Pouco antes do evento que vai receber o ex-presidente Lula (PT) e o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), um drone sobrevoou a Universidade do Triângulo Mineiro (Unitri), em Uberlândia, jogando fezes e urina nos apoiadores que já estavam a postos aguardando o evento.

Foto: Reprodução Internet

Uma correria tomou conta do local e apoiadores de Lula tentaram jogar pedaços de pau e pedras e foram repreendidos pela segurança, devido ao risco de se acertar alguém. Outros militantes pularam o muro de um condomínio ao lado da Unitri, de onde suspeitavam ter vindo o drone.

Já durante o evento, Gleisi Hoffman, presidente do PT, discursou e citou o caso. Ela disse que os apoiadores de Lula e Kalil não devem se intimidar com ameaças e violência.

"Eles (bolsonaristas) que não venham com ameaça. Não nos trazem medo. Outdoor não dá voto. Drone não dá voto. Enquanto usam a violência e ameaça, nós usamos a força do povo. Por isso é essa a nossa responsabilidade. Vocês ganharam em uma eleição fraudada, porque não deixaram o Lula ser candidato. Agora vão ter que enfrentar o povo. Vamos mostrar que o Brasil tem jeito, tem saída. É Lula, Alckmin e Kalil", declarou.

Na sequência, Lula também comentou a ocorrência envolvendo o drone a lamentou o episódio. "O que vimos hoje aqui neste pátio eu não sei o nome de quem, mas não pode ser um ser humano normal. É um canalha que coloca um drone para jogar sujeira em cima de homem, mulher e crianças. Esse não é um ser humano normal. Faço campanha desde 1982, já perdi e ganhei muitas eleições. Nunca fiz um inimigo no país. A prova disso é que o Alckmin foi meu adversário em 2006 e, em 2022, é meu vice", discursou.

O pré-candidato a presidente prosseguiu repudiando o ato dos rivais: "a pessoa que tem coragem de colocar drone para jogar sujeira, porque me falaram que pode ser agrotóxico, o nome desse cidadão está policiado. (...) Um cidadão desses não merece nosso respeito. Não vamos tratar como nos tratam. Porque somos civilizados. Acreditamos na recuperação do ser humano. Acreditamos que eles vão pedir desculpa por vergonha durante o lançamento da candidatura do Kalil".

Após o acontecimento, o forte odor tomou conta do local. Organizadores jogaram desinfetante para minimizar, porém o cheiro persiste.

Polícia prendeu os suspeito do ato de vandalismo

A Polícia Militar de Minas Gerais prendeu os suspeitos de serem os responsáveis pelo drone que atirou fezes e urina no público que esperava Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para o primeiro ato ao lado de Alexandre Kalil (PSD), seu pré-candidato ao governo mineiro.

Policiais militares, que trabalhavam no apoio ao evento, interceptaram uma caminhonete onde estavam três homens com o equipamento. Eles foram presos em flagrante.

Os dejetos foram jogados pouco depois das 16h30. Para atirar os materiais, foi utilizado um drone que é usado como pulverizador em lavouras.

Pessoas que estavam no ato do ex-presidente seguiram o trajeto do drone do ataque até o pouso. Então, chamaram os agentes de segurança.

A informação foi revelada por policiais que atuam na segurança do evento.

As identidades dos suspeitos não foi divulgada pela PM. Segundo o tenente-coronel Flávio Santiago, chefe da comunicação da corporação, a lei de abuso de autoridade impede a divulgação do nome do homem que teria pilotado o drone de fezes.

Da Redação com OTempo