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Adubação orgânica dá bons resultados na Zona da Mata

  • Categoria: Minas
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Produtor de cana-de-açúcar de Santa Rita de Jacutinga, na Zona da Mata, está obtendo bons resultados com técnicas alternativas de adubação e cobertura da terra. Umberto de Oliveira Paula tem cinco hectares cultivados no sistema tradicional e um no sistema orgânico, em que a adubação é feita com húmus de minhoca e vinhoto (resíduo do refino da cana-de-açúcar). Além de ser mais barato, o fertilizante orgânico aumentou a produção e reduziu o tempo da colheita.

"Eu não gasto nem mais R$ 1 com adubação e produzo 150 toneladas de cana por hectare, enquanto a média brasileira é de 75 toneladas. Antes eu gastava um ano e seis meses para a primeira colheita, agora um ano só. Depois demorava mais um ano para a segunda colheita, agora gasto 10 meses", afirma o produtor.

A implantação do canavial, em 2004, teve o acompanhamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Os extensionistas orientaram o produtor desde as análises de solo até o cultivo e manejo da cultura. Após dois anos, o produtor passou a testar fertilizantes alternativos como o húmus de minhocas, rico em nitrogênio, fósforo e potássio, elementos essenciais para o desenvolvimento da planta. Umberto de Paula construiu o próprio minhocário, de onde consegue o húmus para a lavoura.

De acordo com o extensionista da Emater-MG em Santa Rita de Jacutinga, Wesley Horsth Catheringer, a eficiência do húmus é certa, mas sobre o vinhoto ainda não há estudos definindo sua eficácia. "Indiquei para o Umberto um adubo tradicional para a cultura de cana, mas ele teve dificuldades para comprar e perguntou se poderia usar o vinhoto. Decidimos então testar em uma pequena parte da propriedade." O produtor gostou do resultado. As plantas estão se desenvolvendo, segundo Umberto de Paula, melhor do que no sistema antigo.

"Eu simplesmente estou devolvendo para a terra nitrogênio, potássio e fósforo, presentes no vinhoto", complementa o produtor. O extensionista e o produtor, porém, alertam que, se utilizado em excesso, o vinhoto é tóxico e pode prejudicar o meio ambiente.

Para fazer o adubo, o produtor expõe o vinhoto ao sol, transformando-o em uma pasta. Peneira a terra do minhocário, retirando as minhocas. Para fertilizar o solo, Umberto de Paula utiliza 10 carrinhos de húmus e três de vinhoto (a mistura também é usada para a cobertura do solo). Dessa forma, ele e mais três funcionários desenvolvem um canavial com 26 variedades diferentes de cana. O plano de Umberto é cultivar mais seis hectares no sistema orgânico até maio de 2010.


AGÊNCIA MINAS



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