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Coluna / Tempo Esportivo / Craque, na acepção da palavra

Foram cinco meses de afastamento dos gramados. Duas lesões musculares, desgaste para a renovação contratual e desconfiança de parte da torcida. Depois de um longo tempo parado, Guilherme jogou contra o Cruzeiro sua quarta partida em 2015. A terceira saindo do banco de reservas, mas com importância fundamental, já que foram dele os dois passes para os gols de Lucas Pratto. Assim como aconteceu nos jogos anteriores, Guilherme foi muito bem. O meia começou atuando apenas o primeiro clássico com o Cruzeiro.

Assim como na semifinal da Libertadores de 2013 e na Copa do Brasil do ano passando, diante do Corinthians, o jogador confirmou a tese de que se trata de um atleta com bom aproveitamento em grandes jogos. O estigma parece fazer parte, definitivamente, da carreira do maranhense.

Guilherme atacante do Atlético / Foto: globoesporte.globo.comGuilherme atacante do Atlético / Foto: globoesporte.globo.com

Se continuar nesse ritmo e conseguir conviver com um número menor de lesões, até pela escassez de jogadores com essa característica no nosso futebol, não vai demorar muito pra Guilherme ser lembrado por Dunga e vestir também a camisa da Seleção Brasileira. Visão de jogo, frieza, obediência tática, talento, versatilidade e inteligência, são apenas algumas das qualidades que já fizeram o jogador cair de vez nas graças da torcida.

Erram para os dois lados

Inconformado com a atuação do árbitro Heber Roberto Lopes, no clássico do último domingo no Mineirão, o técnico Marcelo Oliveira chegou a afirmar que a não marcação de uma falta de Edcarlos em cima de Leandro Damião, já nos minutos finais da partida teria sido o lance capital para a definição do vencedor da partida. A jogada que acarretou em corte no supercílio esquerdo de Leandro Damião irritou o técnico do Cruzeiro, mesmo com a paralisação da partida durante três minutos para atendimento ao jogador cruzeirense.

Clássico Cruzeiro X Atlético no Mineirão 2015 / Foto: mg.superesportes.com.brClássico Cruzeiro X Atlético no Mineirão 2015 / Foto: mg.superesportes.com.br

Ao citar que Heber Roberto Lopes prejudicou o Cruzeiro novamente, Marcelo Oliveira relembrou o jogo da sexta rodada da edição passada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, ele queixou-se de um carrinho dado por Otamendi em Luan e de um impedimento assinalado pela auxiliar Fernanda Colombo do Pernambuco, em lance de Alisson.

Contudo, os erros de arbitragem estão por toda parte e é difícil imaginar a hipótese do paranaense ter cometido falhas de forma proposital, como insinuam alguns.

No primeiro jogo da semifinal do Campeonato Mineiro, por exemplo, no Estádio Independência, o zagueiro Leo, do Cruzeiro já tinha cartão amarelo e deveria ter sido expulso aos 22 minutos da primeira etapa por entrada maldosa no argentino Dátolo. Na ocasião, o árbitro paulista Luiz Flávio de Oliveira não advertiu o cruzeirense. No jogo do Mineirão, ainda no primeiro tempo, Carlos recebeu lançamento em condição legal e sairia na cara de Fábio, com chance claríssima para marcar, mas um impedimento equivocado foi anotado no lance.

Enfim, os erros estão por toda parte. Obviamente, eles atrapalham em demasia, hora um lado, hora o outro, mas é preciso tomar cuidado e não transferir toda a responsabilidade para quem apita o jogo. Há erros de ordens técnica, tática, física e até emocional, que não competem ao árbitro resolver. É bom pensar nisso!

Memória curta demais

Uma das maiores injustiças na história recente do futebol foi cometida no último domingo, após a vitória do Atlético por 2 x 1 no clássico diante do Cruzeiro. O presidente Gilvan de Pinho Tavares teve dificuldades para deixar o Mineirão, palco da partida. Parte da torcida mandante se revoltou e atirou latas de cerveja no carro do mandatário por conta do revés para o Galo.

A situação espantou até os próprios cruzeirenses que deixavam o Gigante da Pampulha. Diante da situação de risco, o dirigente teve que retornar ao estacionamento do estádio. Foi quando a Polícia Militar interveio a seu favor, impedindo que os objetos fossem atirados, o que poderá causar até algum perigo para a sua integridade física.

No comando do clube desde janeiro de 2012, o presidente coleciona boas temporadas na Toca da Raposa II. Ele faturou o título brasileiro em duas oportunidades – 2013 e 2014. Além disso, foi responsável por ver o seu clube sagrar-se campeão mineiro no ano passado, exatamente em cima do Atlético.

Às vezes, de tão passionais que são alguns torcedores beiram o cúmulo do ridículo e da loucura. Primeiro porque o Dr. Gilvan é uma figura simpática, educada e que tem colecionado ótimos resultados dentro e fora de campo à frente do clube. Segundo, porque não é possível ganhar todos os campeonatos e nem todos os clássicos que se disputa. Nenhum time no mundo consegue isso. Alguns anos atrás, o próprio Atlético ficou sem vencer o rival por 13 jogos seguidos.

Memória curta, ingratidão, ou oportunidade para a prática do vandalismo? Eis a questão!



Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.



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