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Após audiência, Matoso se compromete a avaliar discussão na Câmara

Em Audiência Pública moradores de diversos bairros afetados pela falta de água puderam ouvir de alguns vereadores e representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE, os prováveis motivos para o problema e cobrar soluções. Abrindo a sessão, o presidente da Câmara, vereador Marcio Paulino, disse que o “objetivo é esclarecer a população através dos representantes do SAAE e saber o porquê desse problema”.

Autor do requerimento que solicitou a Audiência, o vereador Marcelo Cooperseltta deixou claro que, em sua opinião, o SAAE é viável. "Não estamos aqui para falar mal dos servidores e nem da autarquia, queremos encontrar soluções para esses problemas. Queremos sair daqui com ações, prazos e metas", apontou, sugerindo a utilização de estações elevatórias para melhorar a distribuição. "Água existe. Precisamos é administrar melhor e levar essa água para a casa do povo". Concluiu o vereador, solicitando ao SAAE que analisasse os pedidos de revisão das contas de água dos meses de agosto e setembro para os moradores afetados.

Vereador discutiram com presidente do SAAE problema de falta de água / Foto: DivulgaçãoVereador discutiram com presidente do SAAE problema de falta de água / Foto: Divulgação

Diferente do Cooperseltta, o vereador Douglas Melo colocou em dúvida a viabilidade do SAAE. "Não sei se o SAAE é viável ou não, mas quando fico sabendo da estrutura de alguns setores e principalmente do maquinário utilizado, acredito que não é. Hoje se mata tanto em Sete Lagoas como se faz o povo sofrer com a falta d’água. O problema é antigo, mas continua atual", ponderou.

Em sua fala, o vereador Pastor Fabrício (PMN) apontou o atendimento da autarquia como outro problema apontado pela população. "O povo está certo de vir aqui na Câmara e reivindicar. Eu mesmo já apresentei pedidos de providência solicitando oficialmente justificativas e até hoje não tive resposta", questionou o vereador.

Plenário da Câmara ficou cheio para a audiência / Foto: DivulgaçãoPlenário da Câmara ficou cheio para a audiência / Foto: Divulgação

Dalton Andrade lembrou que o problema do SAAE é anterior ao governo Maroca. "O SAAE hoje tem um patrimônio em torno de R$ 200 milhões. A gente pode perceber que ocorreu um avanço na autarquia. Eu acredito que a pressão é grande, mesmo porque a cidade cresceu e é preciso criar uma estratégia para suprir as necessidades", disse. Completando esse raciocínio, o vereador Milton Martins (PSC) afirmou que o SAAE está preso na década de 70. "Precisamos qualificar ainda mais os funcionários e saber quais deles estão dispostos a trabalhar", disse o parlamentar.

Em suas explicações, o presidente do SAAE, Marcos Joaquim Matoso, concordou com os parlamentares em vários pontos. De acordo com ele, o maior problema do SAAE é que há anos não é feita manutenção no sistema de abastecimento de água. "Hoje a cidade é abastecida por 105 poços profundos e eles estão diretamente relacionados à quantidade de chuva. Essa seca ajudou este problema da falta de água", justificou. 

Ainda segundo Matoso, a capacidade de reservatório desses poços é de mais de 10 milhões de metros cúbicos, metade do que a cidade precisa. "Esse não é o sistema adequado", sentenciou.

O presidente da autarquia anunciou que estão sendo feitos estudos e melhorias nos equipamentos para tentar solucionar esses problemas. "Mais poços estão sendo perfurados. A solução definitiva seria a criação do projeto do PAC para a água, melhorando assim a capacidade de distribuição", assegurou. "O problema da cidade não é água, mas sim a forma com que ela é distribuída", concluiu.

Matoso se comprometeu a avaliar o pedido da Câmara. A audiência Pública aconteceu na quarta-feira, 23, na Câmara Municipal.


Com ascom Câmara



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