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Call center clandestino com 200 funcionários para aplicar golpes é fechada em BH

Um centro de telemarketing clandestino, com cerca de 200 funcionários, que aplicou golpes em um incontável número de pessoas em Belo Horizonte foi fechado, nesta quarta-feira (25) pela Polícia Civil. Por meio das redes sociais, eles captavam vítimas com o nome negativado e que buscavam financiamento ou cartas de crédito para adquirir veículos, porém, elas nunca eram beneficiadas.

Foto: Reprodução InternetFoto: Reprodução Internet

O delegado Magno Machado Nogueira, responsável pela investigação, explica que foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, no call center e, também, em duas supostas financeiras envolvidas no esquema. "Esse telemarketing atuava na captação das possíveis vítimas, que, depois, eram encaminhadas para as financeiras onde eram emitidas as cartas de consórcio", detalha.

O policial explica que os funcionários criavam anúncios falsos em redes sociais. Para isso, coletavam imagens de anúncios genuínos nessas plataformas e, quando interessados com o nome sujo entravam em contato, os atendentes do call center entravam em ação.

"A informação que era repassada era que a pessoa daria entrada na carta e já sairia com o veículo no mesmo dia. Mas, ao comparecer nessa financeira, ele recebia a notícia de que o veículo só seria repassado em 30 dias. Lá, era entregue um falso contrato e, por fim, essas vítimas ficavam no prejuízo", completa Nogueira.

Ao todo, 40 pessoas foram conduzidas para a delegacia, mas sete delas acabaram presas por associação criminosa e corrupção de menores, já que, entre os funcionários do call center estavam também adolescentes. A investigação continua e, em breve, os presos deverão responder também por estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, entre outros crimes.

Trabalhadores achavam que serviço era regular

O delegado Magno destaca ainda que entre os mais de 200 trabalhadores do local, muitos acreditavam estar atuando em um serviço comum. "Eles atuavam com contrato autônomo, então era uma comissão que recebiam em cima de cada consórcio firmado, que variava de 0,25% a 0,5%. Se conseguisse vender R$ 250 mil em um mês, a pessoa tinha a promessa de ser contratada com carteira assinada e um salário mínimo, para além da comissão", conta.

O policial afirma que ainda é cedo para estimar o prejuízo causado pelo esquema criminoso, já que foram encontrados centenas de anúncios e todas as planilhas e demais materiais arrecadados na operação ainda serão analisados pela Polícia Civil. "Mas, só de ter 200 pessoas trabalhando para eles, já sabemos que será uma cifra astronômica", completa.

A instituição policial destaca, ainda, a importância das vítimas desse grupo representarem contra a empresa no Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes, para garantir que os criminosos sejam devidamente punidos pelos crimes.

Da Redação com OTempo



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