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Governo Lula fecha contrato de R$ 14,4 milhões com empresa envolvida em garimpo ilegal na Amazônia

Uma matéria recente do Estadão trouxe à tona um contrato significativo entre o governo liderado pelo presidente Lula, sob a administração do Ministério da Saúde, chefiado por Nísia Trindade, e a empresa Piquiatuba Táxi Aéreo, no valor total de R$ 14,4 milhões. Esta empresa, sediada em Santarém, no Pará, tem sido alvo de alegações judiciais desde 2021, relacionadas a atividades de garimpo ilegal em uma reserva biológica na Amazônia.

A Piquiatuba Táxi Aéreo tornou-se ré em maio de 2021, quando a denúncia do MPF foi aceita pela Justiça Federal | Foto: Reprodução/@piquiatubaA Piquiatuba Táxi Aéreo tornou-se ré em maio de 2021, quando a denúncia do MPF foi aceita pela Justiça Federal | Foto: Reprodução/@piquiatuba

Os contratos foram assinados em 2023, com a Piquiatuba, cujos proprietários estão atualmente enfrentando acusações da Polícia Federal e do Ministério Público por supostamente facilitar atividades ilegais de garimpo dentro da Reserva Biológica Maicuru, localizada no norte do Pará. Essa reserva é próxima a comunidades indígenas isoladas. Segundo o Estadão, o fundador do garimpo, Armando Amâncio da Silva, é pai dos sócios da Piquiatuba, Edson Barros da Silva e Patrick Paiva da Silva, e construiu o império empresarial da família a partir da extração ilícita de ouro.

Além disso, foi revelado que a empresa já estava sob investigação judicial desde 2021, o que levanta questões sobre a conexão do governo petista com atividades ilegais na região amazônica. A Piquiatuba é acusada de ter usado suas aeronaves para apoiar operações ilegais de garimpo, sendo que entre 2015 e 2018 realizou aproximadamente 200 voos para uma área conhecida como Garimpo do Limão.

A empresa é dirigida por Edson Barros da Silva, casado com a vereadora de Santarém, Adriana Almeida, uma aliada política do ministro do Turismo, Celso Sabino. Esta ligação levanta preocupações adicionais sobre os possíveis conflitos de interesse envolvidos nesses acordos.

O Ministério da Saúde, em resposta à divulgação da matéria, declarou que não apoia atividades ilegais de garimpo e que suspenderá os contratos com a Piquiatuba caso a empresa seja condenada judicialmente. No entanto, a assinatura desses contratos contradiz os discursos do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu uma postura de tolerância zero contra o garimpo ilegal e destacou a defesa da Amazônia como uma de suas prioridades.

Este não é o primeiro contrato entre a Piquiatuba e um governo petista, conforme registros do Portal da Transparência mostram que durante o governo de Dilma Rousseff, a empresa faturou R$ 181,7 milhões em seu primeiro contrato com o governo federal. O Ministério Público está buscando uma compensação significativa da empresa por danos ambientais, danos coletivos aos povos indígenas afetados, além de uma penalização financeira pelo comércio ilegal de ouro.

da redação com Estadão

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