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MG Transplantes alerta para a importância da doação

Em atenção ao Dia Nacional do Doador de Órgãos, que é comemorado neste domingo (27), a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) promoveu, nesta sexta-feira (25), entrevista coletiva no MG Transplantes para alertar a população sobre a importância das doações de órgãos e tecidos. O diretor do MG Transplantes, Charles Simão Filho, informou que o Estado tem muitos motivos para comemorar, pois as famílias mineiras estão entre as mais solidárias, chegando a dizer “sim” em mais de 80% das doações. No entanto, é preciso maior envolvimento da sociedade e das instituições de saúde na notificação de potenciais doadores. “Há um longo caminho pela frente para levar órgãos a todos os cantos do Estado e aumentar o número de equipes”, afirma. Segundo o diretor, existe apenas uma equipe para as doações de fígado, coração e pulmão. Essa redução de equipes é comum em todo o país. Cerca de 50% dos profissionais que atuam nessa área não estão em operação.

O diretor ainda explica que o MG Transplantes, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, montou um grupo de trabalho para discutir e colocar em prática a melhor avaliação do custo das doações. Há uma média de economia de 20% das internações, porém, nos casos de reinternação, há um gasto muito maior com os pacientes. Por isso, a necessidade de saber através desse projeto qual o custo real de um paciente transplantado. Com essa mensuração, haverá interesse de mais hospitais oferecerem o serviço de captação de órgãos, pois saberão exatamente quanto vão gastar. Os hospitais Vera Cruz, Santa Casa de Montes Claros, João Penido, de Juiz de Fora (que pertence à Rede Fhemig), Universit ário de Uberlândia e Samuel Líbano, de Pouso Alegre, já manifestaram interesse na realização de transplantes. A SES está estudando se essas parcerias são viáveis em termos de custos.

Capacitação

Além da questão financeira, tem havido redução no número de transplantes, se considerarmos o interior do Estado, devido à baixa incidência de notificações. “Isso se deve, na maioria das vezes, por causa da falta de capacitação de profissionais na maior parte dos hospitais, principalmente do interior, para saber diagnosticar a morte cefálica - que possibilita a doação múltipla dos órgãos. Além disso, no interior perdem-se muitas córneas, já que há falta de treinamento dos profissionais para a retirada correta do órgão a ser doado” esclarece o diretor.

É justamente com essa preocupação que o MG Transplantes vai capacitar os profissionais do interior para a captação das córneas. “Oferecemos também a capacitação para estudantes de Medicina de v árias faculdades, uma vez que não existe na grade curricular do curso nenhuma disciplina sobre transplantes de órgãos”, acrescenta Charles.

Uma das expectativas do MG Transplantes é zerar a fila de espera por córneas até o primeiro semestre de 2010. Atualmente, são 708 pessoas no Estado à espera por esse tecido. Em agosto deste ano, eram 3.553 pacientes ativos na fila de espera por órgãos e tecidos. Destes, a maior demanda é por rim, com 2.716 pessoas cadastradas. São, ainda, 47 pacientes à espera por medula óssea, 12 por coração, 55 por fígado, quatro por pulmão e 11 pelo transplante conjunto de rins e pâncreas.

No mesmo período (até agosto de 2009), foram realizados 1.391 transplantes, sendo 1.002 somente de córneas. Em 2008 foram realizados 2.184 transplantes de órgãos e tecidos
 
Agência Minas


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