas de vegetação natural nessas bacias também são alvo dos estudos. Com as informações será possível efetuar o gerenciamento hídrico em condições de rápidas mudanças de uso da terra e alterações climáticas.

Em toda parte da Bacia do Médio São Francisco, no Norte de Minas, a Embrapa Milho e Sorgo coordena as ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação dos projetos. Nos municípios estão implantados sistemas de produção com áreas de agricultura irrigada (Jaíba, Mocambinho e Gorutuba) e também de sequeiro, envolvendo pastagens, outras culturas perenes e vegetação natural.

Foto Ilustrativa: Reprodução FacebookFoto Ilustrativa: Reprodução Facebook

O projeto prevê análises da cobertura vegetal por meio de sensoriamento remoto com imagens do satélite: “Com o registro de imagens, tornou-se possível efetuar as análises de relacionamento entre localização espacial de alvos do meio ambiente, variação espectral da imagem e variação da cobertura vegetal dos solos. A atualização dos dados também ficou extremamente facilitada, uma vez que, montada a base de dados, ficou muito fácil produzir uma cobertura vegetal atualizada do solo, obtendo assim um resultado dinâmico e, portanto, mais próximo do real”, explica o pesquisador.

Para a execução de coleta desses dados, estão sendo instaladas estações meteorológicas automáticas nas regiões de estudo do projeto com recursos das fontes financiadoras; no momento a rede de estações é escassa principalmente nas regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais.

É feito também um sensoriamento remoto e com imagens captadas por satélites. Sensores revelam informações como precipitação acumulada, temperatura do ar, temperatura máxima e mínima, umidade relativa, velocidade e direção do vento (máximas e mínimas) e radiação solar acumulada, entre outros fatores. Com os resultados da região Norte de Minas é possível que os pesquisadores identifiquem e diferenciem as classes da cobertura vegetal do solo, que é um aspecto diretamente ligado à disponibilidade de água. Através de todas essas análises estatísticas envolvendo diferentes condições climáticas e hidrológicas nas bacias selecionadas nesses projetos, as informações poderão ser usadas de forma estratégica em processos de tomada de decisões que envolvam o gerenciamento do uso da água, indicando possibilidades concretas de economia.



Com Ascom Embrapa Milho e Sorgo



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