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Romeu Zema diz que sistema de energia elétrica opera no limite e alerta para desabastecimento em MG

O sistema de abastecimento de energia elétrica em Minas Gerais está no limite e corre o risco de desabastecimento em algumas regiões do Estado. A declaração do Governador Romeu Zema (Novo) foi dada na manhã desta quarta-feira (22) durante a cerimônia de abertura do Processo de Tombamento dos Lagos de Furnas e Peixoto realizada em Capitólio.

Foto: Lucas MagalhãesFoto: Lucas Magalhães

O governador afirmou durante o discurso por videoconferência que a crise hídrica, causa pela falta de chuva pode se tornar uma crise de energia. Motivo pelo qual o sistema de abastecimento está atuando no limite, segundo Zema.

"Estamos vivendo escassez de chuvas, consequentemente uma crise hídrica, que está se desdobrando para se tornar uma crise energética. Tenho acompanhado de perto e, a qualquer momento, corremos riscos de termos algumas regiões desabastecidas por energia elétrica. O nosso sistema está operando no limite, apesar de todas as usinas termoelétricas estarem funcionando", disse.

Na avaliação do governador, a situação do nível de água nos reservatórios das represas do estado pode ser considerado como calamidade pública e ressalta que a resolução deste problema é complexo.

"O caso de Furnas se repete em Nova Ponte e se repete em várias outras represas do Estado, é realmente uma situação, eu diria, de calamidade pública", declarou.

“Infelizmente, nos últimos dias, tenho notícias de que o nível do lago, ao contrário do que esperamos, foi reduzido. Mas eu quero dizer que se esse problema fosse fácil, simples, ele já teria sido resolvido. É um problema complexo, ele está dentro do contexto Brasil, que é um país que tem pecado, infelizmente, pela falta de planejamento”, complementou Zema.

Romeu Zema reforçou que o nível baixo de operação das usinas no Estado resultado da falta de planejamento.

"É um problema que se resolve de hoje para o ano que vem? Não. É um problema que deveria ter sido resolvido há 10, 15, 20 anos. Temos visto as represas, os reservatórios de Belo Monte e Santo Antônio, produzirem 3% a 4% da capacidade, pois quando foram construídos, não foi permitida a construção de um lago. Temos termelétrica altamente poluidoras, caras e penalizam o consumidor. Tivessem estas duas grandes usinas produzindo a energia que elas produzem em época de rios cheios, muito provavelmente os nossos reservatórios aqui de Minas teriam sido poupados. Então, como todo o sistema de energia é conectado, quando algo dá errado em algum lugar, reflete-se em outro", completou.

Zema, no entanto, concluiu o discurso com otimismo ao ressaltar investimentos em matrizes energéticas no país, como a fotovoltaica e a eólica.

"Temos recebido investimentos recordes na geração de usina fotovoltaica que cada vez mais compõe nossa matriz. A energia eólica, em outros estados, já que em Minas não é tão propício, caminha rapidamente. E espero que, em breve, possamos ter uma energia mais limpa, mais barata e que preserva o nível dos nossos reservatórios", concluiu.

Com Portal g1



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