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Bradesco terá que indenizar ex-funcionária em R$ 40 mil após sequestro e assaltos em Minas

O banco Bradesco foi condenado a indenizar por danos morais em R$ 40 mil uma ex-funcionária que foi sequestrada e assaltada durante transporte de valores enquanto trabalhava para a empresa.

Valor da indenização estipulada pela Justiça é de R$ 40 mil — Foto: DivulgaçãoValor da indenização estipulada pela Justiça é de R$ 40 mil — Foto: Divulgação

A sentença é da juíza Rosangela Alves da Silva, titular da 2ª Vara do Trabalho de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, e foi divulgada nesta segunda-feira (23).

À Justiça, a mulher contou que trabalhou para o banco por 12 anos nas funções de supervisor administrativo e de gerente administrativo em agências das cidades de Inhaúma e Paraopeba, também na Região Central do estado.

No período do contrato de trabalho, ela era responsável por fazer o transporte de altos valores entre os municípios da região atendida pelas agências bancárias em que atuava, o que lhe causava medo.

Conforme a mulher, a tarefa era desempenhada "sem a adoção de medidas mínimas de segurança, com permanente tensão, em violação à intimidade, honra e vida privada".

Em um dos roubos, os criminosos levaram mais de R$ 60 mil.

Por outro lado, o banco se defendeu na Justiça argumentando que "possui contrato com empresa especializada e que, se a ex-empregada transportou numerários, o fez por sua conta e risco". Ele disse ainda que "sempre adotou medidas de segurança e ressaltou que qualquer pessoa está sujeita à violência urbana".

Na análise da juíza Rosangela, o transporte dos valores sem segurança tornou evidente o risco a que a ex-funcionária estava exposta. O entendimento se baseou na Orientação Jurisprudencial nº 22 do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais, segundo a qual:

“O transporte de valores sem o atendimento das exigências previstas na Lei 7.102/1983 expõe o empregado a risco e enseja o pagamento de indenização por dano moral, ainda que ele não tenha sido vítima de assalto”.

Por meio de nota, o Bradesco informou que "não comenta casos sub judice".

Com g1

 



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