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Cuidados com a alimentação e os riscos de se ter uma Hipovitaminose

Na coluna da nutricionista Pauline Moura desta edição, você confere as dicas explicações sobre a chamada Hipovitaminoses. Confira!

Hipovitaminoses

A deficiência de vitaminas pode ser ocasionada por insuficiência na quantidade de nutrientes ingeridos ou por alguma falha que impeça sua absorção e fixação pelo organismo. Infecções, cegueira, queda dos dentes, fraqueza dos ossos são alguns dos problemas que podem decorrer da carência de determinada vitamina. Como cada uma delas desempenha uma função, é

importante manter sua dosagem equilibrada na dieta, pois seu excesso também pode ser prejudicial. A falta de vitaminas pode ser total (avitaminose) ou parcial (hipovitaminose). Ambas as situações podem gerar problemas e manifestações classificadas como doenças carenciais. As hipovitaminoses mais comuns são:


Hipovitaminose A
Classificada entre as mais graves e comuns, seu principal sintoma é a cegueira noturna ou a incapacidade de enxergar na penumbra. Acomete principalmente crianças de países subdesenvolvidos, sendo considerada a principal causa de cegueira na infância. Quando combinada com infecções ou desnutrição, pode ser letal. A hipovitaminose A reduz a resistência a doenças e infecções. Por sua vez, a absorção de vitamina A fica comprometida na presença de doenças e infecções, especialmente o sarampo. Como essa vitamina é lipossolúvel, ou seja, precisa de gordura para ser processada, o organismo deve estar nutrido com quantidades razoáveis de gordura e proteínas. As fontes de vitamina A são: frutas e legumes amarelos e alaranjados (mamão, Pequi, cenoura, abóbora), verduras verde-escuras ( espinafre, chicória, brócolis, couve), fígado, óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo, peixe, leite e derivados (manteiga, queijos) e, ainda, azeites de dendê, de buriti, de pequi, de pupunha e de tucumã.


Hipovitaminose B1 (tiamina)
Além de fraqueza muscular, pode acarretar perda de apetite, problemas digestivos, irritabilidade, depressão, atrofia progressiva dos nervos e dos músculos das pernas e dos braços. Em casos extremos, pode provocar beribéri, doença que causa danos aos sistemas nervoso e cardíaco. A tiamina aparece em pequenas quantidades nos alimentos. A melhor fonte é o levedo de cerveja, mas há outras, como carnes ( porco, vaca, aves, coração, miúdos, peixes), germe de trigo, nozes, gema de ovo.


Hipovitaminose B3 (niacina)
A principal doença causada pela carência de niacina é a pelagra, termo que vem do italiano pelle agra (pele áspera). Além de manchas no corpo, a pelagra deixa a pele escura, escamosa e áspera. Em casos extremos, apresenta sintomas mentais, como nervosismo, confusão, depressão, apatia e delírio. Alimentos ricos em vitamina B3 são: carnes magras, aves, peixes, trigo e outros cereais integrais, gema de ovo, amendoim.


Hipovitaminose B6 (piridoxina)
Língua vermelha e inflamada, fissuras nos cantos da boca e sensação de formigamento nas mãos e nos pés podem ser sinais de falta de vitamina B6. Essa carência pode provocar retardo mental grave, convulsões, irritabilidade e anemia. As principais fontes são: cereais integrais, germe de trigo, carnes vermelhas, frango, peru, fígado, peixes (atum, salmão, truta, arenque), nozes, avelãs, gema de ovo, soja, batata, banana, abacate, milho, feijão, lentilha, grão-de-bico e couve-flor.


Hipovitaminose B11 (ácido fólico)
A deficiência de acido fólico pode gerar quadros de anemia, anorexia, diarréia, diminuição da quantidade de células sanguíneas, lesões nas mucosas, distúrbios intestinais. O bom suprimento dessa vitamina é particularmente importante para mulheres que querem engravidar ou estão nos primeiros meses de gestação. Suas principais fontes são verduras de folhas verdes, extrato de leveduras, fígado, carnes vermelhas, banana, abacate, melão.


Hipovitaminose B12 (cobalamina)
Pode acarretar fraqueza, cansaço, falta de apetite, irritabilidade, perda de peso e de memória, depressão leve, anemia e outros distúrbios sanguíneos, alem de problemas gastrintestinais e dos nervos. É freqüente tanto em adeptos de dieta exclusivamente a base de vegetais, quanto em bebes amamentados por mães vegetarianas. Isso ocorre porque a vitamina B12 e fornecida por produtos de origem animal, como carnes vermelhas, fígado, rins, coração e outros miúdos, peixes, mariscos, lagosta, ovos, leite e derivados.


Hipovitaminose C
A ausência de vitamina C enfraquece o organismo, que fica propenso a infecções e doenças. Pode causar hemorragias nas gengivas e pouca fixação dos dentes. Além disso, é responsável pelo escorbuto, doença rara, mas que já matou milhares de pessoas em todo o mundo. A vitamina C é encontrada em frutas cítricas, como laranja, acerola, limão (sucos devem ser consumidos logo após o preparo), e em morango, caju, melão, verduras frescas, pimentão, tomate, batatas, couve-flor, entre outros. Sem vitamina C, o organismo não absorve o ferro dos demais alimentos.


Hipovitaminose D
Suas principais conseqüências são o raquitismo em crianças e a osteomalácia (amolecimento dos ossos) em adultos. Nos adultos, leva à osteoporose. Também pode causar cáries. Isso porque a vitamina D é necessária para absorção de cálcio e fosfato, além de desempenhar importante papel no funcionamento adequado dos músculos e dos nervos e no crescimento celular. A luz solar é a sua principal fonte, nas também é encontrada em fígado, óleo de fígado de peixe, salmão, atum, gema de ovo, leite e derivados (queijo, manteiga, iogurte).


Hipovitaminose E

Observada em pacientes com má absorção de gorduras e em recém- nascidos, seus sintomas são: perda de coordenação e equilíbrio, diminuição dos reflexos e da sensibilidade, fraqueza muscular, atrofia testicular, necrose do fígado, despigmentação de pele e cabelos. Germe de trigo, óleos vegetais (milho, algodão, girassol, soja), folhas verdes, gema de ovo e nozes são fontes de vitamina E.


Hipovitaminose K
Pode causar sangramentos fortes, inclusive hemorragia cerebral em recém-nascidos. Já em adultos é extremamente rara, mas pode acometer indivíduos que sofrem de má absorção de gorduras, de doença hepáticas ou de desnutrição. As principais fontes de vitamina K são: folhas verdes (alface, couve, rúcula, espinafre, agrião), soja, fígado, chá verde, nabo, leite, iogurte, gema de ovo, cereais integrais, batata, tomate, aspargo.
Prevenir/amenizar sintomas
• Alimentação equilibrada é a melhor forma de prevenir deficiência de vitaminas.
• Exames médicos podem detectar se há problemas impedindo a correta absorção de algum nutriente pelo organismo.


Até a próxima!

 

 
Pós graduada em Nutrição Humana e Saúde pela UFLA, Graduada em Nutrição pela UFOP. Atua na área da saúde pública no NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), área hospitalar (Hospital Dr. Pacífico Mascarenhas) no município de Caetanópolis, na área de educação como docente no CEFAP (Centro de Educação e Aperfeiçoamento Profissional) mnistrando aulas de bioquímica e Nutrição e Dietética e também atua na área clínica com atendimentos personalisados em casa (Home Care).


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