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Variante Delta é a mais presente em casos de Covid em Minas

Nove a cada dez amostras sequenciadas do coronavírus em Minas já são da variante Delta. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Coronel Fabriciano, no Vale do Rio Doce, os casos já chegam a 100%. Até o momento, a cepa infectou 1.024 pessoas em 164 cidades do Estado. Nove óbitos foram confirmados.

Foto ilustrativa/Reprodução: InternetFoto ilustrativa/Reprodução: Internet

A análise faz parte de um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os números, no entanto, podem ser maiores. Segundo o pesquisador do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução da instituição, Renan Pedra, há uma subnotificação.

“Enquanto a gente tiver um critério de testagem baseado em sintoma, a gente sempre vai ter uma subnotificação. Sabemos que parte da população não manifesta sintomas”, disse, considerando ainda que, em breve, a cepa pode se tornar a única em circulação no território mineiro.
“É algo esperado até, eventualmente, outra variante surgir. As fronteiras estão cada vez mais abertas. Então, tem a chance de alguém trazer outra cepa”.

Mesmo mais transmissível e considerada mais perigosa em relação às demais variantes, a Delta não foi capaz de impactar nos indicadores da pandemia em Minas. No Estado, os números relacionados a casos e óbitos seguem em queda, com a ocupação dos leitos de UTI exclusivos para Covid-19 em 23%.

“O que tem de hipótese no momento é o fato de que nós tivemos muitos casos de Gama. E em outros países que estavam com a vacinação avançada e mesmo assim tiveram surtos, a variante forte foi a Alpha. Então, realmente parece que uma infecção prévia com a Gama, atrelada à vacinação, criou uma imunidade que auxiliou e fez com que a Delta não chegasse e mudasse o cenário”, avalia Renan Pedra.

O pesquisador, no entanto, reforça que a imunização com duas doses, junto às medidas de proteção, são essenciais para seguir com o escudo contra a Delta.

“A vacinação é importantíssima. Temos números que mostram que, hoje, a maioria das pessoas que morrem em Minas não completaram o esquema vacinal. Inclusive em idades que já deveriam estar protegidas. É claro que os indicadores estão caindo, mas muitas famílias ainda estão enterrando seus entes” finalizou.

Em Minas, a Delta já contaminou desde bebês de 1 mês até idosos de 95 anos. A média de idade é de 44 anos. Mulheres são as mais infectadas, 56% dos casos. Já o número de óbitos segue estável. As nove mortes foram registradas em mineiros de 36 a 83 anos, que eram de Belo Horizonte, Contagem, Piraúba, Caratinga (2), Rio Novo, Claro dos Poções, Uberaba e Cabeceira Grande.

Com Hoje em Dia



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