Menu

Coluna / Tempo Esportivo / Copa épica, time melancólico

Copa épica, time melancólico

Terminou no último final de semana a Copa do Mundo de 2014, com um campeão mais do que merecido, o time alemão, o mais novo integrante do grupo dos países que ganharam pelo menos quatro Mundiais, ao longo da história (além da Alemanha, só a Itália, que também é tetracampeã e o Brasil, que conquistou a Copa em 05 oportunidades, estão nesse patamar). A 20ª edição do torneio mais popular do planeta, organizado pela Fifa e que teve no Brasil o seu ápice do ponto de vista organizacional, turístico e publicitário mostrou uma confraternização mundial como jamais vista em todas as 19 edições anteriores. Uma mistura de povos, culturas e costumes, num país tropical, cujas belezas naturais encantaram a todos que por aqui estiveram durante os 32 dias de disputa.


Foto: Getty ImagesFoto: Getty Images

Sem tendências partidárias e fazendo uma análise fria, o Governo do Brasil cumpriu de maneira surpreendente boa parte do projeto proposto sete anos atrás, por ocasião da eleição do país para sediar o evento. Hotéis, aeroportos, estradas, mobilidade urbana, treinamento de voluntários, estádios de primeiro mundo, dentre outros...tudo muito acima das expectativas iniciais e contrariando uma corrente pessimista que cravou a Copa como sendo o maior fiasco de todos os tempos do esporte mundial.

Ficaram obras inacabadas, houve problemas com ingressos falsos e até escândalo com a máfia de cambistas, mas no geral, os ganhos foram muito maiores do que as perdas.

Dentro de campo, a história é outra e as decepções foram incomensuráveis. A Seleção Brasileira registrou recordes negativos inacreditáveis, como o número de gols sofridos (14 em 07 jogos), a maior goleada sofrida em 100 anos de história (7 x 1 para a Alemanha), que também foi o placar mais elástico de uma semifinal de Copa do Mundo.

Foi pior do que nas edições anteriores e o time foi o mais medíocre da história. Felipão, Parreira e seus companheiros de comissão técnica mostraram-se ultrapassados demais e totalmente fora daquilo que se pratica no futebol do Século XXI. Um time que envergonhou uma nação, que manchou as mais sagradas tradições do ftebol pentacampeão mundial. Difícil acreditar naquele resultado até hoje!

Enquanto isso, a Confederação Brasileira de Futebol trabalha nos bastidores para arrumar a casa. Mais do que simplesmente trocar a comissão técnica, os dirigentes querem promover uma reestruturação profunda na seleção brasileira. A palavra de ordem é definir uma nova filosofia de trabalho no time nacional. Nesse cenário, a volta de um diretor de seleções está em pauta. O cargo foi criado por Ricardo Teixeira para Andrés Sanchez e desativado após a saída dele, já durante a administração Del Nero.

Desde a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, a direção da entidade também fala em reformular as categorias de base da seleção. Antes do vexame contra a Alemanha, Alexandre Gallo era tido como o nome certo para comandar as equipes inferiores. As duas últimas derrotas colocaram em dúvida também o trabalho do atual coordenador da base, que atuou como observador dos adversários da seleção na Copa do Mundo.


Virou crítico

Ninguém poderia imaginar! O técnico Mano Menezes criticou a estrutura do futebol brasileiro e apontou como um dos principais problemas a falta de atenção com a formação de atletas. Demitido da Seleção em novembro de 2012, e atualmente no comando do Corinthians, o treinador acredita que todos os responsáveis saibam como melhorar o esporte em âmbito nacional, embora não façam questão de seguir outro caminho para obter melhores resultados.

Mano acumulou 33 partidas à frente da seleção brasileira: foram 21 vitórias, seis empates e seis derrotas. À época, o treinador deixou o cargo apenas com as taças do Superclássico das Américas de 2011 e de 2012, além de fracassos na Copa América e nas Olimpíadas e queda histórica no ranking mensal da Fifa. Quem assumiu foi Luiz Felipe Scolari,que levou a Seleção ao título da Copa das Confederações e à semifinal da Copa do Mundo deste ano, quando o time foi humilhado pela Alemanha.

