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Saldo de empregos em Minas Gerais cresceu 19% em 2019

Há algo em comum entre restaurantes, salões de beleza, clínicas médicas e lojas de assistência técnica especializada. Todos esses estabelecimentos fazem parte do setor de serviços, o principal responsável pelo avanço do emprego formal em Minas Gerais. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ele gerou 55.213 vagas com carteira assinada de um saldo total de 97.720 postos de trabalho abertos no Estado em 2019.

Foto: ReproduçãoFoto: Reprodução

Os dados divulgados pelo Ministério da Economia, na última sexta-feira (24), mostram uma recuperação do emprego formal em Minas Gerais, mesmo com as dificuldades fiscais enfrentadas pelos municípios mineiros. No acumulado do ano, o Estado registrou 15.801 postos de trabalho a mais que em 2018. Essa diferença representa uma evolução de 19,28% no estoque de vagas abertas.

A expansão de admissões em relação às demissões deve-se, especialmente, a setores estratégicos para a economia mineira, como a construção civil (7,72%), a indústria extrativa mineral (4,04%) e os serviços (3,43%). A agropecuária, por sua vez, foi o único setor a registrar recuo no número de vagas formais em Minas (-0,93%). Já o comércio fechou o ano com saldo positivo de 1,37% de contratações.

A economista da Fecomércio MG, Bárbara Guimarães, atribui a reversão do quadro de desemprego a fatores como a inflação controlada, a queda dos juros básicos a 4,5% ao ano e as reformas estruturais aprovadas. “O ambiente de otimismo vivido no ano passado permitiu setores como a mineração – afetada no início de 2019 pela tragédia em Brumadinho – e a construção civil – em baixa desde a crise – elevarem o percentual de contratações no Estado”, avalia.

Em relação ao comércio, Bárbara considera que o consumo aquecido e a confiança do empresário foram determinantes para a evolução do emprego em Minas. “As medidas de liberalização da economia implementadas no país durante o ano passado motivaram um comportamento mais positivo de quem empreende. Não por acaso, o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio de Belo Horizonte expandiu 22 pontos percentuais de 2018 para 2019”, quantifica.

Números anteriores à crise

No Brasil, os resultados do Caged 2019 revelam que 644.079 vagas formais foram geradas, 21,63% a mais que o apurado em 2018. O saldo é o melhor em números absolutos desde 2013, quando o país criou mais de 1,1 milhão de empregos com carteira assinada. Todos os oito setores verificados encerram o ano com estoque positivo, com destaque para os serviços, responsável pela geração de 382,5 mil postos de trabalho, e para o comércio, com 145,4 mil admissões.

Entre as regiões geográficas do país, os melhores saldos de postos de trabalho formais no ano passado ficaram como a Região Sudeste (318,2 mil), seguida pela Sul (143,2 mil), Nordeste (76,5 mil), Centro-Oeste (73,4 mil) e Norte (32,5 mil). Já em relação aos estados, os desempenhos mais satisfatórios foram registrados em São Paulo (184,1 mil), Minas Gerais, (97,7 mil) e Santa Catarina (71,4 mil).

Opção pós-reforma

O trabalho intermitente também colaborou para o resultado do Caged em 2019. No período, a modalidade gerou 85,7 mil empregos, 13,3% do total de vagas criadas em todo o país. Os setores de serviços (39,7 mil) e comércio (24,3 mil) foram os destaques dessa forma de trabalho, que permite ao profissional prestar atividades em períodos alternados, conforme a demanda do empregador.

Com Ascom Fecomércio



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