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Dinheiro Público foi usado para pagar dívidas de funcionários da Câmara e PF vai ser acionada

A Câmara Municipal de Sete Lagoas promoveu uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (30) para esclarecer a investigação que foi instaurada e responder questionamentos sobre o escândalo de desvio de dinheiro público que atingiu a casa.

O Presidente Fabrício Nascimento esclareceu dúvidas sobre o processo investigatório / Foto: Alan JunioO Presidente Fabrício Nascimento esclareceu dúvidas sobre o processo investigatório / Foto: Alan Junio

A Gestão atual da Câmara que tem como presidente o Pr. Fabrício Nascimento, abriu uma auditoria desde o dia 05 de janeiro deste ano e percebeu uma movimentação indevida no setor financeiro da casa. O que resultou no afastamento de um funcionário que tinha acesso livre na tesouraria com um salário de aproximadamente R$ 40 mil. O valor do contracheque é superior ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que é de R$ 33.763,00, o equivalente ao teto do funcionalismo público.

A gestão da Câmara oficializou a denúncia e levou ao Ministério Público (MP) os documentos com todas as informações de movimentos financeiros, pagamentos indevidos de férias e outros proventos, e os pagamentos das dívidas junto a Caixa Econômica Federal. Estima-se que em dois anos esse funcionário afastado tenha recebido mais de um milhão de reais em férias e que o ex presidente teoricamente estava ciente.

A imprensa local e nacional estiveram presentes na coletiva / Foto: Alan JunioA imprensa local e nacional estiveram presentes na coletiva / Foto: Alan Junio

O Esquema fraudulento funcionava da seguinte maneira: um funcionário era contratado pela Câmara, em seguida contraia empréstimo consignado na Caixa Econômica Federal, esse dinheiro era repassado para o vereador, logo depois o funcionário era demitido e a dívida era paga com dinheiro do orçamento da Câmara. O Presidente alega que o sistema que operava as contas da casa era 100% manipulável onde até mesmo contracheques poderiam ter seus valores alterados, o que consequentemente aumentava a capacidade de empréstimo do funcionário.

As irregularidades do início da investigação até esse mês já ultrapassam a casa dos R$ 3,5 milhões e podem aumentar depois do pente fino que está sendo realizado pelo MP e Corregedoria da Prefeitura, pois o esquema correu acobertado desde do ano de 2001. A partir do início da investigação a presidência cancelou os empréstimos consignados para servidores contratados.

Semanalmente a Câmara encaminha documentos solicitados pelo Ministério Público que pode mover uma ação Civil Pública contra todos os envolvidos. Ainda não se sabe se funcionários da Caixa Econômica Federal têm participação no esquema, por isso a Corregedoria do Município vai encaminhar o processo para a Polícia Federal.

Por Maíra Almeida





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