Diretor ouve questionamentos e garante que água distribuída pelo SAAE é de qualidade
Durou quase duas horas o embate entre vereadores e representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE, que foram convocados a prestar esclarecimentos mais uma vez na Câmara. O requerimento apresentado por Milton Martins, PSC, cobrava a presença do presidente da autarquia, Marcos Joaquim Matoso, que alegou “compromissos marcados anteriormente” para não comparecer a reunião dessa terça-feira, 15.
O diretor de água e esgoto e coordenador operacional do SAAE, Adriano Fernandino França foi o responsável por subir na tribuna e responder os questionamentos. Inicialmente, a convocação seria para explicar um vídeo de 2010 sobre denúncias de água imprópria para consumo que estava sendo liberada na elevatória do Wenceslau Brás, mas os parlamentares extrapolaram a pauta e fizeram duras críticas à autarquia.
Autor do requerimento, Martins abriu os trabalhos e elencou uma série de problemas que estariam acontecendo no SAAE. “A situação é alarmante e em alguns poços não está igual ao vídeo não, é pior. Se quiserem criar uma comissão saímos daqui agora e vamos visitar os poços”, disse.
Munido dos últimos relatórios anuais de aferição da qualidade da água distribuída para a população, Adriano Fernandino, garantiu que o SAAE respeita a portaria 2914 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, que regula o setor. “Estamos com a qualidade da água garantida. São feitas coletas de amostras que são analisadas nos laboratórios e geram relatórios. Estamos trabalhando para garantir a qualidade”, disse.
Sobre a estação elevatória do Wenceslau Brás, o representante do SAAE afirmou que a construção é velha é que outra unidade está sendo erguida para fazer a substituição. “O custo de uma reforma seria muito alto por isso estamos construindo”, justificou.
Não satisfeito, Milton Martins apresentou cerca de seis questionamentos acerca de outros assuntos que foram respondidos pelo diretor do SAAE depois de alguma insistência de outros parlamentares. O clima esquentou quando Milton Martins afirmou que casas no Montreal estariam recebendo água imprópria para consumo e foi desmentido Adriano.
“Não posso receber uma denúncia no bairro ‘tal’, preciso do endereço. Porque a gente vai no bairro tal e não constata. Diariamente é feita coleta e análise de água”. Insistiu o diretor dizendo que na maioria das vezes a contaminação acontece por algum problema dentro da casa da pessoa.
Para finalizar o debate, Adriano informou que a vazão de água em Sete Lagoas aumentou 22,3% depois do investimento de R$ 1,5 milhão durante o decreto de emergência no ano passado. Por sua vez, Milton Martins, sugeriu que a autarquia crie um disque denúncia para que a população possa falar diretamente com o SAAE. “Que possamos acreditar que o SAAE está em boas mãos”, finalizou.
Por Marcelo Paiva