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Grupo de risco recebe medicamentos para Influenza A

BELO HORIZONTE (28/09/09) - Embora o período crítico de contágio tenha se encerrado com o inverno, a Influenza A ainda causa preocupação, principalmente para os asmáticos. É na primavera que as crises de asma são mais freqüentes. Problemas que se potencializam quando somados a uma infecção respiratória grave. Para melhor atender esse grupo de risco, o Governo de Minas investiu cerca de R$ 3 milhões na compra de medicamentos.

Foram adquiridos sprays, comprimidos e pós inalatórios de Beclometasona e Salbutamol, drogas indicadas para prevenção e tratamento dos surtos asmáticos. Os remédios foram distribuídos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), através do Programa Farmácia de Minas, para mais de 600 municípios. Os recursos vieram do Estado, do governo federal e das prefeituras.

A quantidade dos remédios comprada é suficiente para atender os cerca de 3,5 milhões de mineiros que sofrem de asma, de acordo com o Coordenador de Pneumologia Sanitária da SES, Edílson Côrrea. Segundo ele, os remédios podem ser aplicados nos pacientes suspeitos de terem contraído a Influenza A, já que seus efeitos não diminuem se associados a outras drogas, como o Oseltamivir (Tamiflu).

Junto com os medicamentos, a SES enviou uma nota técnica explicando as melhores formas de prescrevê-los. A nota, direcionada a médicos e farmacêuticos das administrações municipais, indicava as dosagens e o tempo para cada tipo de paciente. “Os asmáticos estão mais propensos a contrair outras doenças, como a Influenza A, se não forem tratados da maneira correta”, diz Côrrea.

Mesmo com um grande número de asmáticos no Estado, a procura dos medicamentos nos postos ainda está pequena. Nenhum dos municípios que fizeram a requisição dos remédios entrou em contato com a Secretaria para novos pedidos ou esclarecimentos. Para a Gerente de Medicamentos Básicos, Verlanda Bontempo, deveria existir uma procura maior. “Os médicos poderiam dar preferência às drogas disponibilizadas pelo Estado nas prescrições”, opina.

Economia

Beclometasona e Salbutamol não são remédios baratos. Um frasco do composto das duas drogas, pesando 250 mg, ideal para 200 doses, custa por volta de R$ 45. Evidentemente, a utilização varia de acordo com o paciente. O consumo médio, porém, é de 18 frascos por ano, o que eleva muito os gastos do tratamento.

O Estado trabalha para diminuir esses custos. Entre as ações, está uma mobilização internacional. Segundo Côrrea, desde o ano passado, os pneumologistas que trabalham na SES mantém contato com colegas de outros países para juntos exercerem pressão na “Asthma,Drug e Facility”, instituição vinculada a Organização Mundial de Saúde (OMS). O objetivo é fazer com que a organização tente convencer os grandes laboratórios fabricantes a abaixarem o preço desses medicamentos. “Os gastos com as doenças respiratórias já são o terceiro maior no orçamento para a saúde de todos os países”, afirma o coordenador. “Unindo forças, conseguiremos que esses gastos abaixem”.

Farmácia de Minas

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) não distribui remédios apenas para os asmáticos. O Programa Farmácia de Minas disponibiliza uma lista de 135 medicamentos de atenção primária, adquiridos com recursos do Estado, do governo federal e dos municípios.

Todos são encaminhados às Unidades Básicas de Saúde (UBS) das cidades mineiras. A trajetória é simples. Primeiro, a prefeitura pede os medicamentos para o Governo do Estado, de acordo com a demanda de seu município. Essa demanda é medida através das receitas prescritas pelos médicos de cada cidade.

Pela portaria do Ministério da Saúde nº 3237, de 2007, ficou definido que caberia ao Governo do Estado juntar o recurso tripartite e adquirir as medicações. A portaria também determinou que esses recursos não podem ser aplicados em outros benefícios, como na construção de postos ou compra de equipamentos hospitalares.

O fato de o Estado concentrar o poder de compra é uma medida de economia. A aquisição de uma quantidade muito grande de medicamentos barateia os preços, o que não aconteceria se os próprios municípios negociassem com as empresas fornecedoras. Em 2007, por exemplo, a aquisição de 1.000 unidades farmacêuticas custou R$ 55,61. Em 2008, a mesma quantidade saiu por R$ 34,82. Uma economia de 37%.

Os investimentos do Governo Estadual no Programa Farmácia de Minas cresceu nos últimos anos. “De 2007 para 2008, duplicamos o valor aplicado no programa. Para este ano, mantemos o mesmo quantitativo de 2008 e planejamos um aumento”, afirma Verlanda Bontempo.
 
Agência Minas


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