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Canal Minas Saúde apresenta aula sobre Influenza A

Esclarecer as dúvidas dos profissionais de saúde de Minas Gerais, sobre a Influenza A H1N1 foi o objetivo do programa Via Saúde "Especial Influenza A H1N1", exibido pelo Canal Minas Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), na tarde desta quinta-feira (14), através dos mais de 3.000 pontos de recepção localizados em mais de 700 municípios do Estado.

Durante o programa, os profissionais que o assistiam, puderam tirar dúvidas como: tratamento adequado, nomenclatura do vírus, diferença entre a gripe comum e a Influenza A H1N1, a origem do vírus, entre outras. As perguntas eram enviadas por e-mail, fax, videoconferência e por telefone.

Para esclarecer as dúvidas de quem assistia ao programa, estavam presentes no estúdio, o superintendente de Epidemiologia da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Francisco Lemos, a técnica da coordenadoria estadual de Urgência e Emergência, Adriana Mafra, e a assessora de Comunicação Social da SES-MG, Gisele Bicalho.

Assistência

Adriana Mafra abordou, durante sua participação no programa, temas como a distinção entre a gripe sazonal (gripe comum) e a Influenza A H1N1; procedimentos indicados para casos em monitoramento, suspeitos e confirmados; internação de paciente; tratamento em domicílio, entre outros.

“A gripe sazonal é a forma mais comum da doença. Ela é de circulação anual e ocorre com mais freqüência em períodos chuvosos e em locais de clima tropical. Já a Influenza A H1N1, conhecida por gripe suína, é uma forma mais grave da doença, é a circulação de uma cepa de vírus com características antigênicas completamente distintas da até então circulantes, modificada por processo de mutação completa”, explicou.

No decorrer de sua explanação, Adriana esclareceu sobre os procedimentos que devem ser tomados com o paciente que recebe o tratamento em seu domicílio. “O paciente que recebe cuidados em casa deve ficar em um quarto privativo, com portas fechadas e preferencialmente com banheiro exclusivo. Não deve sair de casa durante o período de transmissão, ou seja, até o final dos sintomas, ou, para adultos, até sete dias após o surgimento destes, e, em crianças, até 10 dias após seu início. E mesmo para circular dentro de sua residência, o paciente deve fazer uso de máscara cirúrgica para cobrir a boca e o nariz”, elucidou.

Ela ainda salientou que a internação por gravidade passa a ser indicada quando o paciente apresentar desconforto respiratório; alteração no estado mental; convulsões; náuseas e vômitos frequentes, com impossibilidade de hidratação oral, e sinais de desidratação como tonteira ao ficar de pé, redução da diurese e ausência de lágrimas em crianças ao chorar.

Definição de casos

O superintendente de Epidemiologia Francisco Lemos, definiu, durante sua fala, o que são casos monitorados, suspeitos e confirmados, esclarecendo assim, as dúvidas de muito profissionais. No momento é muito importante que os técnicos estejam permanentemente atentos às definições estabelecidas pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para o que são casos monitorados, suspeitos e confirmados.

“Caso suspeito é aquele que apresente febre alta repentina (acima de 38°C) e tosse, acompanhadas ou não de outros sintomas como cefaléia, dispnéia, entre outros; ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos da doença ou ter tido contato próximo, nos últimos 10 dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito para a Influenza A H1N1", disse.

Francisco continuou, explicando que "casos monitorados são aqueles em que o paciente é procedente de país com caso confirmado, esteja com febre medida e tosse, podendo ou não estar acompanhada dos demais sintomas citados no caso suspeito, ou viajantes procedentes de vôos internacionais, nos últimos 10 dias, de países sem casos confirmados e apresentando os sintomas de acordo com definição de caso suspeito".

Por último, Francisco definiu "casos confirmados sendo aqueles em que o paciente sintomático tenha pesquisa positiva em secreção respiratória para vírus da Influenza A H1N1m, ou seja, resultado laboratorial positivo”.

Plano estadual

Segundo o superintendente, como resposta a questão da Influenza A (H1N1) ser declarada como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a SES-MG lançou o Plano Estadual de Enfrentamento da Ameaça da Influenza A (H1N1). O Plano é um conjunto inicial de medidas, determinadas pelo Governo de Minas Gerais, através da SES, que tem como objetivo conter a propagação do vírus e o consequente acometimento da população.

“Nos dias de hoje estamos muito mais preparados para enfrentar uma possível pandemia, diferente da época em que o mundo foi acometido pela Gripe Espanhola em 1918, que causou a morte de 40 milhões de pessoas e a Gripe Asiática de 1957. Agora temos vacinas, medicamentos antivirais e tecnologia mais avançada”, disse.

Francisco ressaltou ainda a importância da notificação e do correto diagnóstico de casos por parte dos profissionais de saúde. “A notificação é importantíssima para que tenhamos controle da situação de nosso Estado em relação à Influenza A (H1N1). E o diagnóstico correto evita até mesmo o pânico da população, visto que estamos entrando em um período de alta transmissão da gripe sazonal”, complementou.

Comunicação

A Comunicação Social é uma ferramenta imprescindível para gerenciar momentos de crise. Em se tratando da Influenza A (H1N1), a comunicação tem papel fundamental para evitar situações de pânico e garantir a tranquilidade da população e, principalmente, esclarecer o cidadão sobre o que é a doença, quais são seus sintomas, formas de evitar o contágio e as formas de ter acesso aos serviços de saúde caso seja necessário.

De acordo com a assessora de Comunicação da SES-MG, Gisele Bicalho, a SES tem desenvolvido ações junto aos profissionais de saúde e outras visando atingir o cidadão. “Para os profissionais temos duas ações pontuais, a primeira é a produção de um folder técnico, distribuído em parceria com a Associação Médica de Minas Gerais e com o Conselho Regional de Medicina. A segunda é a parceria com o Canal Minas Saúde, responsável, inclusive, por essa aula especial", informou.

Já para abordar o cidadão, Gisele explicou que o Estado criou um telemarketing de busca ativa, que acompanha por dez dias os passageiros de vôos internacionais e o serviço do Disque Epidemiologia (0800 283 22 55) foi ampliado para que o cidadão não tenha dificuldade no acesso às informações sobre a doença. Outro alvo são os eventos com a participação de turistas de outros Estados e países, como, por exemplo, o Festival Comida de Buteco, além das ações em rodoviárias e aeroportos, locais onde as pessoas recebem um folder com as principais informações sobre a doença.

Gisele Bicalho finalizou sua fala salientando que “quando um profissional de saúde for abordado por algum veículo de imprensa, ele deve entrar imediatamente em contato com a Assessoria de Comunicação da SES-MG para receber orientações. O objetivo é que as informações repassadas sejam sempre claras para que o pânico seja evitado”.
 
 
Agência Minas


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