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Projeto de 20 lagoas ainda rende e autor desabafa sobre veto do prefeito

Mesmo em recesso parlamentar Dalton Andrade, diante da repercussão, se manifestou sobre o veto do prefeito Marcio Reinaldo ao projeto de sua autoria que tinha como intenção nomear 20 lagoas como oficiais do município e não apenas sete, relembre AQUI. Em um texto de quatro parágrafos, o vereador explica os motivos que o levaram a redigir o projeto e lamenta a decisão do prefeito em não aprovar a matéria temendo até questões políticas.

Com o título “as lagoas e nós”, o texto propõe uma reflexão sobre as lagoas, além de explicar o nome da cidade. “Os primeiros documentos que aparecem Sete Lagoas estão no início do século XVIII em 1711, mais especificamente, o que podemos deduzir que é um pouco mais antiga e não houve outro nome. Não podemos afirmar existir, nessa data, algumas das lagoas que existem hoje”.

Conforme a explicação de Dalton, que é historiador por formação, “o número 7 é usado para atribuir precisão a uma conta desconhecida, como as cores do arco-íris e as notas musicais, é um número organizador. Na geografia plana e calcária elas (lagoas) se formavam sazonalmente, enchendo e secando ao longo do ano, por toda a extensão”, diz.

Trabalho de análise sobre esvaziamento da Lagoa Grande foi coordenado pelo vereador / Foto; Divulgação Dalton AndradeTrabalho de análise sobre esvaziamento da Lagoa Grande foi coordenado pelo vereador / Foto; Divulgação Dalton Andrade

O parlamentar lembrou ainda que em 1967 o ex-prefeito Afrânio Avelar comandou uma organização simbólica da cidade, e nomeou 7 lagoas deixando de fora outras tantas. A confirmação das lagoas oficiais veio através de uma lei proposta pelo então vereador André Lupiano que fez a oficialização durante seu mandato. “Mas o que dizer das outras lagoas, não tem a mesma importância, podem ir embora”, questiona.

O objetivo principal de Dalton com o projeto vetado era proteger e manter as lagoas como fenômenos naturais e indicadores da quantidade de água na cidade apesar do crescimento. No texto foi citado um loteamento que teria sido construído sobre uma lagoa próximo a fábrica de locomotivas no bairro Cidade de Deus.

O silêncio das autoridades e a falta de encaminhamentos que deveriam estar na “pauta do dia” angustia o vereador que coordenou uma análise do esvaziamento da Lagoa Grande, a maior da cidade. Outras questões como o esgoto que mata a Lagoa do Brejão e do Capão do Poço também deveriam ser mais discutidos, alerta Dalton. “O projeto, contudo, foi vetado pelo prefeito. O fato foi publicado na mídia e ganhou repercussão como se tivéssemos ido além do aceitável e do bom senso”, critica.

Para finalizar Dalton reafirma que “o objetivo do meu projeto é tornar as lagoas do município oficiais para que o poder público possa criar uma política pública de proteção e preservação das mesmas”. Por fim o vereador alfineta o prefeito dizendo que o veto “parece pertencer à seara política, onde a luta só tem um lado: o da obediência”.

Da redação



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