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Sem conhecimento da população vereadores aumentam salários para R$ 9.989,17

Os 13 vereadores de Sete Lagoas aprovaram em primeiro e segundo turno, de forma unânime, reajuste salarial para a próxima legislatura. Com a aprovação da matéria os 17 vereadores eleitos em outubro, deixam de receber R$ 7.459,70 e passam a ter um contracheque de R$ 9.989,17. O próximo prefeito irá receber R$ 21.000,00, atualmente R$ 14.700 e o salário do vice-prefeito passa de R$ 9.000,00, para R$ 14.700,00. A votação aconteceu no apagar das luzes, quando o plenário da Câmara já estava vazio, na reunião da terça-feira (26). 

Contracheque atual dos vereadores. O próximo será no valor de R$ 9.989,17 / Foto: Marcelo PaivaContracheque atual dos vereadores. O próximo será no valor de R$ 9.989,17 / Foto: Marcelo Paiva

O projeto sequer entrou na pauta de votação da reunião do dia. Perguntado por que de não colocar o projeto na pauta, o vereador Reginaldo Tristeza se esquivou. “Essa matéria é de autoria da mesa diretoria, você tem que perguntar para o presidente”, disse.

Perguntamos ao presidente da Câmara, vereador Toninho Rogério (PMDB), sobre a não colocação na pauta. “A gente precisava de uma declaração da Assembleia Legislativa, porque o valor a ser recebido por um vereador não pode ultrapassar 50% do salário de um deputado. E só chegou na última hora, por isso não colocamos na pauta do dia, não deu tempo,” explicou.

A notícia foi recebida com tristeza pela população que se sentiu traída por não ter podido participar e opiniar sobre os novos salários dos políticos da cidade. O aposentado, Adolfo Rodrigues, ficou indignado ao saber. “Tá por fora, esse dinheiro todo pra não fazer nada. Isso que eles estão fazendo é uma vergonha”, desabafou. A secretária Marina Tavares, também ficou chocada com a notícia. “Que vergonha, as pessoas que precisam de um salário melhor, não recebem, e eles (vereadores) aumentam o deles quando querem”.  

O radialista Gustavo Miranda, que acompanha todas as reuniões na Câmara, achou estranha a votação da matéria. “Não estava na pauta do dia, a gente fica triste porque é um assunto de extrema relevância e precisava da participação da comunidade”, disse.

O projeto agora precisa ser aprovado pelo prefeito Maroca que disse que "ainda não chegou nada em minhas mãos, assim que o projeto chegar é que vou analisar", desconversou.

Por Marcelo Paiva



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