Talvez aquela expressão popular sirva muito bem neste caso: “Ser bodoque é ótimo, mas o duro é quando você vira vidraça!”


Inscrições para a Copa Sete Lagoas seguem abertas

Conforme divulgado na semana passada, as inscrições para a disputa da Edição 2014 da Copa Sete Lagoas continuam abertas para os clubes amadores da cidade. O deficitário calendário esportivo de Sete Lagoas terá um alento no segundo semestre com a realização de mais uma edição do Copão, que já chegou a reunir mais de cem equipes participantes em algumas edições, mas que em 2014, exatamente por primar pela qualidade técnica das agremiações terá no máximo 60 clubes. No ano passado, foram 58 participantes.

De acordo com Verjânio Santos, o Jacaré, Diretor da Secretaria Municipal de Esportes, o Copão 2014 terá como patrocinador máster o Banco Intermedium, que irá viabilizar uma das maiores premiações já oferecidas para o futebol amador de Sete Lagoas e região, além de diversos outros brindes para equipes e jogadores.

A Copa Banco Intermedium Sete Lagoas de Futebol Amador 2014 vai distribuir R$ 20.000,00 em dinheiro para os quatro primeiros colocados, sendo R$ 10.000,00 para o campeão, R$ 5.000,00 para o vice e R$ 2.500,00 tanto para o terceiro, quanto para o quarto colocados.

Além disso, como de costume, a primeira fase será regionalizada e dentro de cada chave, o campeão e o vice receberão um jogo de uniforme esportivo completo, inteiramente grátis.
A data para o início da competição ainda não foi divulgada, bem como o número de participantes para cada região. De toda forma, a bola deve rolar a partir da segunda quinzena de agosto e o encerramento deverá ser confirmado para a Arena do Jacaré, em novembro, na data de aniversário da cidade.

Nos próximos dias a Rádio Eldorado AM 1.300 KHZ de Sete Lagoas (www.eldorado1300.com.br) deverá confirmar a sua participação no evento, nos mesmos moldes de 2013, com a cobertura completa da disputa, com transmissão de jogos, entrevistas e boletins na programação esportiva diária.


Trunfo para o tetra

Já que a moda do momento é falar do tetracampeonato mundial da Alemanha, o Cruzeiro resolveu entrar no clima e cuida de todos os detalhes para também poder comemorar um tetracampeonato. O aumento da concorrência no time titular, em função da contratação de três novos jogadores durante a pausa do Brasileirão, abre a possibilidade de que jogadores que formaram a base campeã nacional em 2013 percam espaço no time titular, contudo isso não é encarado como um problema para a comissão técnica.

O elenco celeste passou a ter 30 jogadores à disposição do técnico Marcelo Oliveira. Com a contratação de Manoel para a defesa e Marquinhos e Neilton para o ataque, os sistemas defensivo e ofensivo da equipe ganham novas opções e, conseqüentemente, disputa grande até por posições no banco de reservas.

Na defesa, quando Bruno Rodrigo se recuperar de cirurgia, Marcelo terá quatro atletas rodados para a zaga, além do atleta lesionado, integram o elenco Dedé, Léo e Manoel.

No meio de campo, a disputa é acirrada entre os volantes, com Henrique, Nilton, Lucas Silva, Willian Farias e Tinga.

Porém, é no setor criativo e no ataque que existem maior quantidade de opções. Na armação, além dos titulares Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, possui como opções, Marlone, Alisson, que ganhou espaço nos Estados Unidos, mas que está contundido, e Marquinhos. No ataque, Marcelo Oliveira tem Willian, que trabalha para renovar seu contrato, Dagoberto, Neilton, Borges, Marcelo Moreno e Julio Baptista.

Tantas opções e com briga aberta por posições, atletas que foram titulares absolutos na temporada passada e destaques na campanha do título do Brasileirão poderão perder espaço e terem de lutar pela titularidade. Jogadores mais renomados, ou apostas que busca espaço, ficarão de fora do banco de reservas em alguns jogos.

Alguém duvida que esse Cruzeiro de 2014 seja ainda mais competitivo do que o de 2013, que foi Campeão Brasileiro com os pés nas costas? É aguardar e conferir!




Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.



Publicidade

O SeteLagoas.com.br utiliza cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência!
Termos